segunda-feira, 2 de maio de 2016

32.ª jornada da Liga com Clássico: resultados, crónicas e imagens

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O campeonato está prestes a terminar e continua ao rubro. Com apenas duas jornadas por disputar, ainda não há campeão e nem sequer se sabe quem poderá descer. A luta está renhida e promete ser assim até ao final.
Benfica e Sporting ganharam os seus jogos, ao V. Guimarães (1-0) e FC Porto (1-3), respetivamente, e continuam separados por apenas dois pontos.
Na Europa, o Arouca reforçou o quinto lugar, com uma almofada de quatro pontos, mas Paços, Rio Ave e Estoril, em escadinha, continuam colados na luta pelo sexto lugar.
Nos lugares de descida, o U. Madeira ganhou novo fôlego com uma vitória sobre a Académica e permitiu ao Boavista festejar a permanência. A equipa de Coimbra fica na mesma situação do Tondela, a cinco pontos dos madeirenses, quando sobram apenas seis por disputar.
Todas as crónicas da 32ª jornada:


U. Madeira-Académica, 3-1


Arouca-Nacional, 3-0 


Não há curvas para (o) Arouca. A ligação à Europa do clube da serra da Freita tem o traçado feito. Falta apenas a inauguração. Burocracias da matemática, que dizem faltarem dois pontos para o objetivo.
Na receção ao Nacional, os arouquenses não facilitaram e, aproveitando alguns erros alheios, é certo, venceram de forma clara por 3-0.

FICHA DE JOGO DO AROUCA-NACIONAL
Há muito que a formação de Lito Vidigal deixou de ser surpreendente. Foi-se tornando uma certeza, conforme os adversários foram tropeçando, e o Arouca foi somando pontos, ficando com um novo objetivo ao alcance de uma equipa que entrou neste campeonato a «lutar pela manutenção».
O Arouca não acusou a pressão de ter entrado em campo a saber que P. Ferreira e Estoril tinham vencido as suas partidas. Desde cedo que o conjunto de Lito Vidigal mostrou aquilo que tem caracterizado os seus jogos: uma equipa muito organizada defensivamente, que aproveita qualquer brecha na defesa contrária para chegar com perigo.
E foi isso que voltou a fazer. A pressionar alto a saída do Nacional, Nuno Coelho intercetou uma bola junto à área contrária, progrediu no terreno e, à saída de Rui Silva, colocou em Walter Gonzalez, que só teve de encostar.
Via verde nesta estrada Nacional
O golo inaugural animou a partida, mostrando um Nacional que também parecia querer discutir o jogo. Sobretudo através de iniciativas de Salvador Agra, os insulares foram chegando ao último reduto do Arouca, onde Soares foi dando algum trabalho aos centrais contrários.
Só que a subida da equipa de Manuel Machado permitiu que o adversário fosse explorando a velocidade de Mateus e Ivo Rodrigues, deixando a ideia de que o Arouca estava mais próximo de chegar ao segundo golo do que o Nacional ao empate.
O que Manuel Machado talvez não esperasse é que fosse a sua equipa a facilitar o caminho do adversário. Primeiro, foi Campos que, na tentativa de aliviar um canto batido por Artur, escorregou e tocou com a mão na bola, levando Cosme Machado a assinalar grande penalidade.
Da marca dos onze metros, Mateus não teve contemplações para com a equipa que representou durante seis épocas, aumentando a vantagem e terminando com as dúvidas quanto ao vencedor da partida.
Mas as facilidades concedidas pelo Nacional não se ficariam por aqui. Dois minutos depois, Belkaroui fez-se expulsar ao ver dois cartões amarelos no mesmo lance: primeiro por falta sobre Walter e depois por ir tirar de esforço junto do paraguaio.
Só não se pode dizer que a partida terminou nesse lance porque, na etapa complementar, o Arouca ainda chegou ao terceiro golo, novamente por Walter, que fez o sexto no campeonato. Os arouquenses ficaram a dever a si mesmos um resultado mais desnivelado, uma vez que tiveram oportunidades para mais, sobretudo, quando Mateus se deslumbrou num momento em que só tinha Rui Silva pela frente, e num lance em que Ivo Rodrigues rematou à barra.
O Nacional também ainda deu um ar da sua graça, aproveitando a maior descontração da equipa da casa, com Ricardo Gomes a obrigar Bracali a uma boa intervenção, e Soares a atirar a bola às malhas laterais.
No final, fica a ideia de que não haverá obstáculo que impeça que a Europa do futebol venha a conhecer Arouca na próxima temporada. Só falta cortar a fita desta via-rápida rumo às competições europeias.

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