Não foi contra o Barcelona, mas o Inter venceu a sua 'final de mundial'. Neste sábado (01), embalado por quase 35 mil torcedores, o Colorado bateu o Figueirense por 1 a 0 e acabou com uma série de seis derrotas seguidas entre Brasileiro e Copa do Brasil. A referência à decisão do maior campeonato conquistado pelo Colorado partiu exatamente do clube, que luta para evitar o rebaixamento. Com o placar, seguiu em 18º, mas pode deixar a zona de rebaixamento em outro confronto direto, na próxima rodada.
E o Colorado jogou, no primeiro tempo, como há tempo não se via. Controlou as ações da partida, empilhou chances, mas perdeu a maioria delas. Com boas atuações de Vitinho e Alex, porém, conseguiu superioridade no placar e somou três pontos.
Desta forma chegou aos 30 na classificação. Não passou o próprio Figueirense, que abre a zona de rebaixamento com 31, mas ao menos não perdeu contato com a linha fora da região de queda. Na próxima rodada, um confronto direto contra o Coritiba no Beira-Rio pode simbolizar a fuga da zona desesperada.
No segundo tempo, o crescimento do Figueirense carregou cada minuto com dose alta de tensão. Ao fim, a vitória gaúcha serviu de alívio e esperança para evitar o quer seria o primeiro rebaixamento da história do Inter.
Quem foi bem: Alex mostra experiência e sai exausto
Alex comandou as ações do Inter. O experiente meia de 34 anos controlou movimentos ofensivos e soube segurar a bola em momentos tensos da partida. Saiu exausto aos 32 de segundo tempo.
Quem foi mal: Gustavo Ferrareis ajuda pouco
Foi Gustavo Ferrareis quem menos ajudou o setor ofensivo vermelho. O meia-atacante não conseguiu vitória pessoal pelo lado e esteve abaixo dos demais.
Vitinho volta com gol e 'elétrico'
Quem cobrava de Vitinho ser um jogador mais atento e empenhado, viu tudo isso em campo neste sábado. Após lesão, o atacante fez seu primeiro jogo como titular, marcou logo aos 4 minutos de jogo e por pouco não deu assistência para William. O lateral perdeu chance clara. Seja para marcar os volantes adversários, para cumprir função tática ou para fazer jogadas de efeito, o camisa 11 compareceu sempre. Fazia 10 jogos que ele começava uma partida, e mesmo assim segue como goleador do Inter no Brasileiro.
Inter consegue controlar o jogo e perde chances
Há tempo o Internacional não conseguia ser superior a seu adversário da forma que foi contra o Figueirense no primeiro tempo. Criou e marcou logo aos 4 minutos com Vitinho. E poderia ter feito mais. Aos 33, por exemplo, William perdeu chance evidente de gol. Gatito defendeu. O goleiro do Figueirense evitou, de novo, aos 36 com Seijas de dentro da área. O Colorado conseguiu trocar passes, teve em Alex o centro de suas movimentações e poderia deixar o campo vencendo por três de diferença. Mas no segundo tempo o quadro foi totalmente outro. O Figueirense atacou, o Inter recuou e a tensão tomou conta.
Rafael Moura incomoda, e muito, a defesa do Inter
A atuação do Figueirense se resume a dois nomes: Rafael Moura. O centroavante era alvo de todas as criações do time de Santa Catarina. Seja em bolas levantadas para aproveitar a força do camisa 9, ou mesmo pelo chão com a conhecida capacidade de fazer o pivô, era ele o procurado pelo alvinegro. E não foi em vão. Moura incomodou muito a defesa do Internacional, que sofreu para tirar a bola do controle do robusto He-Man. Com o crescimento do time no segundo tempo, foram dele as principais chances de dar aos catarinenses o gol.
Roth é vaiado e ouve pedidos por Valdívia
Celso Roth foi vaiado já antes do jogo. Quando o nome do treinador foi anunciado pelo sistema de som do Beira-Rio, já ocorreram reclamações. Pressionado pela fase do time, o treinador ainda ouviu pedidos por Valdívia vindos das cadeiras da casa vermelha no segundo tempo e resistiu a colocar o meia-atacante, que entrou depois dos 30 do segundo tempo.
Marquinhos Santos adianta o Figueirense e ganha segundo tempo
Se o Figueirense foi batido na etapa inicial, renasceu na final. Com marcação adiantada, o alvinegro de Florianópolis passou a rondar o gol vermelho. Reflexo da proposta ofensiva proposta pelo comando técnico, além da entrada de Joseílson, melhor na saída de bola que Renato Augusto.
Resgatado pela torcida: Beira-Rio tem clima de final
Se o time do Inter não tem mostrado o futebol de outros tempos e disputa fugir da segunda divisão em vez do título, o Beira-Rio lembrou momentos em que o Colorado vivia situação bem melhor. Com apoio gigantesco da torcida desde antes do jogo, aguardando a delegação, gritando, cantando, o clima foi de decisão por algo maior que tentar escapar do rebaixamento. Tanto que o clube distribuiu faixas com o dizer "Lutar pela primeira" aos que foram ao estádio vermelho.
Agenda
Na próxima rodada, o Inter tem novo duelo na briga para escapar da zona de rebaixamento. O Coritiba será adversário, quinta-feira, no Beira-Rio. Já o Figueirense tem batalha semelhante, contra o Botafogo, no domingo, em casa.
FICHA TÉCNICA
INTERNACIONAL 1 X 0 FIGUEIRENSE
Data: 01/10/2016 (sábado)
Local: estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS)
Árbitro: Luiz César de Oliveira Magalhães
Auxiliares: Antônio Lopes de Souza e Marcione Mardônio Ribeiro
Renda: R$ 430.145,00
Público: 34.036 (torcedores)
Cartões amarelos: Paulão (INT),Alex (INT); Rafael Moura (FIG), Pará (FIG);
Gols: Vitinho, do Inter, aos 4 minutos do primeiro tempo;
INTERNACIONAL
Danilo Fernandes; William, Paulão, Ernando e Ceará; Rodrigo Dourado, Fernando Bob, Gustavo Ferrareis (Eduardo Sasha), Alex (Valdívia) e Seijas; Vitinho (Aylon).
Técnico: Celso Roth
FIGUEIRENSE
Gatito Fernandes; Ayrton, Bruno Alves, Werley e Pará; Jefferson (Ermel), Renato Augusto (Joseílson), Elvis (Everton Santos) e Dodô; Lins e Rafael Moura.
Técnico: Marquinhos Santos
uol
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