terça-feira, 28 de julho de 2015

Zequinha… o volante da terra do frevo!


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Assim como Dudu e Ademir, a dupla Zequinha e Chinesinho reinaram na meia cancha alviverde no fim da década de cinquenta e o início da década de sessenta.
José Ferreira Franco, o popular Zequinha, nasceu em Recife (PE), no dia 18 de novembro de 1934. Além do sucesso nos clubes por onde passou, o jogador também viveu momentos marcantes vestindo a jaqueta canarinho.
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Na adolescência, Zequinha batia suas “peladas” jogando entre os boleiros veteranos. Aos dezenove anos seu talento foi reconhecido quando foi recomendado aos aspirantes do Auto Esporte.
Voltou para Recife ainda no ano de 1954 e seu destino o colocou de frente novamente com o ex-companheiro de peladas Valdomiro Silva, que na época exercia a função de treinador das divisões de base do Santa Cruz.
Crédito: arquivocoral.com.br
Crédito: arquivocoral.com.br
Crédito: revista Placar.
Crédito: revista Placar.
Zequinha foi aprovado nos testes e seguia treinando no Arruda até o dia que Oto Vieira, técnico do time principal do tricolor, pediu a Valdomiro que indicasse um jogador da equipe de aspirantes para treinar entre os profissionais.
O escolhido foi Zequinha, que entrou no segundo tempo para atuar na equipe reserva e foi muito bem.
Volante habilidoso, bom na dividida, embora sempre leal, aliava seu ótimo sentido de marcação e visão de jogo com uma pontaria quase certeira.
A partir da esquerda vemos o goleiro Valdir, Américo Murolo, Carabina e Zequinha com a revista A Gazeta Esportiva Ilustrada de 1959. Crédito: americomurolo.com.br.
A partir da esquerda vemos o goleiro Valdir, Américo Murolo, Carabina e Zequinha com a revista A Gazeta Esportiva Ilustrada de 1959. Crédito:americomurolo.com.br.
Crédito: museudosesportes.blogspot.com.
Crédito: museudosesportes.blogspot.com.
Seus chutes de longa distância eram uma verdadeira dor de cabeça para os goleiros e uma de suas principais características.
Antes mesmo de assinar o primeiro contrato, o volante, considerado a frente de seu tempo, já havia defendido a Seleção Pernambucana de aspirantes algumas vezes. A condição de ídolo não demoraria a chegar.
Seu primeiro título foi na conquista do campeonato pernambucano de 1957, quando o Santa Cruz estava há quase dez anos sem levantar o caneco estadual.
Crédito: reprodução revista do Esporte 132 – 1961. 
Crédito: reprodução revista do Esporte 132 – 1961.
Antes da decisão do campeonato pernambucano, Zequinha foi sondado pela C.B.D sobre uma possível convocação para os treinos da seleção nacional, visando a Copa do Mundo de 1958 na Suécia.
Embora se sentisse honrado com o convite, Zequinha encheu de orgulho o torcedor coral, ao anunciar no Diário de Pernambuco:
…”Francamente, só quero pensar nisso depois de terminar o atual campeonato pernambucano”…
Crédito: revista do Esporte 271 – Maio de 1964.
Crédito: revista do Esporte 271 – Maio de 1964.
Com o forte interesse do Palmeiras em 1958, Zequinha deixou a terra do frevo e desembarcou em São Paulo.
O volante baixinho (apenas 1,66 m de altura), logo caiu nas graças da torcida alviverde pelo seu grande poder de marcação e técnica refinada na armação das jogadas.
O primeiro título com a camisa do Palmeiras foi o expressivo campeonato paulista de 1959 contra o poderoso Santos. Em seguida, faturou também a Taça Brasil de 1960.
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Como reflexo de suas ótimas atuações, Zequinha começou a ter novamente seu nome cogitado para defender a Seleção Brasileira, que se preparava para o mundial do Chile em 1962.
Convocado para a disputa de sua primeira Copa do Mundo, Zequinha embarcou para os gramados chilenos como suplente de Zito. O volante palmeirense sabia que dificilmente teria oportunidade de jogar no lugar do titular Zito.
Voltou do Chile consagrado como bi-campeão mundial e seguiu servindo a camisa canarinho nos anos seguintes.
Zequinha e rinaldo. Crédito: revista do Esporte N 269 -Novembro de 1964
Zequinha e Rinaldo. Crédito: revista do Esporte N 269 -Novembro de 1964
Pela Seleção Brasileira Zequinha esteve em campo em 17 oportunidades, obtendo14 vitórias, 1 empate, duas derrotas e anotando dois gols. Os números são do livro “Seleção Brasileira – 90 anos”, de Roberto Assaf e Antonio Napoleão.
E sua coleção de títulos continuou: Campeão paulista de 1963 e 1966, do Torneio Rio–São Paulo de 1965 e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1967.
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Zequinha vestiu a camisa do Palmeiras por dez anos. Ao todo, foram 417 jogos (247 vitórias, 83 empates e 87 derrotas), marcando 40 gols. Os dados constam do “Almanaque do Palmeiras”, de Celso Unzelte e Mário Venditti.
Depois da chegada de Dudu, Zequinha permaneceu no Palmeiras até 1968, quando seu passe foi negociado junto ao Atlético Paranaense. Posteriormente, foi defender o Náutico em 1970, quando encerrou sua carreira.
Depois do futebol, o craque investiu seu capital em propriedades e também em uma casa lotérica. Zequinha faleceu em Olinda (PE), no dia 26 de julho de 2009, vítima de problemas cardíacos.
Zequinha assiste a difícil intervenção do goleiro Gylmar frente  ao "English Team", no Estádio de Wembley em 1963. Crédito: abril.com.br.
Zequinha assiste a difícil intervenção do goleiro Gylmar frente
ao “English Team”, no Estádio de Wembley em 1963. Crédito: abril.com.br.
Seleção Brasileira. Em pé: Lima, Zequinha, Roberto Dias, Rildo, Eduardo e Gylmar. Agachados: Dorval, Mengálvio, Coutinho, Amarildo e Pépe.
Seleção Brasileira. Em pé: Lima, Zequinha, Roberto Dias, Rildo, Eduardo e Gylmar. Agachados: Dorval, Mengálvio, Coutinho, Amarildo e Pépe.
Créditos de imagens e informações para a criação do texto: revista Placar, revista do Esporte, revista Esporte Ilustrado, jornal Diário da Noite,arquivocoral.com.bridolosdosanta.blogspot.com.bramericomurolo.com.br,abril.com.brparmerista.com.br, site do Milton Neves, palmeiras.com.br,jogadoresdopalmeiras.blogspot.com.br, Almanaque do Palmeiras – Celso Unzelte e Mário Venditti, Livro “Seleção Brasileira – 90 anos” – Roberto Assaf e Antonio Napoleão, museudosesportes.blogspot.com.

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