quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Sport viaja 3,6 vezes mais que Trio de Ferro e dá quase duas voltas ao mundo no Brasileirão



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Sport chega à oitava partida sem vencer, mas Baptista gosta do que vê

Para treinador, vitória sobre Coritiba, no Couto Pereira, esta quarta, não veio por um detalhe; curioso é que equipes erraram muito e fizeram uma péssima apresentação


O Sport segue sem vencer na Série A do Campeonato Brasileiro - são oito jogos sem triunfos -, mas o técnico Eduardo Baptista segue confiante numa volta por cima. Enxergando uma luz no fim do túnel, o treinador elogiou a atuação da equipe, na noite desta quarta-feira, no empate em 0 a 0 com o Coritiba, no Estádio Couto Pereira, pela Série A. Longe de repetir as boas atuações do começo do campeonato, o Leão chegou perto do gol do goleiro Wilson, mas só o obrigou a fazer uma defesa difícil na partida. As outras finalizações foram para fora.

Apesar do empate, Eduardo Baptista gostou da postura da equipe. Segundo ele, os jogadores desempenharam o pedido e a vitória não veio por um detalhe.
- A gente vinha pressionado, mas a postura foi importante. O time foi organizado e criamos quatro chances reais de gol, mas não convertemos. Fomos melhores no segundo tempo, mas não foi suficiente. Foi importante a postura e a pegada. Conseguimos marcar bem adiantado. Foi uma boa partida. Faltou só rodar um pouco mais a bola de um lado para o outro. 

Eduardo evitou classificar o empate como um resultado injusto, mas deixou claro que, na opinião dele, se tivesse vencedor, seria o Sport.

- Sempre tomei muita pressão jogando aqui e conseguimos colocar o Coritiba no campo deles. Isso é raro. 

Um dos pontos que preocuparam Eduardo Baptista durante o jogo foi o desgaste dos atletas. Por ter atuado boa parte do confronto contra o Flamengo, no último domingo, com um a menos, vários jogadores entraram com problemas físicos. O atacante Maikon Leite, por exemplo, começou no banco de reservas.

- O desgaste está muito grande. Se tivesse mais uma alteração, faria. Os jogadores sentiram o peso. Viemos de um jogo desgastante contra o Flamengo, com 70% do tempo com um a menos. Acabei tendo que mexer para suprir isso e manter a pegada do time.

globo.com

Sport viaja 3,6 vezes mais que Trio de Ferro e dá quase duas voltas ao mundo no Brasileirão

O maior deslocamento numa só viagem (ida e volta) é de Recife (PE) a Porto Alegre (RS) representados por 5.964 km em linha reta


Único clube do Nordeste na elite do Campeonato Brasileiro, o Sport tem um adversário extra para enfrentar além dos 19 adversários da divisão: as longas viagens. O Leão da Ilha percorrerá 70.343 quilômetros para os 19 jogos como visitante. Tal marca é equivalente a quase duas voltas em torno da Terra.

De acordo com estudo realizado pelo fisiologista do futebol Clodoaldo Dechichi, o Sport é disparado clube que mais passará tempo em voos. O segundo clube que mais viajará é o Goiás, que percorrerá praticamente a metade dos pernambucanos: 37.800 quilômetros.

Sport viajará 3,6 vezes mais que Corinthians, Palmeiras e São Paulo
Os clubes que percorrem as menores distâncias de viagens estão no Estado de São Paulo (Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos e Ponte Preta). Os valores crescem à medida que as cidades participantes se afastam geograficamente das cidades paulistas. Assim, os clubes das cidades como Recife, Goiânia e Porto Alegre percorrem distâncias muito acima das distâncias percorridas pelos clubes de São Paulo.
Como a maioria das cidades dos clubes que participa das disputas do Brasileirão 2015 está na região sul-sudeste (18 clubes; 90% do total), o Sport por ser o clube mais distante geograficamente, tem maior desgaste das viagens seguido do Goiás, Grêmio e Internacional.
A maior distância será percorrida entre Recife e Porto Alegre
A maior distância será percorrida entre Recife e Porto Alegre
“Para tentar minimizar os desgastes de locomoção dos clubes, seria importante aplicar a distribuição dos jogos ‘fora de casa’ em forma sequencial (2 ou 3 partidas em cidades próximas visitadas) por cada jornada de viagem demasiadamente distante, uma espécie de “mini-turnê” dos clubes visitantes”, destacou Dechichi.

Apesar de todo este desgaste com viagens, o time pernambucano tem se saído bem no Brasileirão.

MAIS NÚMEROS

Ao todo, o Brasileirão tem 760 jogos distribuídos em 38 rodadas (19 jogos por turno). Cada clube realiza 19 partidas como visitante. São verdadeiras maratonas de viagens em 380 partidas fora de casa.
O maior deslocamento numa só viagem (ida e volta) é de Recife (PE) a Porto Alegre (RS) representados por 5.964 km em linha reta. A menor distância está no deslocamento de São Paulo a Santos (74 km por rodovia), seguida de São Paulo a Campinas (90 km por rodovia; 85 km em linha reta).
Quanto mais distantes de São Paulo mais os clubes terão de percorrer
Quanto mais distantes de São Paulo mais os clubes terão de percorrer
Clubes que se posicionam geograficamente mais distantes do Estado de São Paulo, estado que tem o maior número de representantes na competição, se deslocam mais, o que tornam as viagens mais cansativas para estes. 

“Do ponto de vista da fisiologia e da preparação física as contínuas e longas viagens fazem com que os profissionais destas áreas dos clubes alterem rotineiramente toda a programação de treinos dos microciclos, visto que a resposta de cada jogador é diferenciada e individual, que deve sempre ser monitorada”, explicou. “Trabalhos de recuperação muscular devido às sobrecargas do jogo anterior, bem como o tratamento de microlesões, contraturas, enrijecimento, desconforto e fadiga muscular dos jogadores ficam consideravelmente prejudicados”, completou.

futebol interior



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