terça-feira, 18 de outubro de 2016

Doriva critica diretoria por não ter mobilizado torcida como deveria em jogos da Série A

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Clube amarga públicos baixos, insiste em preços altos de ingressos e técnico diz que torcida poderia ter sido diferencial em partidas importantes no Brasileirão


Os públicos do Santa Cruz na Série A têm sido bem aquém do esperado. As rendas são baixíssimas. Em um jogo, contra o Atlético-PR, foi preciso até a diretoria desembolsar mais de mil reais para bancar custos operacionais no Arruda. Ciente da pouca demanda em seu estádio, o clube chegou a vender o mando de campo do duelo com o Corinthians (na 30ª rodada) para a Arena Pantanal, em Cuiabá. O Tricolor, de quebra, mantém altos preços de ingressos. Figura entre os dez times da elite com valores mais elevados nas bilheterias. O técnico Doriva critica a gestão por não ter mobilizado o torcedor como deveria em jogos importantes, quando a equipe coral enxergava como concreto o sonho de permanecer na Primeira Divisão.

Doriva chegou no Santa Cruz com a imagem de uma torcida que costumava lotar as arquibancadas. Decepcionou-se. Muito da falta de público acabou se dando, justamente, pela má campanha no Brasileiro. Mas, no entendimento do treinador, graças também ao pouco estímulo da diretoria para atrair gente ao José do Rego Maciel. Com time praticamente rebaixado, Doriva crê que agora já é tarde para tentar convencer os torcedores a comparecerem. Diz que o erro cometido pela direção, no entanto, pode servir de aprendizado para o futuro.

“É só a gente olhar para outros clubes. A gente poderia ter feito uma política de mobilização geral antes para o nosso acreditar, vir, incentivar. Houve jogos que, com certeza, a torcida poderia ter feito a diferença, como fez em outras ocasiões. Sei lá, com promoções. A gente sabe a dificuldade que o Brasil vive e não é fácil vir para todos os jogos, mas o clube tinha que buscar alternativas”, declarou o comandante.

Doriva citou a Ponte Preta como exemplo, que no seu jogo passado, contra o Santa Cruz, reservou 5 mil ingressos para promoção e ainda baixou os valores de um dos setores do Moisés Lucarelli. “Fomos jogar com a Ponte e tinha 10 mil pessoas. O ingresso era duas garrafas pet. Isso mobiliza. O povo vai”, afirmou. “Serve de lição para um futuro. Acho que a marca do Santa Cruz é o torcedor e, realmente, ele fez falta. A gente está em um momento que campeonato afunilou, chances são mínimas. Mas, quando torcedor vem, ele ajuda”, acrescentou o técnico.

Rendas líquidas do Santa Cruz na Série A:


Santa Cruz 2 x 4 Corinthians (Arena Pantanal): R$ 150.752,50 
(R$ 100 mil de “luvas”)
Santa Cruz 2 x 3 Palmeiras: R$ 64.709,79
Santa Cruz 1x0 Atlético-PR: R$ 1.446,21 (Negativo)
Santa Cruz 2x2 Chapecoense (Arena de Pernambuco): R$ 181.372, 85
Santa Cruz 0x1 Fluminense: R$ 78.471,24
Santa Cruz 1x2 São Paulo: R$ 163.368,31
Santa Cruz 0x1 Coritiba: R$ 91.746,21
Santa Cruz 1x0 Internacional: R$ 82.084,69
Santa Cruz 0x3 Ponte Preta: R$ 76.766,39
Santa Cruz 0x1 Flamengo: R$ 169.294,29
Santa Cruz 1x0 Figueirense: R$ 90.529,29
Santa Cruz 0x2 Santos: R$ 137.669,54
Santa Cruz 0x1 Sport: R$ 233. 932,29
Santa Cruz 4x1 Cruzeiro: R$ 202. 340,31
Santa Cruz 4x1 Vitória: R$ 194.548,26


R$ 138.425,75
Média de arrecadação

9.865
Média de público do Santa na Série A

16 mil
Era a média estimada pela direção

14.587
Média de público pagante do campeonato

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Virtualmente rebaixado, Santa Cruz está no top-10 dos ingressos mais caros do Brasileirão

Para enfrentar o Botafogo, diretoria coral cobra bilhetes a partir de R$ 40 (inteira)


Apesar de o Santa Cruz estar na vice-lanterna do Brasileiro, virtualmente rebaixado e vindo de uma sequência de seis derrotas seguidas, a diretoria decidiu cobrar preços pouco atraentes para o jogo contra o Botafogo, nesta quarta-feira, no Arruda. Sem a opção de geral - o anel superior será fechado -, quem não for sócio terá que pagar R$ 40 por um bilhete de arquibancada. Levando em consideração o último jogo como mandante de cada um dos seus 19 adversários na Série A, o Tricolor está no top 10 dos ingressos mais caros da Série A.

Excluindo os ingressos de geral, cadeira ou meia-entrada, os bilhetes mais caros foram cobrados por Corinthians, Figueirense e Palmeiras. Cada um desses times cobrou R$ 80. Fluminense e América-MG cobraram R$ 60. Coritiba, Grêmio e Atlético-MG, R$ 50. Santos, Cruzeiro, Flamengo e Vitória, R$ 40. É nesse grupo que está inserido o Santa Cruz.

Seis equipes cobraram bilhetes mais baratos do que o Santa Cruz. Uma delas foi o Sport, que vendeu a arquibancada a R$ 10 e ainda permitiu o acesso gratuito dos sócios. O Atlético-PR, por outro lado, sequer vendeu ingressos, abrindo os portões no clássico contra o Coritiba para os sócios do clube.

Até o gigante São Paulo, três vezes campeão mundial e seis vezes campeão brasileiro, cobrou R$ 20 por um bilhete de arquibancada - com uma opção de R$ 10.


Quanto os clubes cobraram

R$ 80

Corinthians 3 x 0 América-MG
Figueirense 1 x 2 Palmeiras
Palmeiras 0 x 0 Cruzeiro

R$ 60

Fluminense 1 x 2 Flamengo
América-MG 1 x 0 Botafogo

R$ 50

Coritiba 0 x 0 Figueirense
Grêmio 1 x 0 Atlético-PR
Atlético-MG 3 x 0 América-MG

R$ 40

Santos 1 x 1 Grêmio
Cruzeiro 0 x 0 Chapecoense
Flamengo 3 x 0 Santa Cruz
Vitória 0 x 1 Grêmio

R$ 30

Botafogo 3 x 2 Atlético-MG
Internacional 2 x 1 Flamengo

R$ 20

Ponte Preta 3 x 0 Santa Cruz
Chapecoense 3 x 0 Sport
São Paulo 0 x 1 Santos

R$ 10

Sport 1 x 0 Vitória

R$ 0

Atlético-PR 2 x 0 Coritiba

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