sexta-feira, 22 de abril de 2016

Técnico do Náutico enumera pontos a melhorar para decisão e pede mais atitude ao Náutico

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Dal Pozzo ainda espera que equipe também tenha velocidade e presença de área


Depois de terminar a primeira fase do Campeonato Pernambucano na liderança, com o melhor ataque e a melhor defesa, o Náutico se vê diante de uma árdua tarefa para seguir adiante no Estadual. A derrota por 3 a 1 para o Santa Cruz na partida de ida da semifinal força que o Timbu precise vencer por dois de diferença para levar a decisão para os pênaltis ou três gols para se garantir diretamente na final. Para ultrapassar tamanho desafio, o técnico alvirrubro diz que sua equipe vai precisar mudar de atitude. Uma postura diferente, com maior velocidade, mais qualidade no passe e presença de área, se quiser vencer o Tricolor pelo placar necessário.

“Mudança de atitude. Em relação ao último jogo, nós temos que ter mudança de atitude”, disparou o treinador alvirrubro, logo em sua primeira resposta de antevisão ao Clássico das Emoções deste domingo. “Se quiser vencer o jogo, classificar para a próxima fase, nós temos que jogar melhor, produzir mais, ter volume de jogo”, acrescentou Dal Pozzo, que em seguida fez questão de ressaltar a boa campanha timbu no hexagonal para fundamentar porque acredita na tal mudança. “A nossa liderança não foi por acaso, pelo que a gente produziu e jogou, por isso que na maior parte do campeonato, nós fomos líderes”, declarou.

Além da atitude, Dal Pozzo descreveu ainda o que seu time vai precisar fazer no aspecto tático para conseguir dar a volta à desvantagem que tem pela frente. “A gente precisa fazer os gols, buscar o saldo, mas a gente entende que não podemos dar oportunidades ao adversário e muito menos o contra-ataque”, disse. 

Em busca do equilíbrio necessário e ciente de que o Náutico precisa de um jogo perfeito para ir à final, o treinador fala o que espera dos jogadores neste domingo. “Temos que ter velocidade, cadência, qualidade na bola parada. Não dá para priorizar só a velocidade e só a cadência também não vai servir”, comentou. “Tranquilidade para rodar a bola, ter qualidade no passe, profundidade, trabalhar por dentro a ocupação de espaço e muita movimentação, a inteligência dos jogadores para tomar as decisões entre as linhas, para ter um domínio e criar as situações de gol”, prescreveu.

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As alternativas que Dal Pozzo pode apresentar no domingo, para o Náutico reverter desvantagem

Treinador alvirrubro já disse que deverá mudar algumas peças. Analisamos algumas opções


No próximo domingo, o Náutico tem um desafio hercúleo pela frente. Precisa vencer o Santa Cruz por, pelo menos, dois gols de diferença para levar para os pênaltis a decisão de quem vai à final do Campeonato Pernambucano. Se não quiser correr os riscos da grande penalidade para se manter vivo na briga pelo título estadual - que não conquista há 12 anos, completados na última segunda-feira -, vai precisar vencer por três gols de diferença. E não é apenas a obrigação de vencer com folga o rival que faz com que a missão alvirrubra seja extremamente difícil. É que, pela frente, tem um adversário extremamente moralizado e em franco crescimento.

Taticamente, o time tricolor é outro em relação àquele de Marcelo Martelotte. Milton Mendes ajustou a equipe coral e isso se viu no 3 a 1 da última quarta-feira, no Arruda. Para tentar reverter tamanha desvantagem, o técnico alvirrubro Gilmar Dal Pozzo já admitiu que vai ter que encontrar alternativas para o confronto deste domingo, na Arena pernambuco. O treinador timbu, inclusive, adiantou que deverá mudar algumas peças no seu time para a partida de volta. Abaixo, analisamos algumas destas mudanças possíveis, sem que Dal Pozzo precise abrir mão do sistema tático que tem sido adotado ao longo do ano: 1-4-2-3-1.

LATERAL ESQUERDA
Henrique no lugar de Gastón
Na derrota de quarta-feira, o sistema ofensivo do Náutico não conseguiu aplicar alguns princípios de jogo como penetração, ultrapassagem e profundidade. Ao fim do jogo, Dal Pozzo mencionou que uma das alternativas pretendidas é ganhar em passagens na diagonal. Função que Henrique exerce com maior qualidade do que Gastón. O uruguaio, por sinal, não foi bem no Arruda. Frágil defensivamente - ficou apenas assistindo a Arthur marcar o primeiro gol do confronto - e ineficaz ofensivamente, o lateral esquerdo foi uma nulidade. Com Henrique, o Náutico não perde em consistência defensiva e ganha maior poder ofensivo e potencial superioridade numérica em setores mais avançados, além de seu bom chute de média distância.

MEIO-DE-CAMPO
Caíque no lugar de Gil Mineiro
Sob o aspecto tático, compreende-se a opção de Dal Pozzo por Gil Mineiro. Na primeira vez que o Timbu encarou o Santa no Arruda este ano, Gil havia sido a surpresa do treinador. Foi bem. Voltou a ser titular contra o Salgueiro. Novamente bem. Mais consistente defensivamente e com velocidade na transição, a aposta era ter alguém de ajudasse na cobertura da marcação a Keno e também tivesse infiltração ofensiva. Não resultou. Caíque, sempre que foi acionado, esteve muito bem. Foi um dos destaques na rodada inaugural, no triunfo por 2 a 0 sobre o próprio Santa Cruz (resultado que levaria para os pênaltis, se repetido), no empate por 1 a 1 com o Sport e na goleada por 5 a 0 sobre o América. Com o meia-atacante, o time ganha consistência no meio-de-campo, maior qualidade no passe e preenchimento de espaço no último terço de campo, o que Dal Pozzo, em ocasiões anteriores, referiu-se como “povoamento” do setor.

Esquerdinha no lugar de Rony
Rony não vem bem. Incógnita quando chegou ao clube, o jovem atacante acabou surpreendendo positivamente no início do Pernambucano. Arisco, escorregadio e velocista, chamou a atenção. Suas deficiências técnicas, contudo, foram, aos poucos, superando suas qualidades. Questões básicas como postura corporal prejudicam o jogador nas finalizações e nos cruzamentos. A profundidade que o time perde sem Rony pela direita, pode ser compensada pelo lateral Joazi. Esquerdinha, por seu turno, tem vindo em inequívoco momento de crescimento. Tem entrado no segundo tempo dos jogos e com ele em campo o time alvirrubro tem sempre melhorado consideravelmente. Precisando ir para cima do Santa Cruz, Dal Pozzo vai necessitar ter qualidade no passe e jogadores que finalizam bem. Esquerdinha, neste momento, dá maior consistência nestes dois quesitos que Rony.

ATAQUE
A volta de Daniel Morais
A posição de centroavante tem sido, nitidamente, a mais preocupante no Náutico. Dal Pozzo não consegue definir um titular absoluto, variando entre Daniel Morais e Thiago Santana conforme o adversário e o momento de cada um deles. No Arruda, o treinador optou por Thiago para ter maior mobilidade ofensiva e, assim, tentar criar espaços para penetrações dos meias. A ideia, em teoria, era boa. Porém, não deu certo e por uma simples razão: Thiago foi mal no jogo. Vice-artilheiro do time no Estadual, com quatro gols, Daniel Morais pode ser a melhor opção para a frente do ataque no domingo. Com o centroavante, o Timbu ganharia em profundidade, fazendo o pivô, segurando mais a dupla de zaga tricolor, sem falar de seu poder de finalização.

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Joazi minimiza impacto de Keno em semi e mostra confiança no Naútico

Prata da casa, lateral-direito de 19 anos também comemorou seu primeiro gol
na carreira, que manteve as esperanças alvirrubras para jogo de volta no Arruda


Autor do gol que diminuiu a derrota do Náutico, na última quarta-feira, para 3 a 1, o lateral-direito Joazi deu esperança ao Timbu de uma difícil - mas ainda possível - classificação à final do Campeonato Pernambucano. Além de estar feliz por ter marcado seu primeiro tento como profissional, o jogador minimizou o impacto do atacante Keno, do Santa Cruz, no jogo.
- Ele não é um jogador qualquer. É um atleta de muita qualidade. Infelizmente, conseguiu fazer a jogada que gerou o primeiro gol. Mas, depois daquilo, acho que não aconteceu muita coisa daquele lado na parte ofensiva deles. E consegui fazer o que mais sei, que é dar profundidade, ir ao fundo e cruzar.
Mesmo precisando vencer por três gols de diferença (ou dois para levar aos pênaltis) na partida de domingo, na Arena Pernambuco, Joazi acredita no poder de reação do Náutico diante do Santa.
- Futebol é assim. Tem surpresas. Todos os jogadores são experientes e sabem como é. As vezes tem goleada que se consegue reverter. Não é impossível. Vamos dar nosso melhor e, mesmo se o resultado não vier, vamos sair de cabeça erguida por sabermos que demos nosso máximo.
globo.com

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