A revolta dos craques
Que Benfica! Que noite! Que vitória!
Os encarnados ultrapassaram todas as desconfianças lançadas pelo passado recente e arrancaram uma vitória do fundo da alma. Uma vitória de insubmissão, assente na excelente resposta coletiva, mas assente sobretudo na revolta dos craques.
Fala-se, claro, dos três nomes mais mediáticos desta equipa: Gaitán, Jonas e Júlio César. Foi neles que o Benfica fundamentou uma grande noite europeia.
Gaitán, por exemplo, apontou o primeiro golo e fez a assistência fantástica, admirável, açucarada para o segundo golo. Jonas trouxe classe aos momentos de intranquilidade, colocando a bola no chão, levantando a cabeça, fazendo a equipa respirar. Júlio César, por fim, foi talvez o melhor, a aguentar o triunfo com uma mão cheia de grandes defesas.
Claro que houve outras belas exibições, de Nelson Semedo e de Gonçalo Guedes, de Jardel e de Samaris, até de Raul Jiménez, que foi titular pela primeira vez, mas sobretudo estes três foram pilares firmes da vitória.
Tudo junto o Benfica arrancou uma vitória difícil, mas muito justa. Sobretudo pela segunda parte. Após o regresso dos balneários, o At. Madrid teve a bola, pressionou, carregou como lhe competia, mas raramente teve verdadeiras ocasiões de golo.
Quando elas surgiram, as oportunidades, esteve lá Júlio César, claro.
Já o Benfica marcou cedo, num grande passe de Gaitán que Gonçalo Guedes finalizou com um desvio subtil, e a partir daí defendeu muito bem: unido, concentrado, solidário e compensador. Havia sempre um jogador a dobrar a falha do colega.
Só para se ter uma noção do feito encarnado, basta dizer que o Atlético Madrid não sofria um golo em casa desde março de 2014: há mais de um ano, portanto.
Esta noite sofreu dois.
Mas há mais, claro. É bom lembrar, já agora, que o Benfica de Rui Vitória ainda não tinha feito um golo que fosse fora do Estádio da Luz. Esta noite fez dois, e venceu o jogo.
Por isso se regressa ao início do texto e sublinha que ultrapassou todas as desconfianças.
Fê-lo, aliás, no relvado mais improvável: o relvado do Vicente Calderón, onde mora um Atlético agressivo, duro, intenso, sólido e vigoroso. Um Atlético implacável, no fundo.
A formação de Simeone foi tudo isso, de resto, enquanto o Benfica deixou. Foi tudo isso sobretudo na primeira parte. Entrou forte no jogo, muito dura, a cometer muitas faltas e a ganhar constantemente a bola. Quando Correa abriu o marcador, aos 23 minutos, já o Atlético tinha criado uma excelente ocasião através de Jackson.
O golo do Atlético intranquilizou o Benfica, que passou por minutos de completo desnorte. Nessa altura temeu-se que o jogo fosse acabar mal para os encarnados.
Jackson, por exemplo, acertou no poste e falhou na cara de Júlio César. Até que, do nada, surge o golo encarnado. Obra de Gaitán, que aproveitou um mau alívio de Godín e fuzilou Oblak. A partir de então o Benfica tranquilizou-se e defendeu melhor.
No final segurou um grande triunfo: foi aliás a primeira derrota caseira de Simeone em casa. Nunca o Atlético tinha perdido no Calderón sob a orientação do argentino.
O Benfica soma agora seis pontos e tem o apuramento para os oitavos de final bem encaminhado. Admirável, não é?
Os encarnados ultrapassaram todas as desconfianças lançadas pelo passado recente e arrancaram uma vitória do fundo da alma. Uma vitória de insubmissão, assente na excelente resposta coletiva, mas assente sobretudo na revolta dos craques.
Fala-se, claro, dos três nomes mais mediáticos desta equipa: Gaitán, Jonas e Júlio César. Foi neles que o Benfica fundamentou uma grande noite europeia.
Gaitán, por exemplo, apontou o primeiro golo e fez a assistência fantástica, admirável, açucarada para o segundo golo. Jonas trouxe classe aos momentos de intranquilidade, colocando a bola no chão, levantando a cabeça, fazendo a equipa respirar. Júlio César, por fim, foi talvez o melhor, a aguentar o triunfo com uma mão cheia de grandes defesas.
Claro que houve outras belas exibições, de Nelson Semedo e de Gonçalo Guedes, de Jardel e de Samaris, até de Raul Jiménez, que foi titular pela primeira vez, mas sobretudo estes três foram pilares firmes da vitória.
Tudo junto o Benfica arrancou uma vitória difícil, mas muito justa. Sobretudo pela segunda parte. Após o regresso dos balneários, o At. Madrid teve a bola, pressionou, carregou como lhe competia, mas raramente teve verdadeiras ocasiões de golo.
Quando elas surgiram, as oportunidades, esteve lá Júlio César, claro.
Já o Benfica marcou cedo, num grande passe de Gaitán que Gonçalo Guedes finalizou com um desvio subtil, e a partir daí defendeu muito bem: unido, concentrado, solidário e compensador. Havia sempre um jogador a dobrar a falha do colega.
Só para se ter uma noção do feito encarnado, basta dizer que o Atlético Madrid não sofria um golo em casa desde março de 2014: há mais de um ano, portanto.
Esta noite sofreu dois.
Mas há mais, claro. É bom lembrar, já agora, que o Benfica de Rui Vitória ainda não tinha feito um golo que fosse fora do Estádio da Luz. Esta noite fez dois, e venceu o jogo.
Por isso se regressa ao início do texto e sublinha que ultrapassou todas as desconfianças.
Fê-lo, aliás, no relvado mais improvável: o relvado do Vicente Calderón, onde mora um Atlético agressivo, duro, intenso, sólido e vigoroso. Um Atlético implacável, no fundo.
A formação de Simeone foi tudo isso, de resto, enquanto o Benfica deixou. Foi tudo isso sobretudo na primeira parte. Entrou forte no jogo, muito dura, a cometer muitas faltas e a ganhar constantemente a bola. Quando Correa abriu o marcador, aos 23 minutos, já o Atlético tinha criado uma excelente ocasião através de Jackson.
O golo do Atlético intranquilizou o Benfica, que passou por minutos de completo desnorte. Nessa altura temeu-se que o jogo fosse acabar mal para os encarnados.
Jackson, por exemplo, acertou no poste e falhou na cara de Júlio César. Até que, do nada, surge o golo encarnado. Obra de Gaitán, que aproveitou um mau alívio de Godín e fuzilou Oblak. A partir de então o Benfica tranquilizou-se e defendeu melhor.
No final segurou um grande triunfo: foi aliás a primeira derrota caseira de Simeone em casa. Nunca o Atlético tinha perdido no Calderón sob a orientação do argentino.
O Benfica soma agora seis pontos e tem o apuramento para os oitavos de final bem encaminhado. Admirável, não é?
Rui Vitória: «Foi uma noite do Benfica à antiga»
Treinador disse que foi uma vitória muito saborosa e que era um treinador feliz
Rui Vitória, treinador do Benfica, em declarações no final da vitória por 2-1 no Vicente Calderón, frente ao At. Madrid, em jogo da Liga dos Campeões:
«Foi fundamental jogar no red line, com uma disponibilidade enorme, e depois a inspiração dos jogadores. Quando treinamos as coisas e depois os jogadores têm a capacidade de passar isso para o campo, sou um treinador feliz.
Frente a uma grande equipa, que não perdia há 22 jogos, com uma qualidade enorme, nós fomos enormes. Soubemos gerir todos os momentos, os momentos em que tínhamos de sofrer e em que tínhamos de agredir o adversário.
Foi uma noite enorme, uma noite do Benfica à antiga. Foi uma vitória muito saborosa, mas ainda temos um longo caminho para percorrer. Agora vamos desfrutar do sabor desta vitória, na casa de um adversário que há dois anos esteve na final da Liga dos Campeões.
Se foi importante para mim ganhar com jovens jogadores em quem apostei? Para mim não tem importância nenhuma, tem importância é para o Benfica.
Fico feliz pelos jogadores, tinhas-lhes dito para enfrentar o jogo sem receio. Gosto que o Benfica ganhe, que somem pontos, e que os jogadores brilhem, foi isso que lhes disse, que fossem sem receios. Fico contente por eles, mas para mim não tem importância.»
«Foi fundamental jogar no red line, com uma disponibilidade enorme, e depois a inspiração dos jogadores. Quando treinamos as coisas e depois os jogadores têm a capacidade de passar isso para o campo, sou um treinador feliz.
Frente a uma grande equipa, que não perdia há 22 jogos, com uma qualidade enorme, nós fomos enormes. Soubemos gerir todos os momentos, os momentos em que tínhamos de sofrer e em que tínhamos de agredir o adversário.
Foi uma noite enorme, uma noite do Benfica à antiga. Foi uma vitória muito saborosa, mas ainda temos um longo caminho para percorrer. Agora vamos desfrutar do sabor desta vitória, na casa de um adversário que há dois anos esteve na final da Liga dos Campeões.
Se foi importante para mim ganhar com jovens jogadores em quem apostei? Para mim não tem importância nenhuma, tem importância é para o Benfica.
Fico feliz pelos jogadores, tinhas-lhes dito para enfrentar o jogo sem receio. Gosto que o Benfica ganhe, que somem pontos, e que os jogadores brilhem, foi isso que lhes disse, que fossem sem receios. Fico contente por eles, mas para mim não tem importância.»
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