Para lembrar um pouco da trajetória de Levir Culpi, preferi abordar, quase que em sua totalidade, sua trajetória como jogador, mencionando apenas alguns registros sobre sua extensa atuação como treinador.
Neto de italianos, Levir Culpi nasceu em Curitiba (PR), no dia 28 de fevereiro de 1953. Iniciou sua carreira nas categorias de base do Coritiba no final dos anos sessenta.
Levir e seu inseparável amigo Dirceu Guimarães, ambos residentes em bairros da zona norte de Curitiba, seguiam juntos de bicicleta para treinar no Coritiba.
Integrante do elenco campeão da Fita Azul de 1972, Levir ganhou espaço e o posto de capitão do selecionado canarinho que venceu o Torneio de Cannes, também em 1972, após convincente vitória sobre os argentinos por 2×1 no encontro final.
Depois do sucesso no Torneio de Cannes, Levir assinou seu primeiro compromisso como jogador profissional e permaneceu na suplência da dupla de “durões” Oberdan e Pescuma.
Campeão estadual de 1973, também fez parte do grupo que brilhou e conquistou o Torneio do Povo. Em seguida, Levir passou seis meses emprestado ao Botafogo de Futebol e Regatas.
Ao contrário do companheiro Dirceu Guimarães, Levir foi pouco aproveitado no time da “Estrela Solitária. Mesmo assim, seu passe interessava aos dirigentes do clube carioca, que prontamente desistiram diante do preço de 500 mil cruzeiros estipulados pelos cartolas do “Coxa”.
Então, Levir voltou ao Coritiba e continuou sentado no banco de reservas até que em 1974 apareceu uma oportunidade no Santa Cruz.
Contratado de forma definitiva em 1975 pela quantia de 200 mil cruzeiros, Levir precisou trabalhar muito para superar uma desvalorização considerável de seu passe, causada pela indefinição de seu aproveitamento enquanto esteve no clube paranaense.
No Arruda, Levir se deu bem e conseguiu mostrar seu futebol na ótima campanha do time que surpreendeu no campeonato brasileiro de 1975, esbarrando apenas no encontro semifinal com o forte quadro do Cruzeiro.
Ao lado do goleiro Gilberto, do incansável Givanildo, do lateral Pedrinho, do goleador Nunes e do experiente ponteiro esquerdo Pio, Levir seguiu adiante e foi campeão pernambucano de 1976.
Ainda na capital pernambucana iniciou seus estudos em educação física e no mesmo período sofreu uma grave contusão que o afastou dos gramados por seis meses.
Com o prosseguimento de sua carreira prejudicado pela contusão, tudo só voltou ao normal no final da década de setenta, quando acertou suas bases contratuais com o extinto Colorado Esporte Clube, que montava seu time para disputar o campeonato brasileiro.
Também como jogador passou pelo Vila Nova (GO), pelo Atlante do México, Figueirense e Juventude, onde ganhou muito respeito e iniciou seus primeiros trabalhos na função de treinador, ganhando reconhecimento rapidamente.
Levir, que também trabalhou no Marcílio Dias, ganhou status de treinador de ponta e dirigiu grandes equipes do futebol brasileiro, sempre conquistando títulos importantes.
Levir treinou o Cruzeiro, São Paulo, Palmeiras, Portuguesa de Desportos, Guarani, Internacional de Limeira, São Caetano, Botafogo, Fluminense, Atlético Mineiro, Sport, Criciúma, Internacional, Paraná Clube, Coritiba e o Atlético Paranaense, além de significativas passagens pela Arábia Saudita e pelo futebol japonês.
Um de seus piores momentos na carreira de técnico aconteceu quando comandou o Palmeiras no ano de 2002.
Naquele ano, o alviverde acabou sendo rebaixado para a Série B do campeonato brasileiro. Na temporada seguinte, dirigiu o Botafogo e conseguiu o regresso do “Glorioso” ao grupo de elite do futebol brasileiro.
Créditos de imagens e informações para a criação do texto: revista Placar (por Roberto José da Silva e Lenivaldo Aragão), revista Manchete Esportiva, revista Grandes Clubes Brasileiros, gazetadopovo.com.br,museudosesportes.blogspot.com.br, jeovahalmeida.blogspot.com.br,campeoesdofutebol.com.br, site do Milton Neves (por Rogério Micheletti),coritiba.com.br, futebolgaucho.tumblr.com, levirculpi.com.br,jogosdaselecaobrasileira.wordpress.com,albumefigurinhas.no.comunidades.net.
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