terça-feira, 22 de setembro de 2015

Book rosa no futebol tem viagens e agrados no lugar de cachês

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A novela Verdades Secretas chega a sua última semana e termina consagrando o termo "book rosa". Tido muitas vezes como um boato, a prática, que lista de garotas escolhidas por agências de modelos para fazer programas com clientes após eventos, também tem sua passagem pelo futebol. A prática conta com viagens de luxo para as modelos e em algumas oportunidades o cachê delas são trocados por "agrados".
Em conversa com a reportagem do UOL Esporte, algumas modelos, que preferem não se identificar para não perder o "patrocínio" que ganham dos atletas, admitem ser adeptas da prática e com isso ganham viagens luxuosas e alguns presentinhos.
"Meu cachê varia entre R$ 5 mil e R$ 8 mil. O maior que ganhei foi em uma festinha de dois dias na ilha de Ibiza com jogadores brasileiros que estão na Europa. Era feito um rodízio de meninas a cada quatro horas. Eu ganhei um relógio de ouro e R$ 80 mil", disse a modelo que prefere se identificar como Luiza Gimenez.
Algumas até admitem que topam fazer um programa de graça com jogadores em troca de viagens e presentes. Mas esse não é o caso de Camila Ferrari, que assume fazer book rosa com boleiros e não tem medo de esconder seu nome.
"Então eu não sou do tipo que sai com um homem por ele ser jogador, empresário, o que for. Eu não preciso disto, pois status não paga minhas contas. Me considero uma empresária do sexo e eu tenho objetivos. Não me agrega nada desfilar com um homem por ele ter um carro de R$ 900 mil ou se ele é famoso e está em um camarote de uma festa", afirmou.
"Há pouco tempo, estive fora do país com um jogador brasileiro. Ele reservou uma suíte em um hotel maravilhoso para passar a noite comigo, foi somente uma noite e ele me pagou 3 mil euros (R$ 13,5 mil). Foi uma noite maravilhosa, tenho que admitir", completou Camila
Há um consenso entre todas as modelos procuradas. Elas nunca são procuradas diretamente pelos jogadores. Essa função geralmente fica para pessoas próximas, como explica Luiza.
"Sou cadastrada em uma agência de modelos, que pratica o book rosa. Eles me ligam para feiras e eventos. Assino contrato como se fosse para participar de um desfile ou uma feira. Mas na realidade é para sair em encontros com empresários e famosos no meio artístico. Recebo sempre metade antes da agência e na chegada do hotel ou local, a outra metade. A agência fica com 30% de meu faturamento. Seus assessores ou empresários procuram e fecham o valor. Às vezes, eu levo amigas, geralmente festinhas com mais de 6 modelos, com o valor sempre acordado pela agência", afirma Luiza, que lucra ainda mais ao fazer amizade com os atletas, cortando o intermediário da negociação.
Uma regra é sempre seguida por todas elas. Antes de todo e qualquer evento, o celular delas são confiscados para evitar fotos ou imagens que possam prejudicar a imagem dos jogadores. Camila ainda relata que seus clientes geralmente têm entre 19 e 27 anos e sempre possuem coleções de tênis, relógios e bonés.
E para quem tem dúvida do motivo que leva os jogadores a procurarem esse tipo de serviço e não sair com marias-chuteiras que estão sempre em seus pés, a modelo responde.
"As marias-chuteiras em nenhum momento vão passar discrição. O objetivo delas é aparecer nas custas deles. Meu objetivo é outro, é financeiro, atender da melhor forma possível com carinho e atenção, pois eles alugam o meu tempo e o meu silêncio. E para isso cobro muito bem", finaliza.
UOL

Modelos "book rosa" e patricinhas dividem mesmo espaço em caça aos boleiros


O figurino segue um padrão: quanto mais justo, curto e decotado, melhor. As meninas que costumam habitar os camarotes de jogadores em baladas pelo país parecem usar uniforme. Mas a aparente homogeneidade, na verdade, esconde histórias e ambições distintas. Enquanto umas veem nos jogadores um negócio - são garotas de programa atrás de clientes ricos -, outras buscam relacionamento sério: o objetivo é curtir, casar e ter um filho. Não necessariamente nesse ordem.  
Ser maria-chuteira virou um estado de espírito. E admitir isso deixou de ser um problema. Para chegar em um jogador de time grande, vale tudo, até táticas ingênuas como dar bola para o amigo menos atraente do atleta. Em casas noturnas, o mais comum é vê-las tentando convencer seguranças a liberarem a entrada na área VIP.
Um esforço que dificilmente surte efeito. São os próprios jogadores - ou seus amigos - quem escolhem e mandam buscar as moças para o camarote. Algumas casas noturnas facilitam essa dinâmica: possuem uma espécie de lista VIP que pré-seleciona quem tem "potencial" para ocupar os setores mais exclusivos. Não por acaso as mesmas garotas batem ponto em baladas distintas.
A prática é polêmica e rendeu recentemente uma investigação do Ministério Público de São Paulo. A Villa Mix, um dos principais redutos de boleiros na capital, entrou na mira da promotoria por supostamente privilegiar frequentadoras que se encaixam num determinado padrão de beleza.
"Tem muitas que se aproximavam de mim para chegar neles", reconhece uma ex-promoter de uma casa de São Paulo. Depois de viver um affair com um ex-craque da seleção, ela virou amiga de vários e, hoje, frequenta as festas promovidas por atletas - tanto nas baladas quanto as privês. Com uma mãozinha dela, muitas meninas acabam se envolvendo com boleiros. Não é comum dar em algo sério. Mas usam a exposição para se manterem ativas nesse círculo. 
A coexistência de garotas de programa e "patricinhas"  é regra e não costuma criar situações delicadas entre elas. As que buscam relacionamento não se importam em dividir espaço - e atenção - com as modelos que fazem o "book rosa".  Elas acreditam que podem "convertê-los".  
A química V*, de 25 anos, levou um caso com um jogador de um clube paulista por um ano na esperança que ele a pedisse em namoro. Não foi bem o que ocorreu. "Ele sumia, não dava notícias. Estava com outras. Depois reaparecia", relata a jovem, que se esconde no anonimato para "não se queimar". No fundo, ainda espera que ele mude de ideia. 
A discrição, aliás, é regra de ouro. E vale para os dois tipos de garotas. "Quem expõe propositalmente é limada do grupo", revela a comerciante D*, 31 anos. Dona de uma loja de roupas, ela frequenta baladas com jogadores há mais de cinco anos. Tanto tempo de relação não rendeu um namoro, mas garante, até hoje, convites para festas particulares em mansões em alguns condomínios de luxo da Barra da Tijuca, bairro na zona oeste do Rio.  
UOL

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