por Cassio Zirpoli
Após fazer a melhor campanha no hexagonal classificatório, com doze pontos a mais que o adversário na semifinal, o Náutico foi eliminado de cara no mata-mata do Campeonato Pernambucano, aumentando o jejum de títulos. Com o revés diante dos corais, chegou a doze edições seguidas sem levantar a taça, igualando a pior sequência de um clube grande do estado em todos os tempos.
O hiato desde 2004 repete a seca de títulos do Sport de 1962 a 1975, no período que marcou a maior série de triunfos dos alvirrubros (hexa) e dos tricolores (penta). No entanto, neste intervalo de taças locais, o Leão conquistou o Torneio Norte-Nordeste 1968, o que torna a situação do clube de Rosa e Silva ainda mais gritante, pois não venceu nenhuma competição oficial no período. Ao terminar a edição de 2016 sem a faixa de campeão pernambucano, o Timbu superou o próprio jejum 1989 a 2001, tido com pior momento da agremiação.
Na seca anterior, o time só voltou a dar a volta olímpica em seu centenário, evitando o hexa dos rubro-negros. Agora, a pressão vem aumentando a cada ano, fazendo com que a edição de 2017, em caso de novo fiasco, possa transformar a sequência indigesta na maior do Trio de Ferro, isoladamente. O levantamento do blog , abaixo, considera o intervalo entre títulos estaduais. A explicação é necessária pois o Santa disputou o Estadual de 1915 a 1930 (16 edições) sem ganhar, assim como o Náutico entre 1916 a 1933 (18).
Maiores jejuns do Trio de Ferro
Sport (1962/1975) – 12 anos
Sport ( 1928/1938) – 9 anos
Sport (1962/1975) – 12 anos
Sport ( 1928/1938) – 9 anos
Náutico (2004 / presente) – 12 anos
Náutico (1989/2001) – 11 anos
Náutico (1974/1984) – 9 anos
Náutico (1989/2001) – 11 anos
Náutico (1974/1984) – 9 anos
Santa Cruz (1947/1957) – 9 anos
Santa Cruz (1959/1969) – 9 anos
Santa Cruz (1995/2005) – 9 anos
Santa Cruz (1959/1969) – 9 anos
Santa Cruz (1995/2005) – 9 anos
Jejuns dos demais clubes campeões pernambucanos
América (1944 / presente) – 72 anos
América (1927/1944) – 16 anos
América (1944 / presente) – 72 anos
América (1927/1944) – 16 anos
Torre (3 títulos), Tramways (2) e Flamengo do Recife (1) estão extintos.
Dal Pozzo lamenta eliminação e se queixa da arbitragem
Depois de ser eliminado para o Santa Cruz com duas derrotas por 3×1 e 2×1 nas semifinais do Campeonato Pernambucano, o técnico Gilmar Dal Pozzo lamentou os resultados negativos no Estadual. Na visão do treinador, a partida foi equilibrado na etapa inicial, mas depois que o Timbu sofreu o empate, ele confessou que o Tricolor foi melhor.
“O primeiro tempo foi muito equilibrado. Com poucas chances de gols para os dois lados. No segundo tempo, as equipes voltaram com a mesma postura. Apostamos numa bola parada e nas jogadas pelo lados. Foi crucial o lance em que o Joazi cruzou e a bola bateu na mão de Tiago Costa. Para mim, foi pênalti. Depois, teve o contra-ataque e o Santa Cruz teve qualidade para empatar. A partir deste momento, o Santa Cruz foi melhor”, afirmou o treinador.
O técnico alvirrubro ficou na bronca com a árbitro Emerson Sobral. Segundo Dal Pozzo, o lance em que a bola bateu na mão do atleta coral dentro da área e em seguida, ocasionou no gol de empate do Tricolor marcado por Grafite, foi determinante para o resultado final. No entanto, ele fez questão de frisar que a culpa não foi somente da arbitragem que não marcou o lance.
“Alguns acharam que foi pênalti, outros não. Mas para mim, houve a infração e foi determinante. Se o lance tivesse acontecido fora da área, ele (árbitro) tinha marcado falta. Só que não podemos colocar na conta da arbitragem a eliminação”, finalizou.
Autor: Davi Saboya
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