Não faz muito tempo, um clube de massa no país era gerido por um presidente, um vice sem muita atividade, dois ou três diretores não remunerados e uma comissão técnica a cada seis meses. A profissionalização no futebol, com cifras milionárias a partir de novas fontes de receita e instituições mais estrututradas, criou um novo organograma. De acordo com a equipe do banco Itaú BBA, que elaborou uma análise econômica dos times brasileiros, a ideia operacional é contar com um CEO (Chief Executive Officer) logo abaixo do presidente, coordenando todas as divisões (administrativa, negócios, futebol etc), com metas estipuladas para cada setor, com prazos de execução de 2 a 3 anos.
Visão da gestão de um clube, segundo o relatório
“É voz corrente no meio esportivo que há necessidade de se profissionalizar o futebol. Os clubes, com receitas cada vez mais robustas e recorrentes, necessitam de profissionais capacitados para gerir estes recursos de forma mais eficiente. Não é mais uma paixão. Futebol é negócio.”
“É voz corrente no meio esportivo que há necessidade de se profissionalizar o futebol. Os clubes, com receitas cada vez mais robustas e recorrentes, necessitam de profissionais capacitados para gerir estes recursos de forma mais eficiente. Não é mais uma paixão. Futebol é negócio.”
Agora, um panorama dos grandes clubes pernambucanos…
Sport (CEO, diretores de futebol e marketing e outros departamentos)
O Leão implantou um software de gestão que já funciona em 16 clubes do país, através da Totvs, com o controle de todas as receitas e despesas, além de uma articulação para melhorar o investimento, com mais transparência e ajuda na transição de gestões. Hoje, o Sport conta com um CEO, Leonardo Estevam, responsável pela renovação do sistema de sócios, que priorizou o associado nos jogos e ampliou o quadro em 22,6 mil membros. A meta, a curto prazo, é alcançar um faturamento anual acima de R$ 100 milhões – até hoje, o maior foi o de 2012, com R$ 79 milhões -, aliado a uma redução de custos de até 25%. Com isso, o clube espera ficar entre os oito primeiros do país.
O Leão implantou um software de gestão que já funciona em 16 clubes do país, através da Totvs, com o controle de todas as receitas e despesas, além de uma articulação para melhorar o investimento, com mais transparência e ajuda na transição de gestões. Hoje, o Sport conta com um CEO, Leonardo Estevam, responsável pela renovação do sistema de sócios, que priorizou o associado nos jogos e ampliou o quadro em 22,6 mil membros. A meta, a curto prazo, é alcançar um faturamento anual acima de R$ 100 milhões – até hoje, o maior foi o de 2012, com R$ 79 milhões -, aliado a uma redução de custos de até 25%. Com isso, o clube espera ficar entre os oito primeiros do país.
Números significativos em 2015: top ten nacional no quadro de sócios (37.822) e 5,4 milhões de reais líquidos em uma venda (Joelinton).
Santa Cruz (diretores de mercado e comunicação)
Uma consultoria foi contratada para fazer, em 2015, um estudo corporativo com metas e funções específicas no Arruda e o mapeamento de ações dos funcionários. Diretores profissionais (como o de mercado e comunicação) também chegaram para reinserir a marca do Santa no mercado nacional. O trabalho já projetou as finanças de 2016, positiva e negativamente (Séries A ou B, uma ou duas negociações de revelações etc), tudo previsto no plano estratégico de 2015 a 2017. Em relação ao CEO, somente em dezembro, na conclusão da consultoria, será analisada a necessidade. Uma segunda consultoria, a Pluri, vem traçando o perfil do povão como “público consumidor”.
Uma consultoria foi contratada para fazer, em 2015, um estudo corporativo com metas e funções específicas no Arruda e o mapeamento de ações dos funcionários. Diretores profissionais (como o de mercado e comunicação) também chegaram para reinserir a marca do Santa no mercado nacional. O trabalho já projetou as finanças de 2016, positiva e negativamente (Séries A ou B, uma ou duas negociações de revelações etc), tudo previsto no plano estratégico de 2015 a 2017. Em relação ao CEO, somente em dezembro, na conclusão da consultoria, será analisada a necessidade. Uma segunda consultoria, a Pluri, vem traçando o perfil do povão como “público consumidor”.
Números significativos em 2015: aumento do quadro social em 150% (hoje com 10.406 titulares) e o dobro de camisas vendidas em relação a 2014.
Náutico (gerentes)
Havia a expectativa de uma profissionalização na gestão 2014/2015, através de Glauber Vasconcelos (o presidente, acompanhado de dois vices executivos), mas a crise provocada pelo descenso anterior e os erros da nova direção (seguidas trocas na comunicação e elevado número de atletas contratados) inviabilizaram uma mudança clara. Também comprometeu o orçamento a falta de um patrocinador-master. O contraponto foi o acerto com a Umbro até junho de 2017. Já a direção é enxuta. Um diretor de relação com torcedores e mercado (RTM), por exemplo, poderia suavizar o atrito entre sócios e a Arena, que mantém o quadro estagnado – a meta de 15 mil está em apenas 21%.
Havia a expectativa de uma profissionalização na gestão 2014/2015, através de Glauber Vasconcelos (o presidente, acompanhado de dois vices executivos), mas a crise provocada pelo descenso anterior e os erros da nova direção (seguidas trocas na comunicação e elevado número de atletas contratados) inviabilizaram uma mudança clara. Também comprometeu o orçamento a falta de um patrocinador-master. O contraponto foi o acerto com a Umbro até junho de 2017. Já a direção é enxuta. Um diretor de relação com torcedores e mercado (RTM), por exemplo, poderia suavizar o atrito entre sócios e a Arena, que mantém o quadro estagnado – a meta de 15 mil está em apenas 21%.
Número significativo em 2015: folha de pagamento no futebol de R$ 444 mil (1/3 do gasto na primeira divisão)
Cassio Zirpoli
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