Corinthians goleado pelo Cruzeiro. Santos perde para os reservas do Inter. Time misto do Palmeiras empata com o Grêmio. Paulistas despachados da semifinal da Copa do Brasil…
Os paulistas fracassaram nas oitavas de final. O Corinthians foi goleado pelo Cruzeiro, em Belo Horizonte, por 4 a 2. O Santos perdeu por 2 a 0 para os reservas do Internacional. O time misto do Palmeiras apenas empatou com o Grêmio, em casa, por 1 a 1. O Atlético Mineiro eliminou o Juventude, em Caxias, nos pênaltis.
Com toda a justiça, o futebol mais rico do país não conseguiu sequer ter um representante entre os quatro melhores da Copa do Brasil. Isso não acontecia desde 1991.
Cada eliminação tem sua explicação.
A semifinal da Copa do Brasil de 2016 terá dois confrontos entre gaúchos e mineiros. Internacional enfrentará o Atlético Mineiro. E o Cruzeiro terá pela frente o Grêmio.
O Corinthians foi eliminado pelo Cruzeiro porque Oswaldo de Oliveira foi superado por Mano Menezes. O novo treinador de Roberto de Andrade até que começou bem o jogo no Mineirão. Colocou Guilherme como falso centroavante. E desorientou a marcação cruzeirense.
Mano Menezes corrigiu seu sistema defensivo. Inverteu Rafael Sóbis do lado de campo. E ainda colocou sua equipe para pressionar a saída de bola. Empurrado por 35 mil torcedores, o time mineiro se impôs no segundo tempo. Principalmente pela movimentação do meio de campo. Oswaldo sequer sabia o que acontecia. 4 a 2 foi até um placar humilde demais para o Cruzeiro.
Cuca tratou de poupar seu time para o Brasileiro. A Copa do Brasil de 2016 nunca foi prioridade para o Palmeiras. Daí, apelar para os reservas. Já para Renato Gaúcho, a semifinal da Copa do Brasil significaria uma grande conquista, a um clube que parecia não ter o direito de sonhar em 2016.
Dando a alma, facilitada pela expulsão do argentino Alione, que não ficará em 2017. Os gremistas foram muito mais competitivos. Lutaram para sair vivos. Encararam a partida com o espírito de Copa do Mundo. Os reservas palmeirenses não se acertaram. Criaram chances, mas se mostraram nervosos, tensos para definir o jogo. E foram surpreendidos pelo aplicação gaúcha.
O Santos desmoronou ao tomar um gol de escanteio aos dez minutos. Falta de concentração fatal. Era quase como pedir para ser eliminado. Ainda mais tendo pela frente um time de Celso Roth. Tudo o que ele aprendeu na sua carreira de décadas como treinador foi montar retrancas. E no segundo tempo, definiu o jogo, em um contragolpe, diante de uma estranha apatia santista.
O Atlético Mineiro pressionou, mas parou no goleiro Elias. Tomou um gol de Hugo. Perdeu nos 90 minutos pelo mesmo placar que ganhou em Belo Horizonte. Nos pênaltis, Victor deu aula. Defendeu duas cobranças e acabou com a chance do time pequeno de Antônio Carlos.
Não há o que reclamar.
Todos chegaram por justiça à semifinal da Copa do Brasil.
Cruzeiro e Grêmio e Atlético e Internacional.
Os confrontos não poderiam ser mais tradicionais.
Os cariocas já tinham ido embora há tempos.
Hoje, foram os paulistas.
Dinheiro não é tudo na vida.
E nem no futebol...
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