terça-feira, 28 de julho de 2015

Cruzeiro perdeu modelo de jogo. Palmeiras ganhou

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O Cruzeiro que disputa o campeonato deste ano não tem nenhum traço do time que dominou o Brasileirão e faturou as últimas duas edições.
Natural, muitos vão dizer, afinal o elenco foi desmanchado e peças fundamentais como Ricardo Goulart, Lucas Silva e Everton Ribeiro foram embora. A queda de rendimento, portanto, era esperada. O que estranha é que parece não haver o surgimento de um time novo no espaço deixado pelo treinador.
Marcelo deixou a Raposa no começo do campeonato, quando ainda não fazia o novo time engrenar. Luxemburgo chegou e até o momento não há nenhum sinal de que este Cruzeiro possa fazer algo mais do que ser coadjuvante neste Brasileiro.
O que se viu ontem no Morumbi foi um time inofensivo, mesmo diante de um rival que deixa jogar e fornece espaços generosos no seu campo defensivo.
O técnico dispensado pelo Cruzeiro foi parar no Palmeiras. Entre as principais forças do futebol brasileiro não há um elenco que tenha modificado tanto quando o do Verdão. Foi este elenco que Marcelo Oliveira encontrou na Academia.
No time paulista encontrou jogadores que trocaram passes pela primeira vez há menos de cinco meses. Claro que Marcelo pegou uma base minimamente deixada por Osvaldo de Oliveira, mas o time que entrou ontem no G4 é bem diferente e muito mais letal do que aquele vice-campeão paulista.
Há o argumento válido de que hoje o elenco alviverde é mais forte do que o do Cruzeiro. Mas ainda assim foi necessária uma dose de trabalho, de modelo de jogo para que o Palmeiras engrenasse. É este o modelo que desapareceu da Raposa com a saída de Marcelo Oliveira e não surgiu nenhuma nova forma com Luxemburgo ainda.
Ontem, minutos depois de o Cruzeiro ser incapaz de incomodar um inseguro São Paulo no Morumbi (ok, o Tricolor tem ótimo desempenho em seus domínios), o Palmeiras atropelava um fraquíssimo Vasco dentro de São Januário.
Há quem defenda que treinadores têm prazo de validade no comando de um time. Este seria o caso de Marcelo Oliveira no Cruzeiro. O problema foi que no lugar de seu modelo não surgiu nada na Raposa. O modelo foi parar no Palmeiras. Sorte do Palmeiras.
por Tironi


Rodada 15: Os cariocas


por Mauro Beting 

ESCREVE DANIEL BARUD

Em Goiânia, no estádio Serra Dourada, o Flamengo venceu a terceira partida seguida. E mais uma vez com a participação de Paolo Guerrero. O atacante peruano participou bastante do jogo, se movimentando, saindo da área, fazendo o pivô, buscando o jogo, abrindo pelos flancos e ainda serviu Marcelo Cirino, que marcou o único gol do jogo.
O Fla jogou mal, há de se ressaltar. O Goiás foi melhor, criou mais, mas a estratégia de Cristovão deu certo. A roubada de bola para o contra-ataque rubro-negro era a arma mortal do time, que falhava muito na organização defensiva. César salvou o Fla em diversas vezes. E aos 44min da etapa final, a trave também salvou a equipe rubro-negra.
O Fla começou dominando o jogo, com mais posse de bola, mas não achava os espaços para a criação. No típico 4-3-3 de Cristovão, o tripé de meio-campistas era formado por Cáceres, Márcio Araújo e Canteros. No ataque, Éverton, Guerrero e Marcelo Cirino se movimentavam bastante, porém sem sucesso.
Julinho Camargo aproveitava as fragilidades do sistema defensivo carioca, apostando nas investidas ofensivas do lateral Diogo Barbosa e do atacante Murilo, que aproveitavam os espaços deixados por Ayrton, quando o mesmo apoiava ao ataque. Se não fosse o goleiro rubro-negro, o Goiás tinha feito pelo menos 3 gols.
O intervalo veio e Cristovão mexeu. Tirou os três volantes. Ufa! Que alívio!!! O time pouco criou na primeira etapa, apesar de ter tido mais posse de bola. Canteros saiu para a entrada de Alan Patrick. Ayrton, a mina de ouro do Goiás, saiu para a entrada de Pará. E os espaços diminuíram.
Até que aos 27min da segunda etapa, Alan Patrick iniciou a jogada no meio, achou Guerrero na intermediária ofensiva, que serviu Cirino, cara a cara com o goleiro Renan, escolheu o canto e não titubeou. Fla 1 a 0. Vitória sofrida e muito importante, pulado de 14º para 11º, a melhor colocação da equipe nas 15 rodadas.

CHAPECOENSE 2 x 1 FLUMINENSE
Na Arena Condá, em Chapecó, o Flu perdeu a segunda partida seguida. Apesar de dominar e controlar o jogo, o Flu cometeu algumas falhas defensivas e, no final do jogo, sofreu o segundo gol.
O jogo começou movimentado, com as duas equipes criando oportunidades. O Flu apostava na movimentação do quarteto ofensivo, com Oswaldo pela direita, Marco Junior na esquerda e Scarpa na meia central. Fred era o capitão. Edson e Jean formavam a dupla de volantes.
A Chapecoense apostava nas investidas pelo flanco direito com Apodi, buscando Bruno Rangel na área. Ananias era o outro atacante. Organizada no 4-4-2, fechadinha e compacta, a Chape investia nos contra-golpes. Quase todas as jogadas ofensivas catarinense passavam pelos pés de Cléber Santana que, junto com Tiago Luis, eram os armadores da equipe de Chapecó.
O Flu articulava bem as jogadas, mas falhava no último passe e na conclusão das jogadas. No sistema defensivo, muitos erros na transição defesa-ataque, erros de passe e até de posicionamento. Aos 26min da primeira etapa, Edson errou passe na intermediária defensiva, Dener lançou Bruno Rangel, que dominou, ajeitou e bateu bem. Chape 1 a 0.
O Flu não se abalou. E logo aos 28min, Oswaldo cruzou, o goleiro Danilo espalmou para a entrada da área e Edson, que tinha acabado de falhar, acertou belo chute no canto esquerdo. 1 a 1.
O Flu ainda teve um gol anulado, de Marcos Junior. Após cruzamento de Breno Lopes pelo lado esquerdo, Fred tentou desviar, mas a bola sobrou para o jovem atacante do Flu, que cabeceou e a bola tocou na bola dele. O juiz marcou o gol, mas voltou atrás e anulou.
O Flu voltou melhor para a etapa final, marcando em cima, sufocando a Chape, criando mais oportunidades, mas falhando na conclusão. Fred sentiu a coxa e saiu para a entrada de Magno Alves.
Aos 41 da segunda etapa, Antonio Carlos e Bruno Rangel disputaram a bola na entrada da área, Bruno Rangel caiu e o juiz marcou falta. O auxiliar Daniel Zioli informou ao árbitro que havia sido pênalti. Bruno Rangel cobrou firme no meio do gol, Cavalieri ainda tocou na bola, mas a Chape fez o segundo e venceu. Com a derrota, o Flu caiu de 3º para 7º.


VASCO 1 X 4 PALMEIRAS
Em São Januário, a torcida do Vasco até compareceu (recorde de público em São Janu: 13.775 pessoas), mas o time não fez valer o mando de campo. O Verdão não tomou conhecimento da equipe carioca e aplicou 4 a 1 e entrou no G-4, pulado de 6º para 3º colocado.
Em São Januário, a torcida do Vasco até compareceu (recorde de público na Colina: 13.775 pessoas), mas o time não fez valer o mando de campo. O Verdão não tomou conhecimento da equipe carioca e aplicou 4 a 1 e entrou no G-4, pulado de 6º para 3º colocado.
As coisas começaram bem para a equipe paulista. E, quando a fase não é boa, a coisa não fica boa para as equipes da parte debaixo.
Arouca dominou no meio-campo, logo aos 3min da primeira etapa, fez boa jogada e tocou para Leandro Pereira, que chutou de fora da área. A bola desviou em Aislan e foi entrando calmamente no gol de Martin Silva, que estava vendido no lance. 1 a 0.
Após jogada pela esquerda, a defesa cruzmaltina se atrapalhou, Dudu marcou o segundo. Isso com 17 minutos do primeiro tempo.
A partir daí, o Vasco pareceu que acordou. Tentou colocar a bola no chão e jogar, mesmo com o placar adverso. Mas só parece.
O Palmeiras aproveitou a velocidade e intensidade dos contra-ataques e ampliou. Egídio cruzou, Martín Silva saiu muito mal, não achou nada, a bola bateu em Aislan e sobrou para Victor Ramos só empurrar para o gol. 3 a 0 com 34’min na primeira etapa.
Antes do primeiro terminar, Herrera ainda protagonizou um lance INACREDITÁVEL. Sozinho no campo de ataque, ele conduzia a bola após erro de passe da defesa alviverde, driblou Fernando Prass, ajeitou e bateu: NO TRAVESSÃO!!!! INACREDITÁVEL.
No intervalo, Celso Roth queimou as tres substituições: Jordi no lugar de Martin Silva, Serginho no lugar de Aislan, Riascos no lugar de Dagoberto. Mas nada mudou. O Vasco estava apático e muito desorganizado, tanto ofensiva quando defensivamente. A equipe não incomodava o goleiro alviverde, Fernando Prass. Ainda deu tempo de Leandro Pereira ampliar a goleada: 4 a 0. E aos 23min da etapa final, Riascos fazer o gol de honra. 4 a 1.
Com o resultado, o Palmeiras entrou no G-4 enquanto o Vasco, atropelado em casa, segue na zona do rebaixamento, na vice-lanterna.

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Grêmio 1 x 1 Sport


É bom esse Pedro Rocha. Tem honrado o nome e os gols de um dos maiores armadores que o mundo viu jogar, o uruguaio de brilho no Peñarol e no São Paulo.
Mas só dele não podem viver os gols do Grêmio. Um time mais consistente e até contundente com Roger. Só que vive de tomar gols bestas, como a saída errada de Tiago que deu em gol do ex-tricolor Diego Souza.
Um Sport que não sabe vencer longe do Recife. Mas que só perdeu para o grande líder Galo. Um time bem armado, muito arrumado defensivamente, aprumado na velocidade da transição para a frente. Um projeto de equipe que a direção do clube deu ao seu treinador – quem está há mais tempo no cargo na Série A.
Não é acaso. É caso bolado e pensado para muita gente seguir. Como seguirá forte o Sport com o sonho real de Libertadores. Algo que o Grêmio tem capacidade para chegar. Desde que não perca pontos tolos.

Coritiba 1 x 1 Corinthians


Evandro, 18, artilheiro da Dallas Cup. 
Era o currículo dele há uma semana quando Ney Franco o chamou para compor o elenco na partida decisiva contra a Ponte Preta, pela Copa do Brasil. 
Na estreia pelo Coxa, fez o gol que levou aos pênaltis e para a classificação. Na estreia no Couto Pereira, empatou aos 47 minutos o jogo contra o vice-líder Corinthians. 
Evandro, 18. Dois gols em dois jogos pelo Coritiba que não vence há 6 jogos no BR-15. Há uma semana quem o    conhecia? Há meses não se reconhece o Coritiba que há 30 anos ganhou o Brasil.
Do nada está pintando Evandro. Quem sabe? Como mais nada se poderia esperar de Negueba, que fazia número até dar a bela bola para Rafhael Lucas dar o gol de empate. 
Negueba foi grande. Evandro foi enorme. O Coritiba não está sendo. O Corinthians pode ser mais. Fez um gol com Felipe do jeito que o zagueiro sobe muito. E do jeito que os times em má fase tomam, com um calcanhar que tirou o goleiro da jogada.  
Depois não conseguiu nem ampliar e nem administrar. Não recuou tanto como tantas oportunidades. Mas não foi eficiente e cirúrgico como muitas vezes. E como muitas vozes detonam demais. 
por Mauro Beting

Atlético Mineiro 1 x 0 Figueirense


Levir Culpi não apenas está dirigindo o melhor time que também é líder do BR-15 (nem sempre as duas situações ocorrem ao mesmo tempo). Ele tem dado as mais divertidas entrevistas. 
Quando fala que goleou o Figueirense por 1 a 0 ele tem toda razão. O time bem montado por Argel Fucks poderia ter feito estragos  contra o Galo não fosse Victor, não fosse o Horto, não fosse a bela campanha atleticana. Quando a fase é boa, a bola não entra de jeito algum. 
Do outro lado, porém, não é tão simples. Não foi fácil. Mas tem sido menos complicado com a qualidade do Galo. E a tal intensidade tão falada e pedida, mas que poucas equipes demonstram tão bem quanto o Atlético desde 2013. Até fazer o gol de pênalti sofrido por Marcos Rocha e convertido por Pratto, o Galo chutou de tudo quanto é lugar. É time como o artilheiro argentino. Pintou brecha, chuta. Não pintou, procura achar. Manda na trave. Bate outra na trave.  Mas uma hora entra. 
E a hora tem sido agora. 
Quem entra tem jogado bem como Rafael Carioca. Quem vem do banco tem qualidade como Carlos e Guilherme. 
Quem vem para encarar?
por Mauro Beting



O ouro do Pan é nosso, e agora?


A irretocável campanha da seleção no Pan deu às mulheres do futebol uma visibilidade diferenciada e aumentou consideravelmente o entendimento positivo sobre o que nossas meninas fazem dentro de campo. Ainda que aqui ou acolá, um ou outro obtuso reproduzisse frases e argumentos típicos dos néscios, 0 ouro conquistao na modalidade mais popular do mundo, foi responsabilidade das mulheres brasileiras. Ponto.

Aproveitando a tuitada do Dr. Marco Aurélio Cunha, agora é hora de olhar para frente, então é sobre os próximos passos que gostaria de resenhar.
O Paulista, estadual mais regular e competitivo do país começou em 18 de abril e terminará em 6 de setembro. No dia 9 do mesmo mês, tem início o Brasileiro, competição reorganizada em 2013, idealizada pelo Ministério do Esporte e com patrocínio articulado pelo então Secretário Nacional do Futebol, Toninho Nascimento.
O primeiro ranqueamento para o Brasileiro Feminino, também foi pensando pelo Ministério tomando como base as cinco últimas participações e qualificações na Copa do Brasil. O método de ranqueamento pensado naquele momento, prestigiava as equipes mais regulares do país, mas, em razão do patrocínio da Caixa, começou a se pensar na entrada de times femininos cujas equipes masculinas fossem patrocinadas pelo banco.
Aí azedou o pé do frango, né gente?
Altera o ranking para esta edição, altera o ranking para a outra e o que vimos foi a participação de projetos carregando a camisa cedida pelo clube – e NADA mais – em detrimento da participação de equipes mais tradicionais e que aos trancos e barrancos, estão presentes nas competições.
Não desmereço em momento algum o trabalho das pessoas que se disponibilizam a abraçar a modalidade, mas continuo batendo na tecla: NÃO PODE SER DE QUALQUER JEITO apenas para dizer que “apoia” o futebol feminino. Este discurso, me desculpem, eu não compro.
O resultado prático do que foi exibido de futebol feminino para a TV, foi, muitas vezes, o que pode ser descrito como “vergonha”. E vergonha em que sentido? Ora, temos pelo menos meia dúzia de equipes atuando em alto rendimento, e quando falo em alto rendimento, falo em equipes que mantém suas atletas treinando diariamente, com todo aparato e estrutura para competir em alto nível.
A partir do momento em que temos a transmissão de jogos entre equipes com grande diferença técnica, é natural que a construção de placares elásticos e a comparação do futebol feminino com a várzea, aconteça. Claramente a modalidade é desqualificada e se a ideia é atrair mais público, voltamos à estaca zero: Sem público > Sem patrocínio > Sem TV > Sem público > Sem patrocínio > Sem TV ad eternum.
Voltando ao patrocínio da Caixa, sabe-se que são 10 milhões de reais disponibilizados para a realização da competição. Sabe-se, também, que como recurso público, a CBF não pode receber diretamente o valor e, para isso, trabalha em parceria com a Sport Promotion. É a SP que cuida para que os valores para mandante e visitante e todo o necessário para o traslado e hospedagem das equipes.
Fazendo uma conta bem por baixo, não só eu como várias pessoas, chegaram ao mesmo valor gasto em TODA a competição: 2 milhões de reais.
Minha sugestão, desde o início era para que tivessemos série A e série B, colocando na A as equipes de alto rendimento e na B as equipes com desempenho mediano jogando em turno e returno e sistema de pontos corridos. Com isso, o Brasileiro, como competição NACIONAL, duraria de acordo com uma competição nacional, e não como a Copa do Brasil. TODAS as equipes jogariam a competição toda, se mantendo em atividade. Com 10 milhões é possível SIM!
Dividida em Série A e B, as equipes da série A se veriam na obrigação de manter o padrão e se planejar adequadamente para a temporada e dar a garantia às suas atletas, de que teriam atividade e SALÁRIO o ano todo. Coisa que acontece com poucas equipes. Na série B, o incentivo veria em forma de participar da série de elite, o que forçaria um melhor investimento estrutural e humano.
É utopia? Não! Não é.
No atual formato, a competição nacional dura dois meses! Isso não existe! Até porque nós já temos uma competição nacional no mesmo molde e que qualifica para a Libertadores Feminina. O Paulista tem maior duração que o Brasileiro. Outros estaduais muitas vezes acontecem no último minuto do segundo tempo apenas para que a Federação local envie à Copa do Brasil, sua equipe representante.
Em suma, não há uma padronização de datas entre as federações, especificamente, no que diz respeito ao feminino. Consequentemente, se faz apanhados sem qualidade à altura de uma competição nacional. Quando os obtusos querem comparar o feminino à várzea, fico com raiva não pelo uso da várzea como régua, mas sim pelo simples fato de que NEM a várzea é tão amadora.
Base? Rá! Sonha! Contamos nos dedos – e sobram dedos! – quantos são os abnegados que dedicam tempo exclusivamente para a formação de novas atletas.
Se há uma enorme dificuldade estrutural para se fomentar a base feminina brasileira, há que se encontrar caminhos possíveis. Do dia em que entrei até o dia em que pedi meu desligamento do Grupo de Trabalho de Futebol Feminino no Ministério do Esporte, minha sugestão sempre foi a mesma: ESCOLA!
“Ah, mas não tem campo de futebol numa escola!” – Gente, escola tem QUADRA! É preciso instigar a participação das meninas em TODAS as atividades físicas da escola, futebol entre elas! É de igual! É idem!
O trabalho é grande e não é fácil! É preciso mexer com as estruturas culturais e educacionais de um país com dimensões geográficas continentais, mas ainda assim, é preciso fazer.
Sem BASE não vamos a lugar algum. Sem BASE não há renovação. Sem BASE não se compete adequadamente no futuro. Sem BASE devidamente trabalhada, o nível técnico do futebol feminino brasileiro, ficará restrito à algumas poucas atletas que com sorte podem integrar equipes de alto rendimento e, infelizmente, elas são poucas.
Dá pra entender a necessidade de se trabalhar para a modalidade e não para o ego? Dá pra entender a necessidade de formarmos atletas cidadãs e não apenas atletas que não desempenham nada além das quatro linhas?
O presente passa rápido e é preciso pensarmos as próximas competições internacionais. O tempo passa rápido e a carreira vai acabar.
O ouro do Pan foi espetacular! Emocionante ver a manifestação das pessoas pelo feito das nossas jogadoras em Toronto, uma vez que a seleção masculina, com toda a pompa e honrarias que costuma receber, conquistou o bronze.
Mas vem aí as Olimpíadas e teremos a participação de seleções bem mais qualificadas, praticamente as mesmas que estiveram na Copa e precisaremos suplantar equipes muito superiores à Colombia, por exemplo.
Que os trabalhos da seleção permanente não se percam e que tudo seja feito coerentemente. Da convocação inicial à convocação final. Das avaliações físicas básicas até o tratamento adequado de lesões a que os atletas no geral são expostos. Do fornecimento do básico até o pagamento justo e correto.
E que possamos continuar discutindo SOLUÇÕES e o FUTURO do futebol feminino brasileiro. Ao passado, seu devido lugar: A exposição Visibilidade para o Futebol Feminino do Museu do Futebol, além, claro, da passagem de experiência sobre o que foi feito de bom e de ruim e o que nos servirá de lição para não cometermos os mesmo erros.
No dia 29 de agosto, teremos a oportunidade de discutirmos a modalidade que queremos. Informações mais detalhadas em breve!
por Lu Castro 

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