sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Na súmula do Fla-Flu, árbitro cita, mas não detalha polêmica no fim da partida

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Sandro Meira Ricci diz que jogo foi paralisado por 10 minutos por protestos de ambas equipes, mas não explica decisão de anular o gol de empate tricolor

Um dos principais personagens do polêmico clássico entre Flamengo e Fluminense, que acabou com a vitória rubro-negra por 2 a 1, na noite desta quinta-feira, no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, o árbitro Sandro Meira Ricci não explicou na súmula a decisão de anular o gol do empate tricolor, marcado aos 39 minutos da etapa final pelo zagueiro Henrique. Nela, ele apenas cita que o "jogo foi paralizado (sic) por 10 minutos, aos 40 do segundo tempo, pelos atletas de ambas equipes terem protestado contra a decisão da arbitragem em um lance de impedimento" e que "nada houve de anormal".
Súmula do Fla-Flu em volta Redonda (Foto: Site oficial da CBF)
Súmula do Fla-Flu em volta Redonda não detalha lance polêmico no fim (Foto: Site oficial da CBF)
Após cobrança de falta de Gustavo Scarpa, Henrique cabeceou e empatou a partida. Porém, o auxiliar Emerson Augusto de Carvalho levantou a bandeira e anulou o lance dando impedimento do zagueiro. Só que, após pressão do jogador e uma conversa rápida com o árbitro Sandro Meira Ricci, o gol acabou validado. Mas apenas por alguns minutos. Logo depois, ele voltou atrás e anulou mais uma vez.
A decisão revoltou os jogadores do Fluminense e, principalmente, a diretoria. Em entrevista para a Rádio Tupi após o clássico, o presidente Peter Siemsen disse ter certeza de que o árbitro se baseou em informações externas para considerar o lance irregular e que pedirá a anulação da partida.
- Eu sou o maior defensor do uso do vídeo no futebol brasileiro. Porém, no momento, ele é irregular. A regra é igual para todos e, neste jogo, não foi. Esse jogo, para mim, tem de ser anulado. Vamos tomar todas as medidas. Vamos pedir a anulação da partida

Ricci considera gol contra de Willian Matheus

Ainda na súmula, o árbitro Sandro Meira Ricci deu gol contra de Willian Matheus aos 12 minutos do primeiro tempo. A dúvida era se o tento seria anotado para Leandro Damião, que chegou a participar da jogada e saiu comemorando como se fosse dele.
GLOBO.COM


por José Eduardo Junqueira




Até quando o futebol ficará exposto a dúvidas e polêmicas em decorrência de uma inexplicável recalcitrância de seus dirigentes em admitirem a conferência posterior em vídeo, quanto a lances capitais de partidas???


O emocionante Fla-Flu de ontem à noite é só mais um capitulo de uma sequência infindável de confrontos futebolísticos, que entrarão para a história muito mais pelas evitáveis confusões promovidas pela arbitragem, do que pelo brilho e pela garra dos atletas das duas equipes.

E por que??? Por conta de uma inexplicável recalcitrância dos membros da International Board em admitir a conferência em vídeo no futebol. Diversos esportes, tais quais o tênis e o vôlei, visando minimizar os erros de arbitragem e assim propiciar a produção de resultados justos e coerentes, já se renderam à adoção do suporte tecnológico.

No futebol ainda subsiste a exposição pessoal dos árbitros a julgamentos em praça pública, em decorrência de erros defensáveis, absolutamente explicáveis e justificáveis, se levarmos em consideração que lhes é imposto a definição do lance em frações de segundo, sem possibilidade de se socorrer a qualquer tipo de ajuda ou suporte externos.

Pior, a repulsa ao auxílio tecnológico externo é de tal monta, que se ficar comprovado que a interferência externa ocorreu, a consequência legal é a anulação da partida.

 No jogo de ontem, não há como se negar que um árbitro que anule um gol, aceitando a marcação de seu assistente, seja pressionado pelos autores deste e volte atrás, validando o tento e, posteriormente, após minutos de silenciosa inércia, pressionado pelos membros das duas equipes, o anule novamente,  não tenha sido informado por terceiros, estranhos à partida, que tiveram acesso livre ao teor do vídeo, acerca da correta marcação a ser aplicada.

Assim, fica a pergunta: Por que não se admitir o acesso livre .dos árbitros ao vídeo, visando viabilizar a tomada de melhores e mais acertadas decisões em lances capitais???

Enquanto isso não acontecer, infelizmente, a única certeza é que polêmicas  e dúvidas continuarão a habitar os estádios de futebol e os árbitros continuarão reféns de sentimentos e impressões para definirem lances que podem vir a definir jogos e campeonatos.


Quanto ao jogo de ontem, este pode não ter se findado no apito final, se o Flu conseguir comprovar no Tribunal que o trio de arbitragem foi municiado de informações externas, para optar pela anulação definitiva do derradeiro gol da partida. 

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