quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Apesar do empate, Dal Pozzo elogia equipe e lamenta má pontaria e ansiedade do Náutico

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Técnico lembrou que reclamação já existia com seu antecessor no cargo de técnico


Dal Pozzo não estreou com o pé direito em casa. Por pouco não saiu derrotado pelo Atlético-GO e reconheceu que o esquema ainda não estava pronto. Por outro lado, o técnico não achou sua primeira partida em casa tão ruim. Até gostou da movimentação da equipe, mas acredita que a ansiedade o atrapalhou.
“No início da partida a gente demonstrou uma intensidade e uma agressividade sem a bola. Só ansiedade de acelerar a jogada acabou atrapalhando. Quando você joga com três atacantes e não tem um meia de organização a bola vai e volta. Encontramos essa dificuldade. Na minha avaliação, tivemos uma imposição boa e depois os 15 minutos finais do primeiro tempo equilibrou mais o jogo e demos o contra-ataque. Era tudo o que o Atlético queria”, analisou o técnico.

Na segunda etapa ele reconheceu que precisava mudar. Sabia que a formação não estava dando certo. Colocou Guilherme Biteco, mas a decisão teve um efeito colateral. “No segundo tempo voltei com a mesma formação e voltou equilibrado, mas coloquei o Biteco e ajudou. Por outro lado, ficamos mais expostos. O planejamento para ele (Biteco) era jogar 30, 35 minutos. Por isso coloquei ele no segundo tempo. Tomamos o gol começamos a criar. Conseguimos o empate e faltou pouco para a vitória”, afirmou o treinador.

Além de lamentar ter dado o contra-ataque para o adversário, Dal Pozzo reconheceu que a finalização da equipe, algo que Lisca já reclamava antes de sair, foi algo que atrapalhou demais o time. “Tivemos problemas no primeiro jogo contra o América-MG. Só conseguiremos melhorar isso com trabalho e concentração. É uma sequela que já vinha. Se o próprio Lisca falava, é porque existe. Estamos em busca desse equilíbrio.”

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NÁUTICO

Finalizando mal, taticamente confuso e apático em campo, Náutico fica no empate na Arena PE

Mesmo diante de apenas 2.066 alvirrubros, o time foi muito vaiado ao fim do jogo


Para quem há 19 rodadas brigava pela vice-liderança, empatar com o Atlético -GO em casa, por 1 a 1, parecia ser algo impensável. Nenhum torcedor alvirrubro deveria imaginar que após tantos jogos veria seu time fora do G4, com campanha de rebaixamento no segundo turno e sem vencer há cinco jogos. O Náutico chegou à sua pior fase na Série B e é difícil enxergar quando essa situação irá mudar. O próximo duelo, contra o Paysandu, contribui para enxergar isso, principalmente após a equipe sofrer para sair com apenas um ponto da Arena Pernambuco.

A partida começou a mil. O Náutico precisava da vitória com urgência e logo no primeiro minuto o atacante Douglas entrou na área e, antes de finalizar, foi derrubado. O árbitro Antônio Rogério Batista do Padro mandou o atleta levantar e seguiu o jogo. Cinco minutos depois, o atacante teve nova chance e poderia ter encobrido o goleiro Márcio. Errou novamente e ouviu algumas vaias. 
No seguimento do lance, Marino cabeceou fraco nas mãos de Márcio. 

A pressão alvirrubra continuou, mas chance real só ocorreu aos 13 minutos, quando Daniel Morais não completou cruzamento de Marino. O Atlético-GO era inofensivo até então. Se limitava a se defender e seu primeiro ataque de perigo ocorreu graças a um erro de Fillipe Soutto. Aos 14 minutos, Pedro Bambu poderia ter aberto o placar, mas errou a finalização.

O jogo esfriou e quase fez os poucos torcedores presentes na Arena Pernambuco dormirem. Outro lance de perigo só ocorreu aos 22 minutos da etapa inicial e Douglas perdeu mais uma chance incrível e Márcia ainda pareceu tocar na bola. Um dos motivos que levaram o Timbu a não render bem foi o esquema tático. Em alguns momentos os jogadores pareciam perdidos no esquema com três atacantes e três homens no meio de campo. Foi possível ver o lateral direito Lucas Farias aparecer na ponta esquerda e Fillipe Soutto na lateral direita em momentos distintos.

Apesar da tática confusa, Daniel Morais teve uma nova chance. Dentro da pequena área, aos 36 minutos, o atacante cabeceou a bola tirando do alcance de Márcio, mas para fora. O castigo por perdeu um chance tão clara poderia ter vindo aos 43 minutos, quando Juninho entrou livre dentro da área e chutou em cima de Júlio César. O apito que indicava o fim do primeiro tempo veio acompanhado de uma sonora vaia das arquibancadas.

Segundo tempo
O Náutico voltou menos motivado do que deveria. Voltou sem mudanças e permitindo ataques do Atlético-GO. Até os 13 minutos a partida seguiu o ritmo da reta final da primeira etapa. Dal Pozzo sabia que precisava de algo mais e decidiu promover a estreia de Guilherme Biteco. No seu primeiro lance, o meia deixou Bruno Alves em ccondições de abrir o placar. Só faltou acertar a pontaria. 

A entrada do meia empolgou a torcida e parecia que o Timbu cresceria no jogo, mas a partir do gol perdido, a partida se tornou uma agonia para o Náutico. No primeiro ataque do Atlético-GO, aos 18 minutos, após Bruno Alves perder o gol, Juninho abriu o placar para os visitantes em um lance que sua posição era duvidosa. Dal Pozzo respondeu imediatamente e acionou Stéfano Yuri na vaga de Daniel Morais. 

O nervosismo tomou conta do Alvirrubro e a cada passe errado, cruzamento rebatido e chance perdida, as reclamações iam aumentando na Arena Pernambuco. Rafael Pereira perdeu um gol feito e não se ouvia mais nada além de reclamações. A salvação veio aos 28 minutos, quando Biteco encontrou Gaston na lateral e o passe foi preciso para Bruno Alves empatar o jogo. Apesar de conseguir a igualdade, o Náutico não evoluiu mais do que isso na partida. Por sorte não sofreu o gol de empate, já que a trave de Júlio César foi ser carimbada após a bola desviar na defesa e os visitantes também perderam várias chances de vencer o jogo.

O empate deixa o Timbu na sua pior sequência na Série B e já são cinco jogos sem vencer. Agora, a equipe se prepara para visitar o Paysandu, em Belém.

Ficha do Jogo

Náutico 1
Júlio César; Lucas Farias, Rafael Pereira, Ronaldo Alves e Gaston; Fillipe Soutto (Guilherme Biteco, aos 13’ do 2ºT), Jackson Caucaia e Marino; Douglas (Douglas, aos 39’ do 2ºT), Bruno Alves e Daniel Morais (Stéfanio Yuri, aos 19’ do 2º). Técnico: Gilmar Dal Pozzo. 

Atlético-GO 1
Márcio; Éder Sciola, Rafael, Samuel e Eron; Feijão (Anderson Leite, aos 31’ do 2ºT), Pedro Bambu, Washington(Geraldo, aos 26’ do 2ºT) e Willie; Juninho Marcus Vinícius, aos 40’ do 2ºT) e Arthur. Técnico: Gilberto Pereira.

Estádio: Arena Pernambuco, em São Lourenço. Horário: 20h30. Árbitro: Antônio Rogério Batista do Padro (SP).Assistentes: Marco Antônio de Andrade Motta Junior (SP) e Armando Lopes de Sousa (CE). Gols: Bruno Alves, aos 29' do 2ºT (NAU), Juninho, aos 20' do 2ºT (ATG). Cartões amarelos: Rafael e Eron (ATG); Rafael Pereira (NAU). Público: 2.066. Renda: R$25.905

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