quinta-feira, 18 de agosto de 2016

OPINIÃO COSME RÍMOLI

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O ‘monstro’ Neymar segue sua greve de silêncio. Vingança por ter sido criticado no início da Olimpíada. Acabou vaiado pelos jornalistas estrangeiros. Este é o capitão da Seleção Brasileira…


177 O monstro Neymar segue sua greve de silêncio. Vingança por ter sido criticado no início da Olimpíada. Acabou vaiado pelos jornalistas estrangeiros. Este é o capitão da Seleção Brasileira...
Rio de Janeiro...Maracanã...

Com um fone apenas no ouvido, ele passa sorrindo, se divertindo. Vê mais de 150 jornalistas se espremendo, aguardando uma palavra dele. Por 50 minutos após a goleada diante de Honduras haver terminado.
Ele vai embora encarando a todos. Piscando para os repórteres conhecidos. Mas não diz uma palavra.
E sorri.
Neymar segue sua greve de silêncio particular. Não importa que esteja a ponto de se tornar o brasileiro mais vencedor da Olimpíada. Ter a chance de acumular uma medalha de ouro àquela de prata que conseguiu em Londres. Não há ninguém neste grupo de jogadores que esteve na Inglaterra. Só ele.
Também não está interessado em comemorar a reviravolta da Seleção Olímpica. Time que foi vaiado em Brasília, depois de jogar muito mal contra África do Sul e Iraque. As vaias viraram aplausos, palmas.
Muito menos comemorar a goleada por 6 a 0 diante de Honduras. Com direito a fazer o gol mais rápido da história da Seleção Brasileira. E ainda marcar outro de pênalti. Seu terceiro gol na Olimpíada.
Mas seu interesse é outro. Mostrar que o ídolo é ele. Fala quando quiser. Se quiser. Aliás, ninguém o obriga a nada. Seja em que área for.
A pauta de absolutamente todos os jornalistas na zona mista do Maracanã era ouvir Neymar. E ele sabia disso. Só que não se importava. Nem se seus fãs não saberão o que pensa. Sua felicidade pela festa no retorno ao Maracanã. Sua ansiedade em lutar pelo ouro no sábado. Nada disso.
Porque ninguém manda em Neymar. Não no Brasil. Aqui, ele faz o que bem entende. O técnico Rogério Micale no máximo o elogia em todas as coletivas. Hoje não seria diferente.
"Ele é um monstro. Neymar é um cara que tem um dom de jogar futebol que encanta. Ele tem talento, e desenvolveu ainda mais. O Neymar é um cara desse que excede algumas situações que vamos continuar procurar entender. Confesso que é complexo. Ele é um cara que está feliz, que foi abraçado. Neymar é muito cobrado. Há uma semana atrás, estava vivendo um momento difícil, de muita cobrança. Temos que respeitar."
Micale é o técnico. Mas não tem a menor intenção de perturbar, irritar seu capitão, principal jogador, camisa 10, senhor de todos os pênaltis, faltas e escanteios. Não o quer irritado.
Nunca na Seleção Brasileira um jogador resolveu fazer greve de silêncio com a imprensa. Ninguém teve essa atitude. Ronaldo, Romário e Rivaldo chegaram a discutir com jornalistas. Leão chegou a convencer seus companheiros a não falar com a imprensa. Mas o time todo.
A assessoria de imprensa da CBF deixa o jogador à vontade para fazer o que quiser. Só ele tem esse privilégio de não dar entrevista.
Continua sua represália por ter sido criticado nas primeiras partidas do Brasil. Doeram principalmente as críticas de Galvão Bueno.
"As milhões de pessoas que estão em casa tem o direito sim de ouvir o seu ídolo, aquele que joga com a camisa da seleção. É uma falta de respeito. É feio, não é profissional e não é ético. Uma vergonha.
"Não há comparação entre Marta com o Neymar. Ela tem cinco bolas de ouro, tem todos os títulos. O Neymar pode até vir a ser mais importante que ela, mas hoje é nada."
E no mesmo Maracanã, palco da derrota do time de Marta, 24 horas antes, Neymar comandou a farra, a goleada contra os hondurenhos.
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Ou seja: seu time vai disputar o ouro.
Enquanto o de Marta só restará a disputa pelo bronze.
Quando Neymar saía da zona de imprensa, o humorista Smigol o vaiou. Alguns jornalistas estrangeiro engrossaram a vaia. Neymar não se alterou. Foi embora. Sem nem virar a cabeça para saber quem o censurava.
Os jornalistas brasileiros apenas olhavam.
Neymar saia sorrido, vingado.
Produtores de tevê têm procurado a assessoria de imprensa do jogador.
A resposta tem sido democrática.
"Entrevistas com Neymar na Olimpíada são impossíveis"...
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