Retrospectiva 2014
NÁUTICO
O ano de 2014 não foi nada bom para o timbu. Mas podia ter sido bem pior…..
Começamos com um novo técnico. O desconhecido Lisca. Oriundo do futebol do sul do País, o que mais se sabia de Lisca era sua fama de louco. Mas, por que, louco? Pelo envolvimento com a torcida nas comemorações das vitórias.
E sua fama foi confirmada. Flagrado nas arquibancadas da ilha, em um jogo do Sport, para observar o futuro adversário, Lisca foi “convidado” a se retirar.
Depois, nesta mesma ilha, uma vitória consagradora. Depois de 11 anos de tabu, o timbu venceu o maior rival, em seus domínios.
Parecia que o ano seria diferente….
Não foi.
Mesmo com um elenco fraco tecnicamente, Lisca conseguiu arrumá-lo e fazer com que jogasse bem fora de casa, chegando a final do estadual, contra o Sport (mesmo perdendo seus principais jogadores, como Pedro Carmona e Luiz Alberto).
Nos jogos finais, perdeu na ilha e, na primeira decisão da Arena Pernambuco, o Náutico não teve forças para buscar o resultado que provocaria uma disputa por pênaltis. Mais uma vez, perdeu e teve que ver a festa dos visitantes.
Mas foram as campanhas na Copa do Nordeste (quando o timbu foi desclassificado na primeira fase, para o Sport e Botafogo-PB – que tinha perdido pontos no tapetão) e na Copa do Brasil que fizeram o técnico “balançar”. Aliado a isto, problemas vividos nos bastidores não seguraram o bom e competente Lisca, que saiu após uma derrota na Copa do Brasil, em Natal, por 3 x 0 para o América.
Em seu lugar, chegou Sidney Morais.
Uma péssima campanha na serie B não sustentou o ex-jogador rubro negro no comando alvirrubro.
E logo foi substituído pelo competentíssimo Dado Cavalcante. Este sim, conseguiu arrumar o time e dar um padrão de jogo, fazendo com que a equipe (ainda com elenco fraco tecnicamente) reagisse na competição e deixasse uma briga contra o rebaixamento, para ficar na luta pelo acesso.
Desta vez, faltou “fôlego financeiro”. E na reta final, nem Dado foi capaz de fazer o time resistir ao desestímulo e crise que se instaurou no clube a dois meses do término da competição.
Em relação aos jogadores, destaques no estadual para Pedro Carmona e Luis Alberto (que, infelizmente, tiveram que ser operados e o time sentiu muito as suas ausências). E, na serie B, sem dúvida alguma, o maior destaque foi o goleiro Júlio Cesar.
E, apesar do fraco elenco durante todo o ano, o timbu teve alguns destaques pontuais, como Sassá (artilheiro do time na serie B), Vinícius (o cérebro do meio de campo, também na segunda divisão), Paulinho (que era um volante técnico, que saia para o jogo, mas que ficou fora de muitos jogos por suspensão), João Ananias (o grande destaque do time, oriundo da base, com segurança e tranquilidade na proteção da zaga) e Marinho (rápido atacante, mas que ficou muitos jogos de fora por contusão e não se mostrou goleador como atacante).
Já as decepções foram muitas. E alguns jogadores sequer jogaram. Várias contratações no ano. Muitos (a grande maioria) já foram embora.
Assim, com um vice-campeonato estadual (quando se esperava o título – apesar de Lisca ter “tirado leite de pedra” e chegado na final), a permanência na serie B (quando estivemos próximos da luta pela degola – quando se esperava que brigássemos pelo acesso), a campanha pífia e desclassificações prematuras nas Copas do Nordeste e do Brasil, e a crise financeira (especialmente no final do ano), fizeram do ano, um ano para ser esquecido. Sem glórias. Apenas a manutenção do status quo atual.
Sem dúvida alguma, nenhum motivo de orgulho para o torcedor alvirrubro que pouco foi aos jogos na distante Arena Pernambuco – que este ano, mais que nunca – mostrou ser um estádio sem cara, pois, em 2014, Sport e Santa jogaram tanto por lá que ficou claro a falta de identidade com o timbu.
Tivemos até uma Copa do Mundo no estádio que nós alvirrubros estamos jogando. 5 partidas. Uma delas com a futura campeã mundial Alemanha, no recorde de público do estádio (mais de 42 mil pessoas).
E um recorde negativo, com menos de 400 pagantes, na partida entre Náutico x América-RN, pela Copa do Brasil, quando precisávamos vencer por 3 x 0 e Flávio (o zagueiro) fez 2 gols. Na falta de um artilheiro (como fez falta neste ano), ficamos nos 2 e fomos eliminados.
Adeus 2014…..que venha 2015, mas que seja diferente em tudo, deste ano que vai embora sem deixar saudades nos alvirrubros….
Milton Neto
Blog do Náutico
Globo.com
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