terça-feira, 4 de outubro de 2016

Nepomuceno abre o jogo sobre estádio, dívidas, fornecedor e Argentina no CT

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O presidente do Atlético-MG, Daniel Nepomuceno, concedeu uma entrevista à Rádio Itatiaia nesta noite de terça-feira. Em pauta, o homem da cadeira principal do clube abordou vários assuntos relacionados à agremiação, dentro e fora de campo.
Um dos temas tratados na entrevista foi a atual relação do Atlético com a Dryworld, atual fornecedora esportiva que enfrenta dificuldades no Brasil e deve parcelas atrasadas. Ainda envolvendo as finanças, o presidente comentou sobre as dívidas do Atlético e revelou a cobrança de R$16 milhões do ex-lateral do clube Cicinho.
Mesclando jogos no Independência e Mineirão, a construção do estádio próprio também foi abordado pelo presidente. Além disso, Nepomuceno também aproveitou para confirmar o retorno da Argentina à Cidade do Galo, local onde os hermanos ficarão  concentrados antes da partida contra o Brasil, pelas Eliminatórias, em novembro, assim como fez durante a Copa do Mundo de 2014.
Confira os principais pontos tratados na entrevista:
Situação com a Dryworld
- Existe ainda um contrato vigente. Nós não estamos satisfeitos, principalmente com a entrega dos materiais nas lojas. Teve um problema na administração interna da Dryworld. Hoje, os canadenses não mandam mais nada na Dryworld. Quem manda é o presidente da Rocamp, que conseguiu uma liminar na Justiça. Então, é ele quem administra a empresa. E o nosso contrato foi feito com os canadenses. Como há uma liminar na Justiça, a gente não tem mais o diálogo com o novo presidente, até porque juridicamente não podemos.
Patrocínio atrasado
- Não foram pagas. Vamos ter que discutir isso na Justiça dentro do possível no contrato. É um contrato de cinco anos, não é simples essa rescisão, mas o importante é que não terá prejuízo aos atletas, já conversei com eles (sobre a parte do salário que teria que ser bancada pela Dryworld). Futebol acontece isso, você faz um planejamento em longo prazo e, por terceiros que não sabem administrar, acaba prejudicado. Quando acabar o contrato, vamos avaliar quem será a próxima fornecedora ou mesmo se dentro do prazo, já que a Dryworld tem um prazo, recupere o prejuízo.
Dívidas com clubes e ex-jogadores
- Nós temos praticamente 90% de todas as ações próximas de acordadas. Não cabe a mim ficar no microfone apontando todos os clubes que nos devem. E não são poucos. Clube de futebol tem isso, mas talvez o mais grave do Atlético em 30 anos era uma dívida fiscal que foi equacionada. As ações que mexem no caixa estão sendo renegociadas, um outro dia chegou uma ação de R$ 16 milhões do Cicinho (ex-lateral-direito contra o Atlético). Têm ações que estão, cinco, dez, 15 anos ali e atrapalha o fluxo de caixa.
Sonho do estádio próprio
- É um sonho e isso continua sendo trabalhado. Vou perseguir isso enquanto for presidente do Atlético. Acredito que time grande tem que ter estádio, não gosto de depender de ninguém para definir jogos, horários, preços de ingressos e onde a torcida vai ficar. Quem é dono do espetáculo somos nós e temos que ter uma casa. Basta ver os números de Corinthians e Palmeiras, que recentemente tiveram a administração de um estádio próprio. Dá para ver o tanto que isso ganha campeonato. Tivemos essa experiência com o Independência e sabemos qual é a relação diferente que a torcida tem para com um estádio próprio.
O Atlético não recebeu doação (do terreno no Bairro Califórnia, na zona Oeste de Belo Horizonte). Temos um acordo com a MRV de que caso todo o investimento seja concluído para a construção, aí sim terá a doação. Já conseguimos quatro bons parceiros para a construção do estádio. Mas deixo uma coisa bem clara, não será tirado um centavo do que é investido no futebol do Atlético para fazer. Não abro mão de ter a gestão e de 90% das cadeiras serem do Atlético.
Argentina na Cidade do Galo
- Vai ficar o Messi. Eles pediram, entraram em contato com o nosso departamento pedindo. Relacionamento conta muito. Ter a seleção da Argentina (na Cidade do Galo), o Pratto titular.. Claro que queremos.
Alto número de lesões no elenco
- Vamos ser campeão com recorde de contusões. Já trabalhei isso na minha cabeça, não posso ficar todo dia pedindo reunião, chamando atenção ou discutindo porque vai ter que ser assim. Em um ano que estamos com elenco maior, é o ano que também vem as contusões. A equipe é a mesma, é boa, confio. Então, não pode querer crucificar, querer uma mudança radical porque são bons profissionais que estão no Atlético há muitos anos. São competições pesadas, maior número de jogos, a idade média do grupo subiu esse ano, o número de quilômetros dentro de campo aumentou, é uma série de fatores.
UOL

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