quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

O maior desafio dos dirigentes do Náutico é desativar o "campo minado"





O ano de 2014 foi de muita turbulência para o Náutico.  O primeiro ano da gestão de Gláuber Vasconcelos, que ganhou a eleição no clube como opositor, foi marcada por muitas contratações, desentendimento político e de uma crise tamanha que casuou ate uma greve de jogadores.

Os fatos levaram o mandatário alvirrubro a tomar uma decisão difícil: reduzir a folha salarial do elenco profissional. Medida acertada. Diante da situação que vive o clube, não adiantava manter um teto alto sem ter condições de pagar. Mesmo assim, o Náutico precisa se viabilizar. Do contrário, nada feito. 

É por isso que falo sempre da situação politica do clube. O Náutico está dividido demais. São várias ilhas em pé de guerra. Costurar uma aproximação dessas ilhas, apagar os ataques pessoais e levar o clube a uma situação menos sufocante é o grande desafio de Glauber Vasconcelos e a diretoria. 

Afinal, mesmo mantendo uma elenco enxuto financeiramente, não vai adiantar muito se o clube não viver em paz. As crises politicas refletem dentro de campo. O desentendimento dos dirigentes causam uma falta de sintonia de quem comanda o clube com aqueles que entram em campo para fazer do Náutico um time vencedor. A falta de confiança gera instabilidade. 

O Náutico foi assim durante todo o ano: o clube que passeou por um campo minado. O episódio do uso da cota da Arena Pernambuco para um financiamento foi o maior exemplo.  Precisando desesperadamente do dinheiro, a presidência executiva queria a antecipação de uma boa verba para cumprir seus compromissos. Uma boa ideia, mas que não foi aceita pelo conselho deliberativo se baseando num argumento muito forte: não queria abrir precedentes para que "aventureiros" pudesse fazer o mesmo no futuro.

O veto do conselho aconteceu de forma democrática, através do voto. No entanto, foi visto como um afrontamento por parte dos que estão na diretoria do clube. E nos dias que sucederam à reunião, foram farpas para todos os lados. 

Portanto, não basta apenas contratar certo. É preciso transmitir para os atletas que ficaram e os que estão chegando que o clube vive em paz. Mas, para isso, é preciso pensar mais no Náutico.

globo.com

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