terça-feira, 18 de agosto de 2015

CPI do Futebol votará apresentação de contratos da CBF com patrocinadores



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A CPI do Futebol no Senado ouviu na manhã desta terça-feira, 18, os primeiros depoimentos a respeito do cenário da modalidade no país. A partir do que foi dito pelos jornalistas Juca Kfouri, José Cruz, ambos blogueiros do UOL Esporte, e Jamil Chade, repórter do jornal "O Estado de S.Paulo", os senadores elaboraram uma lista de requerimentos a serem votados na sessão desta quinta-feira, 20, às 10h. 
Os membros da CPI decidirão se vão pedir à CBF todos os contratos referentes aos amistosos da seleção brasileira realizados desde 2002. 
A comissão quer investigar os acordos celebrados entre a CBF e as empresas ISE, Kentaro, Uptrend e Plausus. Tais acordos foram revelados pelo jornal "O Estado de S.Paulo" em maio deste ano por Chade.
O senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator da CPI, quer ver os contratos e adendos celebrados entre a CBF e a ISE, além dos acordos entre as Plausus e as entidades envolvidas na realização dos amistosos. O senador também deseja saber quanto a CBF recebeu de remuneração das empresas, além de informação de bilheterias destas partidas.
"Estamos começando a levantar os dados para, a partir daí, começar a convocar mais pessoas e, se necessário for, a quebra de sigilos bancários. Os jornalistas contribuíram muito para isso com informações pontuadas e focadas nesses assutos", afirmou Jucá, ao final da sessão.

Patrocínio da GM

Romero Jucá agregou o pedido para que a CBF apresente o contrato de patrocínio com a General Motors. A empresa do ramo automobilístico firmou acordo com a confederação em agosto do ano passado, e a estimativa é de que valha aproximadamente R$ 16 milhões à CBF. 
O senador atendeu à sugestão de Kfouri, que comentou a respeito deste contrato em seu depoimento na manhã desta terça-feira, 18. "Peçam para ver os contratos da CBF com a GM e da GM com a Federação Paulista de Futebol. Marco Polo Del Nero assumiu a CBF e a mesma patrocinadora da federação que Del Nero presidia [FPF], tornou-se patrocinador da CBF. Em substituição à Volkswagen, que usava a marca do carro Gol, nada mais justo. Mas não é curiosa esta substituição?", indagou Kfouri em seu discurso.

Romário x Jucá

Ao final dos depoimentos, Romero Jucá agendou as votações para a quinta-feira, e suspendeu a sessão, o que, pelo regimento, mantém o quórum do dia para a reunião seguinte. Assim, mesmo que o plenário não estivesse cheio, os requerimentos poderiam ser votados pelos parlamentares que estivessem presentes na comissão. 
Romário (PSB-RJ), no entanto, invalidou a decisão do peemedebista e declarou a sessão encerrada. Com esta medida, é preciso que haja o quórum mínimo para que os requerimentos sejam aprovados. No caso da CPI do Futebol, são seis parlamentares.

uol


CPI do Futebol: foi dada a saída


Com a sessão dedicada a ouvir os jornalistas Jamil Chade, de “O Estado de S.Paulo”, José Cruz, deste UOL, e o blogueiro que vos escreve, começaram para valer os trabalhos da CPI do Futebol no Senado Federal, versão 2015, presidida pelo  senador Romário Faria e que será relatada por Romero Jucá.
Os jornalistas disseram aquilo que escrevem, mostraram que as ferramentas para quebrar sigilos são os senadores que têm, perceberam que os da bancada da bola fizeram questão de não dar as caras e, ao menos, desopilaram seus fígados.
A maior dificuldade foi a de chamar Romário de Sua Senhoria. 
“Com os depoimentos, fica evidente que o futebol brasileiro é organizado a partir de uma estrutura viciada que explora a seleção brasileira a partir de contratos milionários com empresas fantasmas”, declarou Romário. Ele sugeriu ao relator  Jucá (RR-PMDB) que todos os contratos de patrocínio, amistosos e fornecedores da CBF fossem analisados pela CPI. Os contratos serão solicitados por requerimento em uma reunião que acontece na próxima quinta-feira.
juca kfouri


Senador pede para CPI convocar presidente da Nike e procuradora americana


O senador Paulo Bauer (PSDB-SC) quer que a CPI do Futebol ouça a procuradora-geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch, responsável pela investigação feita pelos americanos sobre corrupção na Fifa, e o presidente da Nike do Brasil, Cristian Corsi.
Bauer também pede que seja ouvido Charles Blazer, ex-secretario-geral da Concaf, considerado um dos pivôs do escândalo no futebol mundial e que já admitiu à Justiça americana ter recebido propinas nas eleições das sedes das Copas de 2010 e 1998. Três senadores viajariam para os Estados Unidos a fim de ouvir Blazer, se a Justiça americana autorizar a ação.
Os requerimentos serão votados na próxima quinta-feira junto com outros pedidos. O próprio Bauer quer a convocação de Eurico Miranda, presidente do Vasco, e do empresário Kléber Leite, ex-presidente do Flamengo, além de Andrews Jennings, jornalista responsável por muitas denúncias de supostos casos de corrupção na Fifa. Romário (PSB-RJ) quer a convocação de Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira.
Ao justificar o pedido de convocação do presidente da Nike do Brasil, Bauer diz que os contratos da CBF com a fornecedora de material esportivo devem ser minuciosamente investigados por conta de suspeita de pagamento de propina a Ricardo Teixeira. O ex-presidente da CBF alega que nunca recebeu suborno. A empresa também nega irregularidades. A CPI da Nike, instalada em 2000, investigou os acordos entre as duas partes.
Perrone

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