sexta-feira, 21 de outubro de 2016

PORTUGAL - P. Ferreira-Nacional, 1-1 (crónica)

Resultado de imagem para FLAG PORTUGAL

Cadeados e fechaduras, balizas encerradas, dois bons guarda-redes e um golo para cada lado em quase 27 remates: uma noite de promessas de amor pelo golo, frustradas por uma ineficácia preocupante, com a maior dose de responsabilidade a pender para o Paços, naturalmente.

Assim, num sumário recheado, se explica o empate entre Paços e Nacional, equipas igualadas em quase tudo, de resto, a começar na qualidade real e a terminar na abordagem ao jogo. Ou, melhor ainda, na forma como se mostraram mais ou menos capazes de cumprir o plano de jogo definido pelos respetivos técnicos.

O extraordinário golo de Tiago Rodrigues – cruzamento perfeito de Salvador Agra e pontapé de primeira do médio cedido pelo FC Porto -, aos 20 minutos, deu tanto sentido ao futebol do Nacional como a ONU deu à recente eleição de Guterres: da mais elementar justiça.

FICHA DE JOGO DO PAÇOS-NACIONAL

Organizado, rigoroso, mais calculista do que audaz, é assim o Nacional idealizado por Manuel Machado.

Munido de um meio campo comandado pelo excelente Washington, um senhor avesso a precipitações e sereníssimo com a bola no pé direito, e uma defesa erguida na capacidade física de Tobias, o Nacional sentiu o conforto do golo de Tiago Rodrigues e atirou para cima do Paços uma pressão insuportável durante longos minutos.

Carlos Pinto, e muito bem, percebeu que Welthon pouco ou nada poderia fazer entalado entre os centrais nacionalistas. Com Ivo Rodrigues e Barnes Osei demasiado longe do jogo e um meio campo lutador mas sem a habilidade de pensar, o Paços teve de mudar ao intervalo. Correu bem.

OS DESTAQUES DO JOGO: Tiago Rodrigues, golão para a eternidade

Ricardo Valente, arma lançada para acompanhar Welthon, acabou por fazer o empate a meio do segundo tempo, numa fase em que o Paços Ferreira empenhava todos os seus bens no assalto à área do Nacional.

Daí para a frente, o medo foi superior à ambição e os níveis de risco baixaram consideravelmente. As equipas, quiçá inconscientemente, sentiram que um ponto para cada lado era um pecúlio absolutamente justo e respeitaram com parcimónia essa sensação.

O Paços Ferreira, por atuar em casa, sairá menos satisfeito do que o Nacional da Madeira. E ambos acabam também com uma queixa grave sobre a equipa de arbitragem. O Paços por João Pinheiro não ter visto um braço de Victor Garcia na bola, ainda no primeiro tempo, e o Nacional por ter havido aparentemente falta de Pedrinho – pé em riste – imediatamente antes de Ricardo Valente fazer o empate.

Intenso, emocionante e ineficaz. Um jogo na Mata Real.

Nenhum comentário:

Postar um comentário