quarta-feira, 12 de outubro de 2016

OPINIÃO COSME RÍMOLI (2)

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Opção por Oswaldo de Oliveira isola Roberto de Andrade. O decadente treinador já chega ao Parque São Jorge cercado de rejeição. Nem Andrés Sanchez, mentor e companheiro de Andrade, entendeu a escolha. O Corinthians perdeu o rumo sem Tite…


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"Estou gostando do trabalho do Cristóvão. Ele tem trabalhado muito. O time vem oscilando, perdeu jogadores importantes. Entendemos que isso também atrapalha bastante o trabalho dele. Estou contente, sim. Ele está trabalhando, tentando encaixar as peças certas para fazer o time render. Nós fazemos a avaliação no final de cada temporada. Vamos esperar acabar o Brasileiro e a Copa do Brasil para fazer essa análise. Até lá, o Cristóvão fica.


"Com o Tite em 2011 era a mesma coisa. Foi a mesma cobrança, invadiram, quebraram os carros, exigiram a saída dele...
(Roberto de Andrade, dia 2 de agosto)
Cristóvão Borges, com contrato até o final de 2017, foi demitido no dia 17 de setembro.
"Fábio Carille será o nosso treinador até o fim do ano. Seria um espaço muito curto para trazer um treinador agora. Temos toda a confiança no seu trabalho."
(Roberto de Andrade, dia 17 de setembro)
Fábio Carille soube ontem, dia 11 de outubro. Voltará a ser auxiliar.
Oswaldo de Oliveira foi contratado até o final de 2017.
A insegurança, a falta de rumo e de visão de Roberto de Andrade o isolou no Corinthians. O presidente corintiano se mostra completamente perdido sem Tite. O pior é que ele foi avisado várias vezes por Andrés Sanchez e inúmeros conselheiros que, se Dunga caísse, o seu treinador de confiança seria chamado.
 Opção por Oswaldo de Oliveira isola Roberto de Andrade. O decadente treinador já chega ao Parque São Jorge cercado de rejeição. Nem Andrés Sanchez, mentor e companheiro de Andrade, entendeu a escolha. O Corinthians perdeu o rumo sem Tite...
Roberto de Andrade acreditava firmemente que Tite recusaria. Ficaria no clube pelo menos até o final de 2016. Por isso sua revolta quanto houve o convite e Adenor avisou que estava indo embora, no dia 15 de junho.
"Não sei nada de CBF e não quero saber. Estou puto, para ser bem exato, pela maneira como vieram tirar o Tite daqui. Não recebi um telefonema do presidente da CBF (Marco Polo Del Nero). Esse é o respeito que a CBF tem pelos clubes. O Corinthians merecia um pouco mais de respeito. O Tite merece a Seleção Brasileira, por tudo o que é. Mas a Seleção não merece uma pessoa como o Tite. Eles não estão acostumados com alguém com ética. Agiram de maneira sorrateira."
Como o blog antecipou, ao voltar para o Corinthians, Tite foi firme. Exigiu uma cláusula no contrato que o liberaria sem multa, e imediatamente, caso fosse convidado para a CBF. Mesmo com todas as evidências, Roberto de Andrade não quis acreditar. E tinha seus motivos para torcer pela recusa do técnico. Mesmo com dois desmanches e meses de atraso nos salários, oito, em alguns casos, Tite fez o Corinthians hexacampeão brasileiro.
Com a ida do seu técnico preferido para a Seleção, não quis saber de Mano Menezes. A relação dos dois é péssima. Roberto tentou Roger, recomendado por Tite. Ele disse que seguiria no Grêmio, o que irritou o dirigente. Como estava obcecado pelo perfil mais sereno do ex-treinador, optou por Cristóvão Borges. Enfrentou a rejeição generalizada. O péssimo trabalho o obrigou a demissão, depois das organizadas tentaram invadirem seu camarote, após derrota para o Palmeiras, no Itaquerão.
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Acreditou que Fabio Carille teria condições de levar o time até o final do ano. Errou novamente. Bastaram oito jogos, incluindo o de hoje, contra o Santa Cruz. O auxiliar não conseguiu se impor diante do grupo. Não adiantou se comportar como um clone de Tite. Conseguiu ter um rendimento pior do que o de Cristóvão.
A escolha de um novo treinador era exigência dos conselheiros, das organizadas, de Andrés Sanchez. E, assim como fez com Cristóvão Borges, Roberto de Andrade decidiu se aproveitar do regime presidencialista.
Emissários avisaram que Dorival Júnior seguiria no Santos. Assim, o presidente escolheu outra vez um treinador cercado de rejeição no Parque São Jorge. O que torna sempre tudo muito difícil.
Ninguém acredita em Oswaldo de Oliveira. Aos 65 anos, seu trabalho está completamente decadente. Desde que deixou de ser preparador físico para assumir o time montado por Vanderlei Luxemburgo, quando foi campeão Paulista, Brasileiro de 1999 e Mundial de 2000, o treinador só ganhou outro Paulista, com o São Paulo, em 2002 e o Carioca, em 2013, com o Botafogo. Títulos nacionais, só três japoneses.
Desde 2000, Oswaldo teve 17 trocas de clubes. Inteligente, é culto, pessoa de fácil convívio, agradável. Passou pelos quatro clubes grandes de São Paulo e do Rio de Janeiro. Acumula trabalhos decepcionantes e demissões. Na sua última sequência, foi mandado embora do Santos, Palmeiras e Flamengo.
No Sport, seu trabalho era contestado. E com razão. Embora comandando o time favorito, perdeu a decisão do Pernambucano para o Santa Cruz. Com a equipe mais rica do estado não conseguia afastá-la da zona do rebaixamento. Na sua despedida, hoje, contra a Chapecoense conta um ponto a mais que o Internacional. Ocupa a 16ª colocação com 34 pontos. São apenas nove vitórias, sete empates e 13 derrotas. Aproveitamento de 39%.
Não há nada que credencie Oswaldo de Oliveira a voltar ao Corinthians. Até a imprensa pernambucana estranhou muito a escolha do treinador. Seu trabalho é pífio no Sport. Não seguiria em 2017. O que os dirigentes se irritaram foi com o abandono do clube, faltando nove rodadas para o fim do Brasileiro. Tanto é assim que Oswaldo é que teve de pedir demissão.
610 Opção por Oswaldo de Oliveira isola Roberto de Andrade. O decadente treinador já chega ao Parque São Jorge cercado de rejeição. Nem Andrés Sanchez, mentor e companheiro de Andrade, entendeu a escolha. O Corinthians perdeu o rumo sem Tite...
Suas passagens pelo Santos, Palmeiras, Flamengo e Sport mostraram um treinador problemático, irritadiço e sem grandes convicções táticas. Equipes previsíveis, sem intensidade, vibração. Com marcação frouxa. E reféns de contragolpes em velocidade. Muito pouco para a elite do futebol deste país.
"Eu não escondo de ninguém que tenho um apreço por ele, acho ele com uma capacidade excelente. O que o Corinthians precisa, ele tem todos os pré-requisitos para isso. Não vamos esquecer que o Oswaldo foi campeão mundial, conhece muito bem o clube", tentava justificar, ontem, na ESPN/Brasil, sua escolha.
Outra vez, assim como fez com Cristóvão, Roberto de Andrade vai garantir que Oswaldo ficará até o final de 2017. O dirigente sabe muito bem como prometer. E voltar atrás diante dos resultados. Mas o treinador que fará 66 anos daqui dois meses, já está milionário, e não esperava ter a chance de voltar ao clube onde foi campeão mundial em 2000. Mas foi dispensado sem dó em 2004, o que talvez Roberto de Andrade tenha esquecido.
Oswaldo não poderia ter melhor partida de estreia. O lanterna América Mineiro, no Itaquerão. Depois, a Chapecoense, também no Itaquerão, São Paulo, no Morumbi, Figueirense, em Santa Catarina, Internacional, no Itaquerão, Atlético Paranaense, no Itaquerão, e o Cruzeiro, em Belo Horizonte. Por sinal, o time mineiro é o adversário também das quartas de final da Copa do Brasil. Na primeira partida, o Corinthians de Fábio Carille venceu por 2 a 1.
Roberto de Andrade acredita que Oswaldo de Oliveira chega na hora certa. Para ser o grande incentivo na arrancada que vai garantir o Corinthians na Libertadores de 2017. O time ocupa a nona colocação no Brasileiro.
Mas o presidente está sozinho. Só ele tem essa convicção. Nem seu mentor Andrés Sanchez entendeu essa fixação por Oswaldinho. Ele queria, de qualquer maneira, Eduardo Baptista em 2017. Assim como seus companheiros de diretoria. Também as organizadas estão descrentes.
Mas não há problema.
Caso Oswaldo de Oliveira fracasse já se sabe o que fazer.
Dispensá-lo sem constrangimento.
Como aconteceu com Cristóvão e Fábio Carille.
Assim segue o Corinthians.
Desnorteado, sem Tite...



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