domingo, 19 de junho de 2016

Euro-2016: Fernando Santos acredita que só volta a Portugal no dia 11

Resultado de imagem para euro 2016



Fernando Santos lamentou hoje o "galo" que a seleção portuguesa de futebol tem tido no Euro2016, mas mostrou-se confiante de que só vai regressar a Portugal depois do dia 11 de julho, a seguir à final da prova.
À semelhança do que sucedeu após o encontro com a Islândia, o selecionador nacional surgiu perante os jornalistas no dia seguinte ao empate com a Áustria, num encontro no qual, considerou, a equipa das 'quinas' voltou a ter algum azar na finalização.
"Às vezes há 'galo'. Temos tido 'galo'. Sem ofensa nenhuma aqui à seleção francesa de râguebi, que nos tem recebido de forma fantástica e amável (no Centro Nacional de Râguebi). Isto é uma brincadeira. Portugal fez uma exibição muito boa, mas não conseguiu concretizar", afirmou, em conferência de imprensa.
Com apenas um golo marcado em 50 remates desferidos nos dois jogos da fase de grupos, a palavra 'eficácia' parece estar cada vez mais inserida no léxico utilizado no seio da seleção, tal é a vontade manifestada por Fernando Santos em ver a bola entrar na baliza adversária.
"Se tivermos de ser feios, e isso nos trouxer eficácia, teremos de ser feios. Não vale a pena ser bonitos. Não me importo de ser feio, porque já sou feio por natureza. E não me importo de ser mais feio ainda. Eu quero é que ela (bola) entre lá para dentro, com a mão, com o pé, seja como for", disse.
No topo dos mais perdulários de Portugal está Cristiano Ronaldo, que falhou inclusivamente uma grande penalidade frente à Áustria. Contudo, Fernando Santos não perde a confiança na principal figura da equipa.
"É normal que um jogador como Cristiano, que não conseguiu materializar em golo as oportunidades de que dispôs, esteja mais abatido. Mas a grande arma do Cristiano é que reage com muita força às adversidades. Já lhe aconteceu isso este ano, no Real Madrid, e depois apareceu a fazer cinco golos", salientou.
De resto, o selecionador assegurou mesmo que o 'capitão' luso estará sempre na linha da frente para marcar os penáltis.
"Se houver penáltis, é o Cristiano que marca. E é golo. É garantido. Ele vai marcar, nem que seja com os dois pés, vai metê-la lá dentro", vincou.
Por outro lado, o técnico não sente que o apuramento para os oitavos de final esteja em perigo e acredita mesmo que Portugal vai fechar o grupo F na liderança.
"Com uma vitória (frente à Hungria), Portugal é apurado, garantidamente, e, provavelmente, no primeiro lugar. A equipa da Hungria está numa posição privilegiada e tem pelo menos o terceiro lugar garantido. Não será primeiro, porque acredito que será Portugal", adiantou.
A confiança do técnico é tanta que a família Santos já foi avisada de que Fernando vai ficar em França até 11 de julho, o dia seguinte à final do Euro2016.
"Já disse à minha família que só vou dia 11 para Portugal. E vou lá e vou ser recebido em festa", confessou.
Portugal passa agora a preparar o encontro com a Hungria, da terceira e última jornada do grupo F, que está agendado para quarta-feira, em Lyon.
Em caso de triunfo face aos húngaros, a seleção das 'quinas' garante um lugar nos oitavos de final e será primeira se a Islândia não vencer a Áustria ou se, nesse caso, acabar com melhor diferença de golos do que os nórdicos, para já em vantagem, face ao total de golos marcados (2-2 contra 1-1).
O empate também poderá valer a qualificação direta, no segundo lugar, se Islândia e Áustria também empatarem e Portugal marcar, pelo menos, mais um tento do que os islandeses. Em caso de derrota, 'adeus' Euro2016.
O terceiro posto também poderá valer um lugar nos 'oitavos', dependente dos resultados dos outros agrupamentos, já que, além dos dois primeiros dos seis grupos, qualificam-se ainda os quatro melhores terceiros.
Programa da jornada:

Domingo, 19 de Junho de 2016
Roménia - Albânia, 0 - 1
Suíça - França, 0 - 0

Segunda-feira, 20 de Junho de 2016
Eslováquia - Inglaterra, 20:00
Rússia - País de Gales, 20:00

Terça-feira, 21 de Junho de 2016
Ucrânia - Polónia, 17:00
Irlanda do Norte - Alemanha, 17:00
Rep. Checa - Turquia, 20:00
Croácia - Espanha, 20:00

Quarta-feira, 22 de Junho de 2016
Islândia - Áustria, 17:00
Hungria - Portugal, 17:00
Suécia - Bélgica, 20:00
Itália - Rep. Irlanda, 20:00



futebol365.pt

Euro-2016: «Mata mata» de Santos e o «rapazinho» austríaco desaparecido

Fernando Santos apelidou hoje o jogo com a Hungria de "mata mata" e frisou que nenhuma seleção presente no Euro2016 de futebol teve um desempenho tão bom quanto o de Portugal diante da Áustria, no sábado.
"Já vi boas exibições, mas com grau de eficácia maior do que o nosso. Melhor do que fizemos ontem (sábado), em termos globais, não tenho visto. A Espanha jogou muito bem (diante da Turquia), mas foi tremendamente eficaz. Merecíamos ganhar os dois jogos, mas não temos dúvidas de que vamos ganhar à Hungria", afirmou.
No dia seguinte ao empate com os austríacos (0-0), o segundo na fase de grupos do Europeu, o selecionador nacional voltou a abordar várias questões numa conversa informal com os jornalistas.
Fernando Santos admitiu que existe "tensão" nos jogadores, pelo atual momento, mas também "uma vontade enorme" de melhorar os resultados.
Com dois pontos em dois jogos e em vésperas de defrontar a Hungria, que lidera o grupo F, o técnico recorreu a uma expressão que foi trazida para o léxico português por um antigo selecionador.
"Como dizia Scolari é um jogo de 'mata mata'. E nós temos de os 'matar'. Mas há que respeitar a Hungria. A única equipa que está próxima de ser apurada é a Hungria. Há que respeitar isso, sabendo que temos de jogar nos nossos limites para ganhar", salientou.
Já sobre a ineficácia de Cristiano Ronaldo nos livres diretos, Fernando Santos foi perentório.
"O primeiro marcador de livres é o Ronaldo. Qual é a dúvida?", atirou.
Por outro lado, Fernando Santos elogiou o desempenho de João Moutinho, que, na opinião da maioria da crítica, tem estado abaixo do que pode fazer, depois de um final de época marcado pelas lesões.
"O João Moutinho fez um jogo fantástico. Foi o jogador com mais passes de rutura neste jogo. No último mês só jogou dois jogos pela equipa dele. Ontem (sábado) esteve muito melhor do que no jogo anterior. Estou satisfeito com o rendimento do João, mas também com o dos outros", analisou.
De resto, Fernando Santos destacou as exibições dos médios William Carvalho, André Gomes e João Moutinho frente aos austríacos, lembrando mesmo que o trio 'secou' um "rapazinho" que joga no Bayern de Munique.
"O setor mais poderoso da equipa da Áustria é o meio-campo. Têm lá um rapazinho que costumamos ver no Bayern e que nos esquecemos que jogou ontem. Até foi substituído, por culpa do William, do André e do João. O rapazinho parecia que nem era jogador de futebol e é um jogador fantástico, que se chama Alaba", sublinhou.
Portugal prepara o encontro com a Hungria, da terceira e última jornada do grupo F, que está agendado para quarta-feira, em Lyon, a partir das 18:00 (17:00 em Lisboa).


maisfutebol.iol.pt



Seleção: para já, seis certezas


Já estamos todos em modo Europeu. Ainda faltam duas semanas, mas o pensamento já está no dia 14 de Junho. Já temos os 23 escolhidos por Fernando Santos e são os nossos agora, por muito que as opções de cada um fosse outra: são estes com quem vamos atacar a fase final em França.
Nós não somos favoritos. A História diz-nos que existem outras selecções mais fortes e que são favoritas à vitória final. Somos uma selecção com qualidade mas não partimos na linha da frente na lista de candidatos.
Por muito que o sonho de todos seja conquistar o título europeu - e é isso que Fernando Santos tem dito - o importante é que os jogadores vejam cada jogo como uma final. E o caminho, como alguém dizia, faz-se caminhando. Não podemos colocar em nós a pressão de sermos campeões europeus. Focados naquilo que podemos e devemos fazer e o pensamento de ser melhor em cada jogo.
Isto tem, na minha opinião, a ver com o realismo e o pragmatismo que é preciso ter nestas competições face à concorrência. Não somos a selecção mais forte, outras podem assumir esse título, mas isso não diminui em nada aquilo que deve ser a nossa ambição e vontade de vencer. Cada jogo é uma final e tem um propósito – vencer.
Este Europeu assume condições únicas, desde logo pela presença de 24 selecções e varias possibilidades de passagem aos oitavos de final. Temos, em teoria, um grupo acessível, mas não quer dizer com isso que haja facilidades. Partir com este pensamento é a morte do artista. Não penso que isto possa acontecer, tanto pela postura e experiência de Fernando Santos como pela experiência de vários dos nossos jogadores.
Já se percebeu pelo discurso de vários de entre eles que a ambição é enorme e a vontade de vencer também. Mas não chega.
Temos de ser consistentes.
Ter espírito de sacrifício.
Ter capacidade para saber sofrer.
Ter capacidade para fazer mossa nos nossos adversários.
Não acredito em facilidades mas sim na forma como tudo é preparado e na capacidade dos nossos jogadores. Vamos chegar lá? Espero que sim, mas não sei, nem essa é uma pergunta de resposta pronta. Depende de muitos factores.
Sei é que o erro paga-se muito caro. Várias experiências foram vividas por alguns destes jogadores e por outras gerações. O jogo obriga a uma atenção constante, seja aos detalhes em cada momento, seja às movimentações do adversário e do nosso companheiro, entre outras. Evitar o erro e provocá-lo no adversário coloca-nos perto da vitória. O pensamento de todos também tem de passar por ai.
Mas a preparação já começou e Fernando Santos tem contado com a maioria dos jogadores. A integração total acontece com a chegada dos espanhóis. Para já, um onze foi apresentado contra a Noruega, no particular de domingo, mas esse não será o onze que vai entrar a 14 de Junho, no primeiro jogo do Europeu. O debate vai prosseguir até sabermos qual será o onze contra a Islândia.
No programa Maisfutebol, na TVI24, fizemos todos um exercício sobre qual seria o onze a apresentar no primeiro jogo do Europeu. Não houve acordo: todos apresentamos onzes diferentes. O meu é assim:
Rui Patrício
Vieirinha, Pepe, Ricardo Carvalho, Raphael Guerreiro
João Mário, Moutinho, Danilo, André Gomes
Nani, Ronaldo
Poderei mudar um ou outro jogador nesta minha escolha e isso vai depender da resposta dos jogadores nestes jogos particulares. É apenas o meu exercício, a opinião que realmente importa é a do seleccionador. É ele quem toma as decisões.
Acredito que na sua cabeça ainda existam algumas dúvidas, que serão desfeitas no final do jogo com a Estónia, ou bem perto do jogo com a Islândia.
Não me parece que Fernando Santos tenha dúvidas, no ataque e na baliza. Nani e Ronaldo são os homens da frente, com total liberdade. Mobilidade e capacidade para desequilibrar é o que se pretende deles. Na baliza, Rui Patrício é o eleito.
As dúvidas surgem nos outros sectores. Na defesa, penso que apenas Pepe está seguro.
Falta o companheiro para a dupla e a luta nas laterais promete.
No meio campo penso haver duas dúvidas. Quem será o companheiro de Moutinho na zona central? A outra tem a ver com quem vai jogar sobre a esquerda, porque me parece que João Mário está garantido na direita.
Wembley já na proxima quinta-feira, e a despedida na Luz, a 8 de Junho, contra a Estónia, serão momentos decisivos para as escolhas de Fernando Santos. O seleccionador espera melhorias nestes jogos, o que é normal, para nos podermos apresentar na melhor condição contra a Islândia. Veremos quais serão as opções finais.
Façam-se as escolhas e, jogue quem jogar, temos capacidade individual e colectiva para passar a fase de grupos. Essa é a meu ver, para já, a nossa obrigação. O resto, jogo a jogo…

O Europeu dos consagrados ou das revelações?

Temos Quaresma ou não?
A lesão chegou em péssima altura e a questão está ainda sem resposta mas é o assunto do momento para nós.
Este Europeu começou com a França a vencer, mesmo no final, com um fantástico golo de Payet que tem uma grande história de vida - o futebol foi o seu caminho para o estrelato. Mais oito selecções, mais jogos mas para já o equilíbrio tem sido a nota dominante: a diferença mínima de golos reforça esse facto.
Alemanha e Itália foram, até a altura em que escrevo, as única seleções a vencer por dois golos de diferença. E Joachim Löw não prescinde do menino que marcou o golo na final do Campeonato do Mundo. Pouco utilizado no Bayern de Pep Guardiola, Götze tem lugar no onze da Alemanha. E, entre os mais experientes, Schweinsteiger saltou do banco para fazer o segundo golo. Continua a ser sempre forte e candidata a formação germânica.
Nestas competições estamos sempre à espera de ver quem serão as estrelas. Serão os consagrados ou surgirão outros jogadores, sem esse estatuto, a surpreender?
Pogba, Lewandoski, Modric, Ronaldo, Rooney, Iniesta, Bale, Hazard entre outros nomes estão na mira de todos: é deles que se espera um registo apreciável. Mas, como sempre, surgem surpresas e veremos se os jovens presentes como Dier, Sterling, Kapustka, João Mário e outros se afirmam e passam eles a estrelas da competição.
Uma nota só para dizer que olhar para o estreante País de Gales e não ver Ryan Giggs no onze é uma pena: a sua carreira merecia a presença num Europeu ou Mundial mas tal nunca aconteceu. Não era possível levá-lo mesmo assim? Claro que não! É a vida: com certeza estará a torcer pelo bom desempenho do seu país.
Mas vamos à nossa seleção. Saber se teremos Quaresma é a conversa que começou há uns dias e se vai manter até a hora do jogo. A sua presença no onze era uma forte possibilidade, agora a questão é saber se faz sentido jogar já ou recuperar e fazer o que seja necessário para estar bem no resto dos jogos.
Se estiver em condições e sem nenhum tipo de dúvida deve, no meu entender, jogar de início, mas como sempre a decisão cabe a Fernando Santos.
Na nossa seleção espera-se como sempre tudo de Ronaldo. Está habituado a essa pressão e expectativa por parte dos portugueses e veremos se este será o seu Europeu. À partida está entre as estrelas, mas falta confirmar. E João Mário, André Gomes, Raphael Guerreiro ou outro, não poderão também sê-lo?
Estamos prontos para começar e aguardar por bons desenvolvimentos. Mantendo a linha do que escrevi há duas semanas: o meu onze para o jogo com a Islândia teria apenas uma alteração, no pressuposto de Quaresma estar sem limitações.
Patricio está muito bem e dá segurança. Nas laterais, o adaptado Vieirinha e o jovem Guerreiro têm liberdade sempre que necessário para darem profundidade e dinâmica pelos corredores. De Pepe e o do jovem Ricardo Carvalhoespera-se solidez e acerto.Danilo estará lá para o que faltar e dar o apoio e consistência aos três médios. Moutinhopreparou-se para comandar. É isso que espero dele: liderança num sector vital e com a ajuda dos três jovens que o vão acompanhar.
De João Mário e André Gomes esperam-se desequilíbrios e perfume com a bola nos pés.
Na frente espera-se que sejam decisivos. De Ronaldo espera-se tudo: que seja o seu melhor Europeu. Quaresma seria provavelmente o eleito para fazer companhia: o que fez nos jogos de preparação chega para ganhar um lugar no onze. A sua lesão poderia fazer com que tudo voltasse ao desenho inicial, com Nani de início. Esperemos pela confirmação disto tudo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário