sexta-feira, 22 de abril de 2016

Tricolor tem Denis expulso, mas empata com o Strongest e avança

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O São Paulo sofreu na altitude de La Paz, mas avançou às oitavas de final graças a um gol do argentino Jonathan Calleri. O goleiro Denis falhou novamente e foi expulso de campo, mas o artilheiro tricolor aproveitou a única chance que teve no jogo dessa quinta-feira para decretar o empate por 1 a 1 com o Strongest, no estádio Hernando Siles. A igualdade era tudo que a equipe de Edgardo Bauza precisava para seguir adiante no torneio, mas mantém o time sem vencer fora de casa em 2016. O rival no mata-mata será o mexicano Toluca, que se classificou em primeiro no Grupo 6.
Bauza deixou Ganso na reserva e apostou num esquema com três volantes para evitar que o Strongest cansasse o São Paulo. Mas uma falha de Denis quase colocou tudo a perder. Aos 28 minutos do primeiro tempo, o goleiro saiu errado em uma cobrança de falta e permitiu que Cristaldo fizesse o gol. O empate salvador saiu aos 43 da etapa inicial, após Calleri completar uma cobrança de escanteio para as redes. O argentino é o artilheiro isolado dessa edição da Libertadores, com oito gols marcados.
Denis voltou a prejudicar o São Paulo aos 48 minutos do segundo tempo. Ele recebeu dois cartões amarelos por fazer cera e foi expulso de campo. Como Bauza já havia feito as três alterações, o zagueiro Maicon teve de defender a meta nos instantes finais. Calleri, ao final da partida, também levou o vermelho.
Os resultados da última rodada da fase de grupos deixaram o River Plate na liderança da chave. O time argentino venceu o Trujillanos-VEN por 4 a 3, nessa quinta-feira, e manteve a primeira colocação com os 11 pontos somados. O São Paulo, vice-líder, ficou com nove pontos. O Strongest, com oito e na terceira posição, e o Trujillanos, com quatro e na lanterna, foram eliminados da Libertadores.
A primeira partida do São Paulo contra o Toluca será disputado no Morumbi, em data a ser definida. Já o River Plate enfrentará o Independiente del Valle, da Equador, nas oitavas de final.
O Jogo – O São Paulo teve uma mostra da intensidade que o esperava logo no primeiro minuto do duelo. Após um choque com um atacante do Strongest, o zagueiro Rodrigo Caio sangrou no rosto e precisou vestir uma toca para seguir em campo. A estratégia dos bolivianos era justamente abusar do contato físico e da correria para cansar o Tricolor na altitude de La Paz. Foi de Wesley, no entanto, a primeira chance perigosa. Aos 11 minutos, o volante arriscou de fora da área e viu a bola passar por cima do gol de Vaca.
Os chutes de fora da área do Strongest passavam longe do gol, enquanto as jogadas com a bola correndo eram travadas pelos erros de domínio dos bolivianos. Sem avançar trocando passes, o time da casa apostou numa cobrança de falta, aos 28 minutos, para chegar ao primeiro gol. O goleiro Denis, que já havia falhado nas duas vezes que enfrentou o River Plate, se atrapalhou no cruzamento feito por Pablo Escobar e ajoelhou no meio da área. A bola bateu na perna do arqueiro e sobrou limpa para Cristaldo concluir para as redes.
O gol deixou o São Paulo afobado. Denis não passava nenhuma segurança. Já o posicionamento dos zagueiros era confuso, o que obrigou até Michel Bastos a praticar um desarme na pequena área. Mesmo com as deficiências vistas no primeiro tempo, o Tricolor chegou ao empate após um escanteio cobrado por Kelvin encontrar a cabeça de Calleri. Aos 43 minutos, o argentino se colocou atrás da marcação e testou no alto, fora do alcance do goleiro “baixinho” do Strongest.
Kelvin, aos 45, fez uma bela jogada individual e por pouco não virou o jogo. Ele enfileirou os defensores e finalizou por cima da meta. Já no segundo tempo, aos sete minutos, o atacante Alonso recebeu sozinho no miolo da área, mas escorregou e chutou nas mãos de Denis. Com a necessidade de prender a bola no meio-campo, Bauza usou seu trunfo e colocou Ganso no lugar de Michel Bastos, aos 21 minutos. Descansado, o camisa 10 começou entre os reservas para não sofrer o desgaste da altitude e ajudar o Tricolor na etapa complementar.
A altitude começou a fazer suas vítimas a partir da metade do segundo tempo. Os jogadores são-paulinos estavam exaustos e desabavam com frequência no gramado. A alternativa adotada pelo Patón foi recuar o time e apostar só na capacidade defensiva dos atletas. Aos 33 minutos, o Strongest assustou após Torres surgir sozinho na área e cabecear por cima do gol.
O Tricolor bem que administrou a pressão imposta pelos bolivianos, mas Denis recebeu o segundo cartão amarelo por fazer cera, aos 48, e foi expulso de campo. O zagueiro Maicon foi deslocado para o gol e garantiu o empate ao agarrar dois cruzamentos. Após o apito final, uma briga entre os jogadores dos dois times acarretou na expulsão de Calleri.
FICHA TÉCNICA
THE STRONGEST 1 X 1 SÃO PAULO
Local: Estádio Hernando Siles, em La Paz, Bolívia
Data: 21 de abril de 2016, quinta-feira
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Roberto Tobar (Chile)
Auxiliares: Francisco Mondria e Raul Orellana (ambos do Chile)
Cartões amarelos: Pablo Escobar (Strongest); Denis, Bruno (São Paulo)
Cartão vermelho: Denis e Calleri (São Paulo)
GOLS:THE STRONGEST: Cristaldo, aos 28 minutos do primeiro tempo
SÃO PAULO: Calleri, aos 43 minutos do primeiro tempo
THE STRONGEST: Vaca; Bejarano, Marteli, Maldonado e Cristaldo (Ramallo); Chumacero (Neumann), Veizaga, Castro e Wayar; Pablo Escobar e Alonso (Torres)
Técnico: César Farías
SÃO PAULO: Denis; Bruno (Mateus Caramelo), Maicon, Rodrigo Caio e Mena; Hudson, Thiago Mendes, Wesley, Kelvin e Michel Bastos (Ganso); Calleri (Alan Kardec)
Técnico: Edgardo Bauza
gazeta esportiva




São Paulo vibra com classificação e por ter superado efeitos da altitude

O clima entre os jogadores do São Paulo após o empate por 1 a 1 com o Strongest, nessa quinta-feira, em La Paz, não poderia ser melhor. Após a classificação às oitavas de final, o time exaltava a superação diante dos 3.600m de altitude da cidade boliviana e a forma como os jogadores suportaram a pressão do adversário. Sobrou espaço até para piadas entre os atletas – Michel Bastos brincava com o penteado de Kelvin na saída do estádio Hernando Siles.
Para o técnico Edgardo Bauza, “a partida saiu como o São Paulo imaginava”. “Cada equipe tratou de fazer o jogo que lhe convinha. Eles pressionaram em cima e colocaram muita gente próxima à nossa área. No segundo tempo, controlamos bem. Se tivéssemos mais fôlego poderíamos ter ganhado”, disse. “Em linhas gerais, estou satisfeito com a entrega da equipe. Não é fácil jogar na altitude. O time não parou nunca e se doou ao máximo pela classificação”.
O meia Paulo Henrique Ganso, que começou o jogo na reserva para ajudar o Tricolor no segundo tempo, adotou uma opinião semelhante à do Patón. “Foi difícil. A equipe deles se jogou para cima e tentou buscar o gol de todas as formas. Soubemos suportar isso e merecemos a vaga”, afirmou. “Eu gosto de decisões. É muito bom entrar em um jogo assim. Dei minha parcela de contribuição para a equipe sair com a classificação”, acrescentou.
Entre os jogadores, o goleiro Denis era o que trazia o semblante mais fechado. Ele falhou no gol do Strongest e foi expulso nos minutos finais do jogo – o zagueiro Maicon teve de ir para o gol. “Independentemente de como foi o gol do Strongest, tenho que exaltar a equipe toda. Ela se dedicou até mais do que podia. No fim do jogo estava todo mundo exausto. O mais importante foi a classificação, mesmo com o empate, porque aqui é muito difícil. Fico muito feliz de ter participado desse jogo com eles”, declarou.
Michel Bastos também procurou evitar as críticas aos defeitos apresentados pela equipe. Para ele, o São Paulo tem que aproveitar o momento para vibrar com a classificação. “A equipe está de parabéns. Agora o nosso momento é de comemorar, porque muita gente não acreditava na nossa classificação. Mas estamos aqui. Firmes, fortes e classificados”, concluiu.
gazeta esportiva

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