'Marco' da gestão Bandeira, Guerrero chega ao Fla com festa vetada e status de salvador

Sem tempo a perder, Guerrero chega ao Rio de Janeiro na madrugada desta terça-feira, treina no Ninho do Urubu pela manhã, será apresentado à tarde e deve viajar diretamente para Porto Alegre, onde o time enfrenta o Internacional na quarta-feira, no Beira-Rio. Com previsão de um orçamento mais folgado para o futebol em 2016, o Flamengo pensa em dar ao peruano companheiros do seu mesmo patamar no futuro. Para isso, no entanto, o time precisa dar uma guinada a partir da Era Guerrero.

Maior contratação da gestão de Eduardo Bandeira de Mello, Paolo Guerrero seria apresentado nesta terça-feira no Flamengo com grande festa. A ideia era mostrá-lo como ícone da recuperação financeira do clube iniciada em 2013, preparando terreno para a montagem de um time com rodagem para disputar títulos de alto patamar em 2016. A péssima fase no Campeonato Brasileiro, com sete derrotas em 11 jogos, fez o departamento de futebol requisitar o cancelamento da comemoração do marco da atual administração.

Ainda que o planejado seja realizar pequenas ações de marketing com o atacante, Guerrero já irá treinar pela manhã no Ninho do Urubu e só depois vai conceder uma entrevista coletiva no auditório Rogério Steinberg, na Gávea. Antes, o planejamento indicava uma entrada triunfal no gramado da Gávea às 10h30, com sócios-torcedores e associados do clube, em número limitado de cerca de mil pessoas, como convidados ilustres. Em seguida, Guerrero concederia a primeira entrevista como jogador do Flamengo no próprio gramado da Gávea. Tudo foi por água abaixo.

O cartão de visitas ao mercado de um Flamengo em recuperação financeira tem operação avaliada em pouco mais de R$ 30 milhões por três anos. Artilheiro da Copa América com a seleção peruana, Guerrero provou ter agradado à torcida. O número de sócios-torcedores cresceu em quase sete mil. As vendas de camisas rubro-negras com o nome e o número 9 às costas já chegam a quase 30% do total comercializado. A expectativa cada vez maior fez o clube enviar ao Chile, onde Guerrero estava com a seleção peruana, um comitê para vesti-lo com a camisa do clube e entregá-lo um cartão de sócio-torcedor. A ansiedade agora se vira para o campo, onde o artilheiro virou símbolo de esperanças de recuperação de uma equipe abalada.

espn