A saída é a base
Com o fim da parceria entre Unimed e Fluminense, bola cantada já há algum tempo, o futebol do Rio deveria se concentrar na base e pensar prioritariamente na formação de craques para o futuro.
O Flamengo, com uma dívida enorme, o Botafogo, que em 2013 nem pagar salários conseguia e caiu para a Série B, e o Vasco, muito mal gerido por Roberto Dinamite e agora de volta às mãos de Eurico Miranda, estão no sufoco e precisam começar a pensar com mais carinho em se transformar em celeiros de grandes jogadores. Como foram no passado. Afinal não há saída mágica nem imediata.
Aos três junta-se o quarto grande do Rio, o Fluminense, que estaria com uma dívida superior a R$ 400 milhões e agora não conta com aportes da Unimed, que teriam ultrapassado os R$ 70 milhões no ano que está terminando.
Dificilmente conseguirá um parceiro como a empresa de planos de saúde, terá que rever contratos e salários, voltar ao “mundo real” e prestar mais atenção na base, como tenho dito há tempos também, especialmente porque, como acontece com o Santos, ela até que é bem trabalhada e pode ser a saída para o médio e longo prazo.
Olhar para a base, aliás, não deve ser prioridade só para os times do Rio, mas para o futebol brasileiro como um todo, especialmente depois dos 7 a 1 que mostraram que não somos mais o país da bola. Pelo menos não o da bola de futebol. Não dá para deixar a base tomada por empresários, que fazem dela o que bem entendem, só se preocupam em faturar e mandar os jovens talentos ao exterior o mais rapidamente possível. Um assunto que deveria estar sendo discutido por toda a comunidade do futebol, mas não está. Ela parece preferir mendigar mais uma grana para o governo e, no caso de clubes e dirigentes, rolar as dívidas até não poder mais. E fazer novas dívidas e novas dívidas e novas dívidas.
Lancenet.com
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