segunda-feira, 17 de outubro de 2016

OPINIÃO COSME RÍMOLI

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Rodada perfeita para o Palmeiras. Vitória fundamental contra o Figueirense. Derrota do Flamengo para o Inter. Quatro pontos de vantagem. Mas… E o pênalti de Egídio em Rafael Silva, Paulo Nobre?


122 Rodada perfeita para o Palmeiras. Vitória fundamental contra o Figueirense. Derrota do Flamengo para o Inter. Quatro pontos de vantagem. Mas... E o pênalti de Egídio em Rafael Silva, Paulo Nobre?
O Palmeiras teve uma rodada perfeita. Venceu o Figueirense em Santa Catarina por 2 a 1.Chegou a 64 pontos, abrindo quatro pontos em relação ao Flamengo. O time carioca, segundo colocado, perdeu para o Internacional também por 2 a 1 e parou nos 60 pontos. Até o Atlético Mineiro, terceiro colocado, caiu diante do Botafogo por 3 a 2, ficou estagnado em 56 pontos.


São 14 jogos de invencibilidade do time verde.
Parte da torcida, já ensaiava o coro de 'é campeão'.
Tudo lindo, perfeito, maravilhoso?
Não...
Houve um lance fundamental na partida de Santa Catarina. Depois do árbitro Igor Junio Benevuto marcar um pênalti duvidoso de Bruno Alves em Gabriel Jesus, ele não marcou uma penalidade clara de Egídio em Rafael Silva. A partida estava 1 a 0 para o time de Cuca.
Outra vez, a arbitragem interferiu na fase decisiva do Brasileiro.
Amadores, inseguros, fracos, os juízes erram contra e para todos.
O premiado hoje foi o líder Palmeiras.
Enquanto os clubes não exigirem o profissionalismo dos árbitros, será sempre a mesma coisa. As mesmas desconfianças, suspeitas, revoltas. E a CBF continua calada, jurando não ter dinheiro para profissionalizar os juízes. E os dirigentes seguem calados. Um dia reclamando, sendo prejudicados. No outro, sendo favorecidos.
"Sobre os pênaltis que estão sendo questionados é difícil falar. O Dudu estava na frente do adversário, não tinha como fazer falta no cara atrás dele, se tinha ele e o gol. O do Figueirense confesso que não vi, não lembro de outro pênalti para nós. O Gabriel levou ali, acho que foi bem marcado. Mas está difícil apitar, a pressão em final de campeonato existe para todo mundo", disse Cuca, tentando sair pela tangente.
"Esse juiz entrou na pressão do Palmeiras. O pênalti do Rafael que ele não deu? Estamos lutando muito e ele vem na mão grande e ajuda o Palmeiras a sair com três pontos. Na mão grande. Aí querem moralizar o futebol", declarou o assessor da presidência do Figueirense, o ex-jogador e tetracampeão mundial, Branco.
A torcida catarinense ficou revoltada ao final da partida. Um coro dominava o estádio Orlando Scarpelli: "Vergonha, vergonha, vergonha". A crítica era pelo árbitro ter prejudicado o Figueirense, mergulhado na zona do rebaixamento. Cadeiras foram depredadas. Muitos torcedores tiveram de ser contidos por policiais. Mais um vexame no Brasileiro de 2016.
Valeu a pressão de Paulo Nobre?
O presidente do Palmeiras, depois do Fla-Flu, garantiu que o time de Eduardo Bandeira de Mello foi favorecido. Com a intervenção externa, o árbitro Sandro Meira Ricci teria anulado gol ilegal do Fluminense. O dirigente palmeirense fez um escândalo. Convocou uma coletiva para pressionar os árbitros das rodadas decisivas do Brasileiro. E parece ter dado certo.
Seu time foi favorecido em Santa Catarina.
E deu passo decisivo para o título.
"Não vamos admitir dois pesos e duas medidas no campeonato. Ninguém vai levar o campeonato na mão grande", gritou o presidente na quinta-feira. E hoje, quando o Palmeiras foi empurrado pelo árbitro para a vitória, será que dará alguma declaração contra os juízes?
A cada rodada importante, a mesma coisa.
A credibilidade do Brasileiro vai entrando pelo ralo...
O clima criado por Paulo Nobre e Eduardo Bandeira de Mello, na lavagem de roupa pública e troca de acusações de manipulações no Brasileiro infectou o jogo em Santa Catarina. O Figueirense estava na antepenúltima colocação do Brasileiro. Tem um time fraquíssimo, digno de Segunda Divisão. Joga suas últimas chances de sobrevivência na Série A. E nesta hora, o técnico Marquinhos Santos apela para a força da fanática torcida e da garra, do brio dos jogadores. E do incentivo financeiro da diretoria tentando escapar do rebaixamento.
3reproducaopalmeiras Rodada perfeita para o Palmeiras. Vitória fundamental contra o Figueirense. Derrota do Flamengo para o Inter. Quatro pontos de vantagem. Mas... E o pênalti de Egídio em Rafael Silva, Paulo Nobre?
Estava claro que a limitada equipe do Figueirense não iria para um jogo.
E sim para uma guerra.
O Palmeiras, com jogadores muito melhores, e líder do Brasileiro precisava vencer. Eram obrigatórios os três pontos para manter, pelo menos, um ponto de vantagem diante do Flamengo. Cuca acreditava que o time carioca deveria vencer o Internacional em Porto Alegre. E tinha plena consciência do sufoco que os catarinenses tentaram criar para tentar escapar da zona do rebaixamento. Derrotar o líder faria enorme bem. Daria grande dose de autoconfiança nas rodadas finais.
Não precisaria ser gênio para apostar. Os contragolpes deveriam ser armas mortais para os paulistas. O desespero do Figueirense agiria como cúmplice. Situação perfeita para quem conta com atacantes de explosão, velozes, diante da pesada zaga catarinense.
A primeira ação do jogo foi de bastidores. O auxiliar da presidência do Figueirense, o ex-jogador Branco, avisou que o volante Renato não poderia jogar. Ele é do Palmeiras e joga o Brasileiro emprestado. Embora não existisse nada no contrato que impedisse enfrentar o dono dos seus direitos, até porque a CBF proíbe, o gerente de futebol do Palmeiras, Cícero Souza, telefonou para o jogador. E o proibiu de atuar, acusava Branco. E ele não quis entrar em campo. Jackson Caucaia entrou no seu lugar.
A partida foi muito tensa, brigada. Disputada com raiva nas intermediárias no primeiro tempo. Houve, no entanto, um lance polêmico. Aos 19 minutos, a bola iria sobrar para Werley, Dudu se antecipou ao zagueiro e forçou o choque. Ficou histérico exigindo o pênalti que não aconteceu. No mais, uma grande defesa de Jaílson em cobrança do ex-palmeirense Ayrton. E o mesmo lateral evitou gol palmeirense, em toque fraco de Gabriel Jesus, depois de grande jogada de Roger Guedes.
Os gols e o erro gravíssimo do árbitro ficou para o segundo tempo. O Figueirense voltou mais aberto, acreditando que poderia vencer o jogo. Deu espaço para o Palmeiras. E aos sete minutos, o árbitro Igor Benevenuto entrou em cena. Ele marcou um pênalti duvidoso. Moisés levantou a bola em direção a Gabriel Jesus. Bruno Alves se antecipou e cabeceou. Depois, na sequência, seu braço acertou a cabeça do palmeirense. Jean cobrou e marcou. 1 a 0, Palmeiras.
O jogo ficou tenso. E vinte minutos depois, Egídio cometeu pênalti absurdo, desnecessário, em Rafael Silva, de costas para o gol. O derrubou, em lance claro, limpo. Mas de forma inacreditável, o juiz mandou a partida seguir. A revolta foi generalizada. Se o Figueirense empatasse àquela altura, o jogo seguiria imprevisível.
O Palmeiras, em contragolpe, chegou ao segundo gol. Aos 32 minutos, Gabriel Jesus fazia ótima jogada pela esquerda, Josa consegue o desarme, só que a bola sobra para Jean bater forte. 2 a 0.
O Figueirense, descontou em seguida. Bady cobrou escanteio, Jaílson errou o tempo da bola. Rafael Silva cabeceou para as redes 2 a 1. O time de Santa Catarina ainda lutou até o final. Mas não conseguiu empatar.
O pênalti não marcado em Rafael Silva foi fundamental.
O Palmeiras foi ajudado pela arbitragem.
Abriu quatro pontos em relação ao Flamengo.
Vai ter coragem de reclamar do juiz, Paulo Nobre?
Como é mesmo a história da 'mão grande'?

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