sábado, 15 de outubro de 2016

OPINIÃO COSME RÍMOLI

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Contratação de Oswaldo de Oliveira faz Andrés Sanchez declarar guerra ao presidente Roberto de Andrade. Corinthians racha de vez. O treinador, acuado, tenta desmerecer o trabalho de Tite…


 Contratação de Oswaldo de Oliveira faz Andrés Sanchez declarar guerra ao presidente Roberto de Andrade. Corinthians racha de vez. O treinador, acuado, tenta desmerecer o trabalho de Tite...
Andrés Sanchez foi desafiado. E não vai deixar por menos. Vai tomar uma decisão drástica. O presidente Roberto de Andrade não deu satisfação, não avisou, não comunicou sua decisão de contratar Oswaldo de Oliveira. Virou as costas para o seu mentor. Assim também com ao diretor de futebol, Eduardo Ferreira, indicado por Andrés. Decidiu colocar o decadente Oswaldinho para mostrar quem é que 'manda no clube'. Fez questão de estar hoje na sua deprimente apresentação.


Andrés Sanchez vai romper publicamente com Roberto de Andrade. Assumir que não tem mais nada a ver com as suas decisões. A decisão irá isolar o presidente. Ele não terá mais o respaldo do grupo que tomou o poder de Alberto Dualib. E que, unido, vem ganhando as eleições há nove anos.
A decisão por Oswaldinho foi a gota d'água para Andrés. Roberto de Andrade tem se mostrado perdido desde a saída de Tite. A escolha por Cristóvão Borges foi sua responsabilidade. Ele queria um técnico que fosse de fácil trato e completamente fiel à diretoria. Andrés não gostou da escolha, mas suportou. Roberto havia fracassado nas tentativas com Roger e Dorival Júnior, que faz questão de negar.
Sanchez queria Eduardo Baptista. Quando Roberto de Andrade percebeu que teria no clube um treinador que não desejava, resolveu que era hora de mostrar quem tem o poder de verdade. E contratou Oswaldo de Oliveira. Só revelou a Andrés depois que tudo estava acertado. O deputado federal do PT fez de tudo para que a negociação fosse desfeita. Não acredita em Oswaldinho. Só que Roberto de Andrade resolveu ser firme.
Andrés decidiu não mais dar seu apoio. Diante do quadro, Eduardo Ribeiro foi a primeira baixa pública. O diretor de futebol, que saiu da assessoria de imprensa da Gaviões da Fiel, entregou o cargo hoje. Antes da apresentação do rejeitado técnico. Cena lamentável. Se Andrés, ou seu representante, vencer a eleição, Edu deverá voltar ao futebol corintiano.
"Não é um momento agradável. Pensava em fazer isso (deixar o cargo) só no fim do ano. Pela forma como foi conduzida a negociação com o novo treinador, resolvi respirar novos ares. Queria agradecer ao Roberto, ao Andrés ( e a todos os funcionários", tentou amenizar.
Todos sabem que Eduardo foi colocado no cargo por Andrés Sanchez. Não teria menor cabimento seguir no cargo diante do assumido racha entre as maiores lideranças da situação. Ele escolheu seu lado. Ele 'é Andrés'. E virou as costas para Roberto.
O presidente conseguiu rachar o grupo político que comanda o Corinthians desde 2007. Aliás, grupo enfraquecido com os problemas financeiros para pagamento do Itaquerão. Mas o dirigente não suportava mais ter de se calar diante dos desmanches. Da dificuldade extrema de montar times que correspondessem à expectativa da torcida, sem dinheiro. E ter de submeter suas decisões a Andrés. Embora fosse isso o combinado.
Houve um episódio marcante. Quando o Corinthians perdeu para o Palmeiras no Itaquerão, as organizadas se revoltaram contra o presidente. Foi um protesto violento. Muitos torcedores o xingaram. Mas quando o chamaram de 'ladrão', eles ficaram ensandecidos. Porque o dirigente respondeu mostrando o dedo médio. Diante do gesto obsceno, a polícia teve de conter os torcedores que desejavam invadir o camarote presidencial.
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O Grupo Renovação e Transparência, comandado por Andrés, nasceu das organizadas. Foi surreal a reação de Roberto de Andrade. Inúmeros companheiros da situação ficaram contra o dirigente. O episódio acabou péssimo para a relação entre o mentor e pupilo.
A gota d'água foi a escolha de Oswaldinho.
Como previsto, sua chegada foi motivo de muito questionamento. Nas redes sociais, a rejeição é enorme. Como foi divulgado pelo blog, as organizadas prometem transformar o ambiente no Corinthians em um 'inferno'.
A apresentação do treinador foi constrangedora. Ele completará 66 anos em dezembro, ficou comemorando conquistas de 17, 16 anos atrás. Com times montados por Vanderlei Luxemburgo, tão ultrapassado quanto ele. Recentemente só acumula fracassos, demissões. Abandonou o Sport a um ponto do rebaixamento. Seu trabalho ruim era a garantia que não ficaria em 2017.
Para se defender de uma saraivada de perguntas de jornalistas desconcertados com sua escolha, tratou de tentar desmerecer o trabalho de Tite. E destacar que ele tinha um time forte nas mãos, quando fez sucesso.
"Quando o time andou mal até o Tite foi vaiado, é a ausência de vitórias. O Corinthians tinha um timaço. Lembro que joguei em 2012 contra o Corinthians com Guerrero, Sheik, Paulinho, Ralf, Paulo André, um timaço. Depois outro timaço: Jadson, Renato Augusto, Fábio Santos."
Oswaldinho sabe da enorme rejeição que seu nome provocou. E há a certeza que será vaiado no domingo, na partida contra o América Mineiro, no Itaquerão.
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"Quem ama o clube não vai para o estádio para vaiar. Ele não tira a credibilidade do time, não ataca o seu jogador, porque isso só ajuda o adversário", explicou. "Eu estou acostumado com o torcedor do Corinthians que apoia, desde 1999. E sei que isso vai continuar. Vim jogar outras vezes aqui e vi o quanto é difícil enfrentar o Corinthians na Arena. É com esse corintiano que estou acostumado."
Mais ou menos. Oswaldo foi vencedor na sua primeira passagem no Corinthians. Na segunda, em 2004, ficou apenas quatro meses. E acabou sendo mandado embora por causa das organizadas. Depois de o Corinthians tomar uma goleada histórica para o Atlético Paranaense, por 5 a 0, os torcedores foram protestar em frente à casa de Alberto Dualib, exigindo a demissão. O então presidente cedeu à pressão.
Oswaldo de Oliveira tentou sorrir aos jornalistas, foi simpático. Mas o descrédito foi geral na sua contratação. Seus últimos trabalhos foram péssimos. Seus times sem estrutura tática.
Roberto de Andrade tentou empolgar os repórteres, sem sucesso. "Oswaldo tem currículo bacana aqui no Corinthians, eu também tenho, estive presente nas grandes conquistas. As reclamações antes do início do trabalho são como vaiar antes de entrar em campo. Vamos esperar o trabalho ser iniciado, o Oswaldo colocar sua maneira de trabalhar, as coisas acontecerem."
A verdade é que ele tem de se preparar para uma guerra.
Andrés Sanchez não vai atacar o time ou Oswaldo.
Mas tirará todo o apoio político a Roberto de Andrade.
As organizadas também ficarão contra o presidente.
E a esmagadora parte do Conselho Deliberativo.
Se ele queria mandar sozinho no clube, conseguiu...

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