sábado, 30 de abril de 2016

Gallo no Náutico: responsabilidade no retorno, busca pelo acesso e necessidade de reforços



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Treinador diz ser movido a desafios e diz que volta ao clube alvirrubro feliz


Nessa quinta-feira, Alexandre Gallo comandou o primeiro treino de sua terceira passagem pelo Náutico. Atividade que começou com quase uma hora de atraso. O treinador se apresentou ao elenco e teve uma longa conversa com os atletas. No gramado do CT Wilson Campos, optou mais por focar o preparo físico, levando o treinamento até o cair da noite. Ao fim, concedeu uma coletiva de imprensa, na qual revelou o que fez com que optasse pelo retorno ao Timbu, reiterou sua ambição e convicção no acesso à Série A, pediu o apoio da torcida e prometeu uma equipe aguerrida, apostando, principalmente, na força e na velocidade.

Confiança no acesso
Sou movido a desafios. Voltar ao Náutico onde fui feliz, e fiz bons trabalhos. Pelo carinho que tenho pelo clube. Mas algumas coisas foram importantes para voltar. A primeira, o Náutico estar honrando com seus compromissos. Isso é fundamental. A outra é a qualificação do elenco. Estes foram os grandes atrativos. A gente sabe que a sequência vai ser dura. Estou muito motivado para fazer um trabalho muito melhor do que em 2010 e 2012. Senão, não estaria aqui. Não sairia de casa se não fosse para vencer. E eu disse para Toninho Monteiro: só vou para aí se for para subir. Essa é minha ideia e da direção.

Mais preparado
Hoje eu me sinto muito mais preparado. Passei pela Seleção Brasileira, que foi fantástico. Deixei um legado nas categorias de base. Montei o time olímpico. Hoje, da seleção olímpica, 11 atletas estão na seleção principal. Isso significa que o trabalho foi bem feito. Depois tive uma experiência inovadora na Arábia Saudita. E depois um desafio doloroso na Ponte Preta, talvez um dos maiores revés na minha vida, mas que serve de combustível para chegar aqui ainda mais motivado a tentar fazer o melhor.

Planejamento
Na nossa primeira conversa foi passado que não temos tempo. Todos os nossos adversários já estão com seus planejamentos em andamento. Então, já passei para a diretoria, todo um planejamento: escolhas, necessidades. Mas é claro que com a concordância deles. Este planejamento já está sendo tocado.

Reforços, mas sem revelar quantos
Nós precisamos de um número X de atletas. Se contratarmos um pouco menos, na hora em que faltar os últimos, vão se tornar mais caros para nós. A gente guardou esse plano de trabalho só com a direção. Se eles souberem quais são as nossas carências, vai terminar encarecendo para o clube. Mas posso garantir que a remontagem vai ser de qualidade.

A base
Sempre gostei de revelar. Aqui mesmo, revelei Douglas Santos, Auremir, João Ananias. A necessidade faz a hora. O atleta não tem idade, se tiver condições, vai jogar. Mas o momento é de dar importância ao Brasileiro. Então, é importante trazer jogadores com lastro. Mas jamais a gente vai deixar de ter os olhos para a base. Porque eu tenho que deixar um legado aqui. Da última vez eu deixei. E quero deixar alguma coisa.

Aflitos x Arena e o apoio da torcida
Os Aflitos sempre foi muito aconchegante. Foi muito bacana a nossa campanha em 2012. Faço um pedido à torcida: espero que nos abracem. Nós vamos jogar na Arena? Nós vamos precisar da torcida lá. O nosso momento hoje é pensar em jogar na Arena. Não tem como. Os Aflitos ainda ficou um pouco distante. Então, eu peço que a torcida compareça. Cito as passagens anteriores em função da torcida. Sempre abraçou e jogou junto. A parceria com a torcida é o que mais me marcou. O time está precisando. E prometo que vamos ter uma equipe aguerrida, que luta muito e que não desiste os 90 minutos. 

O grupo
Conheço alguns atletas. Alguns já trabalharam comigo. Sinto um grupo querendo trabalhar. O grupo sentiu, naturalmente, a questão da não classificação para a decisão. Fez um primeiro turno muito bom. Mas isso é o futebol. Só que eu digo sempre, o futebol traz uma vantagem para você recomeçar a cada dia. E nós já temos uma oportunidade de recomeçar na próxima quarta-feira, contra um adversário difícil, duro, mas que temos totais condições.

Responsabilidade
A responsabilidade é grande. Tenho 12 anos de carreira. Trabalhei duas vezes na Série B. Este ano vai ser a terceira. Na primeira vez, ficamos no caminho por uma questão extracampo que hoje não acontece mais no Náutico. Então, vindo para cá numa condição destas, dá um gás muito maior. Porque futebol se faz com as coisas em dia, honrando os seus compromissos. E essa continuidade traz para mim uma responsabilidade muito maior. De fazer um trabalho muito melhor e de dar uma resposta a esta torcida. A responsabilidade de poder alcançar os objetivos.

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Atacante quer mostrar serviço para renovar com o Náutico


A pressão é grande no futebol, mas sempre uns sentem mais do que outros. Com o contrato no Náutico até junho, o atacante Rafael Coelho sabe que o relógio corre contra ele. “De todos, eu sou o mais pressionado. Ninguém quer um jogador que não se deu bem”, reconhece.
A chegada de Alexandre Gallo, com quem Rafael Coelho já trabalhou, tem sido para o atleta um “fio de esperança” de reeditar as boas atuações em outros clubes e conseguir renovar o vínculo. “Tenho pouco tempo para mostrar isso. Vou tentar aproveitar as oportunidades que tiver para mostrar o porquê de ter sido contratado”, diz.
Sem querer usar como justificativa para o baixo rendimento até agora, Rafael Coelho sinaliza que seu melhor rendimento ocorre quando ele cai pelas laterais de ataque. Sob a direção de Gilmar Dal Pozzo, o atacante vinha jogando mais centralizado. “As únicas vezes que atuei assim era quando não tinha opção. Sempre fui mais de jogar com um atacante de área. Mas se Gallo precisar que seja assim, vou esperar corresponder.”
Autor: Alvaro Filho



Jogadores do Náutico buscam adaptação ao “estilo Gallo”


Chefe novo, vida nova. Para dois jogadores do Náutico, a máxima vale no clube após a chegada do técnico Alexandre Gallo. O atacante Rafael Coelho, que concorda com as críticas que vem recebendo, espera mudar o chip sob nova direção.
“Ele é um treinador inteligente e já mostrou nos treinos que gosta de um futebol de velocidade e força. Está nos dando confiança e vai nos ajudar bastante. Espero dentro de campo que a gente possa retribuir”, disse o jogador.
O meia Renan Oliveira também é só elogios para o novo chefe. “Gallo é inteligente e tem identificação com o clube e a torcida do Náutico. Temos que nos adaptar logo à filosofia de trabalho dele para fazer o futebol do time crescer”, disse o meia, que também ressaltou o trabalho realizado pelo antecessor do novo técnico, Gilmar Dal Pozzo.
“Gilmar foi um dos melhores técnicos que tive na carreira. Aprendi muito com ele. Mas o futebol tem essa rotina, quando os resultados não vêm, troca os jogadores, troca o técnico. Tanto ele, quanto os companheiros que saíram vão tentar a sorte em outros clubes e a gente que ficou tem que trabalhar para dar alegria ao Náutico”, afirmou.
Autor: Alvaro Filho

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