terça-feira, 16 de junho de 2015

Antes do Uruguai, Tata Martino polemiza: “Não há um estilo argentino.”

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Há trinta anos, o futebol argentino se divide entre os bilardistas e os menottistas. Os primeiros são os defensores do futebol pragmático, como o do time que ganhou a Copa do Mundo no México, em 1986. Tinha Maradona e um grupo de operários que trabalhavam para o craque brilhar.
De outro lado, os Menottistas, defensores do jogo ofensivo que fez a Argentina campeã mundial em 1978. Ontem, Tata Martino defendeu-se atacando as críticas de que deveria fazer sua seleção jogar com um estilo característico. “A Argentina nunca foi reconhecida como uma equipe que jogava no ataque ou na defesa para contra-atacar. É possível vencer de todas as maneiras, mas não há uma busca que distinga a seleção. A seleção trocou de treinadores por uma forma de vida e não por uma forma de jogar'', disse.
Virou manchete e o diário Olé ouviu Cesar Luis Menotti e Carlos Bilardo, os treinadores campeões mundiais sobre isso. Bilardo ficou em cima do muro, disse gostar dos estilos de cada um dos últimos cinco técnicos da seleção, todos no espaço dos últimos seis anos (Alfio Basile, Diego Maradona, Sergio Batista, Alejandro Sabella e Gerardo Martino).
Menotti foi mais na direção de Martino, mas fez questão de dizer que isso acontece em várias seleções, como a do Brasil. Abriu uma exceção: “Em poucos países há continuidade de estilo entre os treinadores da seleção. Podem-se encontrar exceções como a Alemanha, onde o que fez Klinsmann coincide com o que está fazendo Löw. O Brasil atravessou um processo parecido: modificou a favor do êxito e sustentou um aideia que logo depois não funcionou. Agora voltou a depender das individualidades.''
A Argentina enfrenta o Uruguai hoje às 20h30 em La Serena, norte do Chile. O derrotado tem enorme chance de ser o adversário do Brasil nas quartas-de-final.
Abaixo, as fichas e notas dos jogos de segunda-feira na Copa América:
15/junho/2015
EQUADOR 2 x 3 BOLÍVIA – 18h
Local: Elias Figueroa (Valparaíso); Juiz; José Aguilar (El Salvador); Público: 5.982; Gols: Raldes 4, Smedberg 17, Marcelo Moreno (pênalti) 42; Enner Valencia 2, Miler Bolaños 36 do 2º; Cartão amarelo: Erazo, Quiñonez, Hurtado, Zenteno
EQUADOR: 23. Dominguez (5), 4. Paredes (5) (Angulo 40 do 2º (sem nota)), 21. Achillier (5,5), 3. Erazo (5) e 10. Walter Ayoví (5,5); 9. Fidel Martinez (4,5) (5. Ibarra, intervalo (5)), 6. Noboa (6) e 15. Pedro Quiñonez (5,5) (11. Cazares, intervalo (5) e 7. Montero (4,5); 13. Enner Valencia (5) e 8. Miler Bolaños (5,5). Técnico: Gustavo Quinteros
BOLÍVIA: 1. Quiñonez (8), 2. Hurtado (5,5), 16. Raldes (6), 22. Zenteno (6,5) e 4. Mendes (5); 6. Danny Bejarano (6); 3. Chumacero (5,5), 11. Lizio (6) (17. Marvin Bejarano 26 do 2º (sem nota)), 18. Pedriel (6,5) (21. Coimbra 11 do 2º (5)) e 8. Smedberg (6,5); 9. Marcelo Moreno (6,5). Técnico: Mauricio Soria
Aos 37 do primeiro tempo, o goleiro Quiñonez, da Bolívia, defendeu pênalti cobrado por Enner Valencia

CHILE 3 x 3 MÉXICO – 20h30
Local: Nacional (Santiago); Juiz: Victor Carrillo (Peru); Público: 45.583; Gols: Vuoso 21, Vidal 22, Jiménez 29, Vargas 42 do 1º; Vidal (pênalti) 10, Vuoso 21 do 2º; Cartão amarelo: Vidal, Pinilla, Jesus Corona
CHILE: 1. Bravo (4), 17. Medel (5,5), 18. Jara (5) e 3. Albornoz (5,5) (15. Beausejour 42 do 2º (sem nota)); 4. Isla (6,5), 21. Marcelo Diaz (6) e 20. Aránguiz (5,5) (2. Mena 26 do 2º (5)); 10. Valdivia (6); 8. Vidal (7), 7. Alexis Sánchez (6,5) e 11. Vargas (6,5) (9. Pinilla 39 do 2º (sem nota)). Técnico: Jorge Sampaoli
MÉXICO: 1. Corona (5), 15. Flores (6), 14. Valenzuela (5,5), 3. Ayala (6), 2. Dominguez (5,5) e 16. Aldrete (6) (3. Salcedo 25 do 2º (5,5)); 5. Medina (6,5) (11. Aquino 19 do 2º (5)), 6. Guemez (5) e 7. Jesús Corona (6); 9. Jiménez (6,5) e 19. Vuoso (7). Técnico: Miguel Herrera
PVC

A Traffic de J.Hawilla, uma velha conhecida


Corria o ano de 1994 e a revista “Placar”, que eu então dirigia, havia feito, quatro anos antes,  uma longa reportagem denunciando uma série de irregularidades na Federação Paulista de Futebol, presidida por Eduardo José Farah, já falecido.
Eram seus vices-presidentes o atual chefão da CBF, Marco Polo Del Nero, e o atual presidente da própria FPF, Reinaldo Carneiro Bastos.
Por causa da reportagem de “Placar”, assinada pela jornalista Kátia Perin, o Procurador da República, Mário Luiz Bonsaglia, convidou-me a depor sobre os bastidores do futebol nacional, objetivo de uma investigação em curso na Justiça Federal. O depoimento aconteceu no dia 2 de maio de 1994.
Entre tantas coisas ditas, veja abaixo o que declarei sobre a Traffic, de J.Hawilla, 21 anos atrás. 
E há quem queira nos fazer acreditar que está surpreso com a confissão dele à Justiça dos Estados Unidos.
Só não via, literalmente, quem não queria ver. Ou era simplesmente cúmplice.
Juca Kfouri

Conheça cinco argumentos do Corinthians contra Pato na Justiça


O Corinthians montou sua defesa para tentar impedir que a Justiça conceda liminar para Alexandre Pato liberando o jogador de seu contrato com o clube e do empréstimo para o São Paulo até o julgamento definitivo do caso. Veja abaixo cinco argumentos usados pelos corintianos.
1 – Se a Justiça conceder liminar para Pato ficar livre agora e ele perder a ação depois, haverá um imbróglio. Isso porque o jogador provavelmente já terá vínculo com outro clube. É o que aconteceu com Oscar, que conseguiu antecipação de tutela para sair do São Paulo e depois foi derrotado nos tribunais. Após muita polêmica os clubes entraram em acordo com os gaúchos pagando R$ 15 milhões aos paulistas.
2 – O Corinthians não deixou de pagar três meses de salário para Pato, o que daria a ele o direito de rescindir o contrato na Justiça. Segundo o clube, o fato de o jogador ter vendido seus direitos de imagem para a Chaterella Investors Limited, empresa inglesa, antes de ser funcionário alvinegro, prova que essa quantia não se referia ao pagamento de salários disfarçados. Além disso, o clube alega ter quitado os dez meses de direitos de imagem que estavam em atraso.
3 – Pato não provou que o Corinthians fraudou os pagamentos de salário usando como recurso os direitos de imagem, segundo os advogados do clube. O jogador, porém, apesentou em seu pedido documentos que provam o atraso nos direitos de imagem, que ele considera como salário.
4 – Não há necessidade de urgência para a rescisão (segundo a defesa corintiana), assim a liminar deve ser negada. Pato não será prejudicado se o pedido for negado porque está amparado por um contrato que lhe garante R$ 800 mil por mês. Mas, a versão do jogador é de que ele foi sondado por outros clubes e que o interesse pode não existir mais se houver demora. Na ação, os advogados do atleta lembram que ao completar sete jogos pelo time tricolor no Brasileirão ele não poderá se transferir para uma agremiação brasileira. Pato já atuou seis vezes.
5 – O Corinthians investiu R$ 40 milhões para comprar 60% dos direitos econômicos de Pato. Pela lei, para compensar esse investimento, tem que receber a multa estipulada em contrato ou negociar um valor, caso o jogador queira se transferir antes de 31 de dezembro de 2016. Não há, na versão do clube, o que justifique o fato de o Corinthians deixar de ter essa compensação, ainda que de maneira provisória (via liminar).
Perrone

CBF e clubes armam implosão da MP do Futebol, e governo tira o pé


Com Daniel Brito, em Brasília
Ao saírem de reunião na CBF, na segunda-feira, os clubes adotaram o discurso de apresentarão uma proposta para o refinanciamento das suas dívidas. Mas cartolas da confederação e das agremiações sabem que o acordo com o governo federal é praticamente impossível. Seu objetivo real é matar a MP do Futebol, segundo apurou o blog.
Ao mesmo tempo, enfrentam um governo que não tem se esforçado para fazer valer a legislação assinada pela presidente Dilma Rousseff. “O governo não foi incisivo como deveria nesta questão. Por outros problemas, não conseguiu se dedicar'', disse o líder do PT, senador Humberto Costa. Assim, há dificuldade para ter quórum na votação do projeto prevista para quarta-feira em comissão mista.
Ao mesmo tempo, em reunião na segunda-feira, o secretário-geral da CBF, Walter Feldman, prometeu aos clubes que a bancada da bola já estava mobilizada para matar a MP e o projeto do deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ), que alterava pontos, mas mantinha contrapartidas. A intenção dos cartolas é dificultar sua tramitação e deixá-la caducar.
Isso porque o que a maioria dos dirigentes queria era uma refinanciamento de dívidas sem nenhuma contrapartida, ou responsabilidade. Eles próprios, no entanto, sabem que isso nunca será aprovado pelo governo federal.
Sendo assim, articularam uma proposta com concessões mínimas relacionadas ao controle das contas dos clubes. Serve apenas para dizer que apresentaram um texto no prazo final, que seria terça-feira. Na reunião, o presidente do Vasco, Eurico Miranda, deu o tom ao dizer que era hora de implodir a lei de vez.
O diretor jurídico do Atlético-MG, Lázaro Cunha, foi outro que tomou à frente na oposição ao texto, rechaçando o que chama de intervenções. Até a obrigação de ter CND (Certidão Negativa de Débito) foi rejeitada porque uma boa parte dos clubes manifestou que isso seria impossível em seus casos.
O Flamengo, único clube que mandou representante na assinatura da MP e apoiava a maior parte do texto, estava sem o seu presidente Eduardo Bandeira de Mello. Por isso, esperava para tomar uma posição oficial.
A campanha dos clubes e da CBF de implodir a MP do Futebol e a pouca disposição do governo de lutar por ela sinalizam que a legislação deve ser enterrada. A partir daí, cada clube que resolva a própria vida fiscal.
PS O secretário-geral da CBF, Walter Feldman, nega que tenha prometido aos clubes mobilizar a bancada da bola para boicotar a MP. E rechaçou que a entidade tenha qualquer tentativa de implodir a medida editada pelo governo ou o projeto de lei do deputado federal Otávio Leite, que exigem contrapartidas dos clubes.
Segundo ele, sua afirmação foi que essa era a última chance para apresentar uma proposta dos clubes para a legislação. De acordo com o dirigente,  em sua vida como parlamentar antes de chegar à CBF, ele nunca atuou para boicotar uma legislação porque considera isso antidemocrático.
PS 2 O blog reafirma as informações publicadas.
Rodrigo Matos

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