sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Santa Cruz tenta levantar fundos para pagar salários e presidente se explica ao elenco

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Para tirar clube do buraco, Alírio Moraes procurou a Caixa Econômica Federal antes de dar explicações sobre as finanças a atletas como Grafite e Danny Morais


O quadro financeiro do Santa Cruz é dramático. Investimentos como o da compra de Keno se tornaram impossíveis. A prioridade da diretoria é "arrumar a casa" e saldar despesas obrigatórias. Uma delas, com o elenco, que não recebe salários há três meses - fato que fez até o atacante Grafite expor o seu incômodo com a situação. Mas, sem dinheiro na conta, o clube não pode ainda pagar nem parte da dívida com os jogadores. Na tarde desta sexta-feira, o presidente Alírio Moraes se reuniu com líderes do grupo para explicar a gravidade da crise vivida pelo Tricolor.

Segundo informações apuradas pela reportagem do Superesportes, Alírio  procurou viabilizar verbas de patrocínio na Caixa Econômica Federal ainda nesta tarde para tirar um pouco o Santa do sufoco. Vem tentando levantar fundos também em outras frentes: por meio de parcerias com empresários e empenhando até bens próprios. Não só para pagar os atletas, mas ainda os funcionários. Muitos deles chegam a quatro meses de atrasos.

Anteriormente, membros da gestão tinham prometido parte do dinheiro ao elenco nesta semana. Mas, impossibilitado de cumprir com o compromisso, Alírio Moreaes viu-se obrigado a marcar a reunião com o atacante Grafite e o zagueiro Danny Morais, líderes do time e encarregados pela discussão de pagamentos, a fim de elucidar o quadro dos cofres corais. 

Em última entrevista ao Superesportes, na última quarta-feira, o presidente tricolor havia mostrado otimismo em pagar os jogadores só na próxima semana, quando o dinheiro da participação do clube na Copa Sul-Americana deve estar à disposição. Do R$ 1,1 milhão antes preso na Justiça, o Tricolor deve ficar com, no máximo, R$ 800 mil. A previsão é que a Conmebol pague o valor até a próxima quarta. Mas, após a reunião desta tarde, que se estendeu para o horário e teve a presença do restante do time, o mandatário preferiu não dar nenhum prazo.

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Santa não consegue fundos para compra de parte de Keno e perderá dinheiro em futura venda

Sem depósito da quantia acertada na conta do São José-RS nesta sexta-feira, direção tricolor não valida renovação e só vai usufruir de "direito de vitrine" do atleta


O Santa Cruz poderia lucrar bem mais com Keno. Mas não irá. Segundo informações apuradas pela reportagem do Superesportes, o clube acabou não conseguindo o dinheiro para um renovação até 2018 e compra de 60% dos direitos econômicos do atacante junto ao São José-RS. O prazo dado pelo time gaúcho para o depósito deste dinheiro, R$ 1,4 milhão, era esta sexta-feira. Portanto, sem efetuar o pagamento na data limite estipulada, o máximo que a direção coral vai poder usufruir após o enceramento do vínculo com o atleta, em dezembro, será um "direito de vitrine". Conforme consta no atual contrato de empréstimo com o jogador de 27 anos, o Tricolor pode receber apenas 30% do valor de um futura venda.

Com contrato prorrogado com o São José na última quarta-feira, Keno é alvo de clubes como Santos, dos portugueses Porto e Sporting, além de ter sido, anteriormente, sondado também por equipes do Japão e Oriente Médio. Por meio de parcerias, o Santa Cruz vinha tentando levantar fundos para comprar parte do atacante e validar um pré-contrato assinado ainda em junho e que determinava a permanência dele no Arruda por mais um ano. O Tricolor já havia pago 10% da alíquota para ter parcela do atleta. Quantia que será devolvida pelos gaúchos.

Dois representantes do atleta chegaram até a vir ao Recife na primeira quinzena deste mês para tentar solucionar o caso com o presidente Alírio Moraes. Cientes do interesse de outros times, os agentes impuseram o prazo ao Santa, mas, sem a quantia necessária para validar o documento prévio, o clube deixou de ser prioridade do São José e vai ter agora que se contentar com bem menos do que poderiam receber numa iminente transação no fim desta temporada que envolverá o jogador.

Embora não estivesse totalmente convicto na compra de 60% dos direitos econômicos de Keno, o presidente coral acreditava que após o desbloqueio de parte das cotas da Copa Sul-Americana teria barganha para fazer parcerias com empresários na intenção de manter o atacante no Arruda. Ledo engano. A prioridade do mandatário é mais do que nunca agora pagar os salários atrasados - que chegam a três meses ao elenco e até a quatro para funcionários.

Acumulando passagem de menor destaque pelo Santa na Segundona de 2014, Keno foi contratado sem muito alarde no início deste ano após romper contrato com a Ponte Preta e chegar ao Arruda a custo zero. Acabou sendo campeão da Copa do Nordeste, do Campeonato Pernambucano e é hoje uma das principais peças do elenco do Santa na Série A. No Brasileirão, fez 24 jogos pelo clube, sendo 22 como titular, e marcou oito gols. Bolas na rede que o credenciam como artilheiro do time no campeonato - ao lado de Grafite. Ao longo do ano, ele já fez 16 gols.

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