Em entrevista ao programa Aqui com Benja, exibida pelo canal Fox Sports neste sábado, o ex-técnico do São Paulo, Muricy Ramalho, relembrou a decisão dele em 2010 de dizer “não” ao convite feito por Ricardo Teixeira, na época presidente da CBF, para romper contrato com o Fluminense e assumir a Seleção Brasileira. Não se sente arrependido. Ao contrário, citou a sequência dos acontecimentos na Seleção para reforçar a satisfação com aquela negativa.
“A conversa na época foi um absurdo. Tem que se respeitar as coisas, saber o que vai acontecer [ele tinha contrato com o Fluminense e dependia de liberação do seu clube, não consultado pela entidade], aquela conversa foi muito furada, não me convence. O que aconteceu com o Mano [Menezes, treinador demitido antes da Copa das Confederações 2013] poderia ter acontecido comigo pela conversa que eu tive com aquele cara lá. Não tem conversa consistente”, afirmou.
A Benjamin Back, o Benja, entrevistador do programa da Fox, Muricy também foi firme ao fazer uma previsão envolvendo Neymar: “vai atropelar o Messi mais na frente”. O treinador confia no trabalho que o craque brasileiro e todo o seu staff vêm fazendo para ele chegar lá: “tá no caminho certo, se preparando para ser o melhor do mundo, tendo paciência, porque sabe que agora tem o Messi lá, que ele não pode ser melhor que o Messi agora, mas ele vai ser”, garante.
No bate-papo, Muricy também reclamou do rótulo que recebe de técnico que não dá espaço no time de cima para jovens jogadores vindos das categorias de base: “vocês da imprensa são muito mal informados, pegam embalo e vai nessa. No Santos, por exemplo, todos esses moleques que tão lá agora fui eu que lancei”, disse. “Praticamente todos”, acrescentou, sem citar a que jogadores exatamente ele se referia. “Do São Paulo, vários. Do Internacional, muitos, mas acontece que as pessoas põem um rótulo no cara e não se preocupa nem em se informar se é verdade, mesmo”, continuou, novamente sem mencionar os nomes dos jogadores por ele lançados nesses clubes.
“Se eu for pegar no papel, se fosse viver de jogador de futebol que eu lancei, eu tava milionário. Denílson, na época, foi vendido, Breno foi vendido”, finalizou o assunto, agora mencionando atletas, sendo que o primeiro já parou de jogar há mais de cinco anos, período que passou a exercer outra função, a de comentarista na Rede Bandeirantes. Denílson foi lançado no time do São Paulo, com 17 anos, em 1994. Há mais de 20 anos, portanto.
uol
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