Existe um grande número de pessoas que não entendem a evolução do futebol brasileiro e mundial e que adoram dizer, o que agrada a muitos, que o problema de nosso futebol é ter perdido a essência e seguido o modelo europeu.
É o contrário. Independentemente do sistema tático, os europeus, para melhorar a qualidade do espetáculo e, com isso, ter mais lucros, passaram a jogar com mais troca de passes, com a bola no chão, com poucas faltas, com volantes que marcam, apoiam e avançam e em ótimos gramados. Enquanto isso, o futebol brasileiro privilegia, há muito tempo, os chutões, a correria, a bola aérea, o excesso de faltas, de simulações, o jogo truncado e compartimentado, com volantes que marcam, meias que armam e centroavantes que finalizam.
Isso começou a mudar, timidamente, com Tite, Mano Menezes e outros novos técnicos. Porém, os vícios acumulados e os tantos lugares-comuns impregnaram nosso jogo e dificultam as mudanças.
Recuperar a essência é formar muitos talentos, jogar um futebol eficiente e agradável de ver, de acordo com a evolução. Não dá mais para atuar como nos anos 1950, 1960 e 1970.
Não temos uma ótima geração, mas dizer que essa é a pior é desconhecer a história. A deficiência na formação de jogadores está na infância, na adolescência, nas categorias de base e na passagem da base para os times principais. Além disso, o estilo feio e truncado dificulta o surgimento de craques.
Os treinadores das categorias de base são, geralmente, ex-atletas, que conhecem os detalhes do jogo, mas não conhecem a ciência de ensinar, ou treinadores acadêmicos, que sabem a ciência de ensinar, mas não sabem os detalhes do jogo. É preciso ter treinadores com os dois olhares. Mesmo os mais bem preparados repetem, por comodismo ou para garantir o emprego, tudo de errado que fazem os técnicos principais.
A intenção da CBF, de criar conselhos para discutir os problemas do futebol brasileiro, convidando dezenas de pessoas, para agradar a todos e para trocar gentilezas, muitas sem condições técnicas para opinar, é perda de tempo. É preciso mais ação e menos blá blá blá.
O que o futebol brasileiro mais precisa é de profissionais competentes e independentes nas direções de cargos, dentro e fora de campo, e que sejam escolhidos por seus méritos. A troca de favores e a formação de patotas são pragas nacionais, no futebol e em todas as áreas.
Marco Polo Del Nero é presidente da CBF porque era próximo de Ricardo Teixeira, Marin e seus aliados. Gilmar Rinaldi foi escolhido porque, segundo relatos de pessoas que acompanhavam diariamente a Federação Paulista, não saía do gabinete do presidente, na época, Del Nero. Dunga foi companheiro de Gilmar na Copa de 1994. Dunga é um profissional sério. Apenas sua substituição não resolverá os problemas do futebol brasileiro, mas outros treinadores, como Tite, estão à sua frente.
Para melhorar nosso futebol, seria fundamental a conscientização de todos, especialmente dos treinadores da base e dos times principais, de que não basta o resultado e que a qualidade do jogo, do espetáculo, é essencial.
É o contrário. Independentemente do sistema tático, os europeus, para melhorar a qualidade do espetáculo e, com isso, ter mais lucros, passaram a jogar com mais troca de passes, com a bola no chão, com poucas faltas, com volantes que marcam, apoiam e avançam e em ótimos gramados. Enquanto isso, o futebol brasileiro privilegia, há muito tempo, os chutões, a correria, a bola aérea, o excesso de faltas, de simulações, o jogo truncado e compartimentado, com volantes que marcam, meias que armam e centroavantes que finalizam.
Isso começou a mudar, timidamente, com Tite, Mano Menezes e outros novos técnicos. Porém, os vícios acumulados e os tantos lugares-comuns impregnaram nosso jogo e dificultam as mudanças.
Recuperar a essência é formar muitos talentos, jogar um futebol eficiente e agradável de ver, de acordo com a evolução. Não dá mais para atuar como nos anos 1950, 1960 e 1970.
Não temos uma ótima geração, mas dizer que essa é a pior é desconhecer a história. A deficiência na formação de jogadores está na infância, na adolescência, nas categorias de base e na passagem da base para os times principais. Além disso, o estilo feio e truncado dificulta o surgimento de craques.
Os treinadores das categorias de base são, geralmente, ex-atletas, que conhecem os detalhes do jogo, mas não conhecem a ciência de ensinar, ou treinadores acadêmicos, que sabem a ciência de ensinar, mas não sabem os detalhes do jogo. É preciso ter treinadores com os dois olhares. Mesmo os mais bem preparados repetem, por comodismo ou para garantir o emprego, tudo de errado que fazem os técnicos principais.
A intenção da CBF, de criar conselhos para discutir os problemas do futebol brasileiro, convidando dezenas de pessoas, para agradar a todos e para trocar gentilezas, muitas sem condições técnicas para opinar, é perda de tempo. É preciso mais ação e menos blá blá blá.
O que o futebol brasileiro mais precisa é de profissionais competentes e independentes nas direções de cargos, dentro e fora de campo, e que sejam escolhidos por seus méritos. A troca de favores e a formação de patotas são pragas nacionais, no futebol e em todas as áreas.
Marco Polo Del Nero é presidente da CBF porque era próximo de Ricardo Teixeira, Marin e seus aliados. Gilmar Rinaldi foi escolhido porque, segundo relatos de pessoas que acompanhavam diariamente a Federação Paulista, não saía do gabinete do presidente, na época, Del Nero. Dunga foi companheiro de Gilmar na Copa de 1994. Dunga é um profissional sério. Apenas sua substituição não resolverá os problemas do futebol brasileiro, mas outros treinadores, como Tite, estão à sua frente.
Para melhorar nosso futebol, seria fundamental a conscientização de todos, especialmente dos treinadores da base e dos times principais, de que não basta o resultado e que a qualidade do jogo, do espetáculo, é essencial.
Ilusões
Vanderlei Luxemburgo, em uma recente entrevista à TV Globo, disse que a Alemanha jogou com três volantes e que todos elogiaram, enquanto os técnicos brasileiros são duramente criticados por fazerem o mesmo. A Alemanha tinha três volantes que marcavam, apoiavam e atacavam, sincronizados. Khedira e Kroos fizeram gols contra o Brasil.
Luxemburgo substituiu Marcelo Oliveira, o Cruzeiro venceu os três jogos seguintes. Marcelo foi para o Palmeiras e ganhou duas seguidas. Cristóvão Borges substituiu Luxemburgo, ganhou as duas últimas, e o Flamengo saiu da zona de rebaixamento. Enderson Moreira, que entrou no lugar de Ricardo Drubscky, melhorou o Fluminense. Os que entram geralmente começam bem. Criam ilusões.
Luxemburgo substituiu Marcelo Oliveira, o Cruzeiro venceu os três jogos seguintes. Marcelo foi para o Palmeiras e ganhou duas seguidas. Cristóvão Borges substituiu Luxemburgo, ganhou as duas últimas, e o Flamengo saiu da zona de rebaixamento. Enderson Moreira, que entrou no lugar de Ricardo Drubscky, melhorou o Fluminense. Os que entram geralmente começam bem. Criam ilusões.
Tostão
Como o Inter lucrou R$ 5 mi com vendas em uma semana. E sem mexer no time
Jeremias Wernek
Do UOL, em Porto Alegre
Do UOL, em Porto Alegre
Luiz Adriano, Jô, Allan e Wellington Paulista não jogam mais pelo Internacional, mas ajudaram o clube nos últimos dias. Com eles, o Colorado conseguiu lucrar cerca de R$ 5 milhões. A grana é um reforço aos cofres e boa notícia em tempos onde a calculadora é o item mais usado no Beira-Rio. A conta é celebrada por não envolver nenhum jogador do elenco principal e pode aumentar respeitando este requisito.
É que o Inter aguarda proposta oficial por Caio, que esteve emprestado ao Al Wasl. A diretoria já definiu que não pretende reaproveitar o atleta. Cláudio Winck, que será emprestado ao Hellas Verona, só vai desonerar a folha salarial do clube. Assim como já ocorreu no empréstimo de Cassiano a um clube da Coreia do Sul.
A quantia arrecadada na última semana é muito comemorada no Beira-Rio por um grande motivo: não mexeu no grupo de jogadores à disposição de Diego Aguirre. Quase 50% do valor saiu do negócio envolvendo Allan, 18 anos, que foi para o Liverpool. O Colorado ainda ficou com 25% dos direitos econômicos do meia.
Dono de 15% dos direitos de Jô, o Inter ganhou R$ 1,5 milhão na transferência dele. O atacante que jogou em Porto Alegre entre 2011 e 2012 trocou o Atlético-MG pelo Al Shabab, da Arábia Saudita. Já a ida de Luiz Adriano para o Milan também rendeu frutos. O Colorado teve direito a 3%, por conta do mecanismo de solidariedade da Fifa, dos R$ 27,7 milhões pagos ao Shakhtar Donetsk. O negócio que completa a lista é Wellington Paulista no Fluminense. Como ficou devendo luvas ao centroavante, o clube gaúcho vai trocar a quitação por um abatimento no valor exigido pelos direitos do atleta.
Ao mesmo tempo em que coleta valores menores com ex-jogadores ou atletas fora dos planos, o Internacional se prepara para fazer pelo menos uma grande venda nas próximas semanas. O tema é mantido em segundo plano por conta da semifinal da Copa Libertadores, mas o clube deve negociar Charles Aránguiz com o futebol europeu. Além dele, zagueiro Alan Costa, o volante Rodrigo Dourado e Valdívia receberão propostas.
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