sexta-feira, 21 de outubro de 2016

OPINIÃO COSME RÍMOLI

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Pressão da CBF e da televisão venceu. O STJD cedeu. E nem haverá julgamento. O Flamengo fica com os três pontos do Fla-Flu. Vamos todos fingir que não vimos a ilegal interferência do inspetor junto a Sandro Meira Ricci. Uma vergonha…


221 Pressão da CBF e da televisão venceu. O STJD cedeu. E nem haverá julgamento. O Flamengo fica com os três pontos do Fla Flu. Vamos todos fingir que não vimos a ilegal interferência do inspetor junto a Sandro Meira Ricci. Uma vergonha...
A pressão da tevê, da imprensa, dos torcedores foi maior. E o presidente do STJD, Ronaldo Piacente, voltou atrás. Não tem mais julgamento. Não tem mais asterisco. Não tem mais chance de impugnação do Fla-Flu. Ele não deixou nem que os auditores decidissem. Ele mandou avisar que aceitou o pedido do procurador-geral do STJD, Felipe Bevilacqua.


Para o promotor, a leitura labial que mostrava claramente o inspetor de arbitragem, Sérgio Santos, interferindo no jogo não tem validade. Não importa se ele disse para o árbitro Sandro Meira Ricci que o gol de Henrique, que ele havia confirmado, estava impedido, de acordo com a tevê.
A decisão de Bevilacqua. ''A prova de vídeo não possui valor já que houve a negativa do Inspetor de Arbitragem, assim também como a manifestação dos atletas em campo não podem ser considerada intervenção externa justamente por serem participantes."
É um absurdo. Se Sérgio confirmasse o que todo o Brasil viu que ele falou, estava na rua. Nunca mais trabalharia como inspetor de arbitragem. E se Sandro Meira Ricci dissesse que o ouviu o que ouviu, pegaria uma suspensão de um ano, no mínimo.
Quem seria louco de testemunhar contra si?
As frase de Sérgio Santos, captada pela TV Globo, é muito clara. Límpida.
" A TV sabe, a TV sabe que não foi gol."
127 Pressão da CBF e da televisão venceu. O STJD cedeu. E nem haverá julgamento. O Flamengo fica com os três pontos do Fla Flu. Vamos todos fingir que não vimos a ilegal interferência do inspetor junto a Sandro Meira Ricci. Uma vergonha...
Se o trâmite normal do STJD fosse respeitado, o julgamento aconteceria apenas no fim da primeira quinzena de novembro, na melhor das hipóteses. O Flamengo ficaria a sete pontos do líder Palmeiras. Seria um banho de água fria no torneio da CBF, da TV Globo.
A pressão para que tudo fosse resolvido de forma antecipada era absurda. E a cada entrevista, o presidente do STJD deixava claro que não levaria em consideração a leitura labial. Mesmo deixando claro que houve a interferência externa no julgamento de Sandro Meira Ricci. Algo completamente proibido pela Fifa.
O que o STJD acaba de determinar é indecente. Agrada a CBF e à Globo. Mas vai contra o futebol brasileiro. É um vexame jurídico. Uma hipocrisia. A prova cabal límpida o Brasil todo viu.
Mas para o Brasileiro seguir emocionante, vamos fazer de conta que nada aconteceu. Afinal, o gol estava mesmo impedido, como a tevê mostrou. O fim anula os meios. Mesmo que sejam ilegais.
A decisão foi política.
Um advogado de clube grande faz a comparação, em off. "Foi como se um criminoso fosse preso depois que os policiais torturassem uma testemunha que não queria falar. Ou seja, algo ilegal para 'se fazer justiça'. Isso não existe".
Enquanto isso, o trio de árbitros que trabalhou no Fla-Flu foi trabalhar na Índia. E voltará quando a poeira abaixar. Como se a população do Brasil sofresse de amnésia coletiva.
Tudo é uma grande farsa.
O torcedor brasileiro foi feito de idiota.
Mais uma vez.
Simples assim...
(O Fluminense divulgou uma nota de repúdio...
Fluminense FC lamenta a decisão do presidente do STJD, que aceitou o pedido da procuradoria e reconsiderou o seu próprio despacho, que havia deferido o recebimento da ação de impugnação da partida entre Fluminense e Flamengo, realizada no último dia 13, em que claramente teve interferência externa (imagem televisiva) na decisão do árbitro Sandro Meira Ricci ao anular o gol do Henrique.
O Fluminense fez o seu papel. Apresentou à Justiça Desportiva uma flagrante ilegalidade, que acarretou no cometimento do erro de direito. As provas de interferência externa estavam escancaradas na mídia. Iniciada pelos jogadores do Flamengo e, em seguida, pelo inspetor de arbitragem que invadiu o campo para informar à equipe de arbitragem que a televisão teria apontado impedimento no lance.
E, nesse sentido, foi a posição do presidente do STJD ao admitir a ação, na última segunda-feira (dia 17). Como explicar que, três dias depois, seja reconsiderada a sua própria decisão? Nada surgiu de novo. Rigorosamente nada. As provas eram as mesmas. Por que motivo houve essa mudança repentina?
Enfim, é triste ver a corte máxima desportiva do nosso país se apequenar, deixando de submeter ao julgamento do Pleno matéria tão relevante (interferência externa) do futebol brasileiro. Optou-se em agradar parte da opinião pública. Causa perplexidade que tribunal de tamanha relevância divorcie-se da legislação desportiva, da legalidade, das regras de futebol. Quiseram evitar que uma grande ferida fosse aberta no poder do futebol brasileiro. E esse poder do futebol brasileiro, mais uma vez, venceu.
53 Pressão da CBF e da televisão venceu. O STJD cedeu. E nem haverá julgamento. O Flamengo fica com os três pontos do Fla Flu. Vamos todos fingir que não vimos a ilegal interferência do inspetor junto a Sandro Meira Ricci. Uma vergonha...
Para encerrar, o Fluminense Football Club sugere que o presidente do STJD venha a público para manifestar e esclarecer sobre a sua inusitada e contraditória mudança de opinião.
Com a palavra, o presidente do STJD.)

AUTOR ; COSME RÍMOLI

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