segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Desempenho do Santa Cruz na Série A tem atrapalhado negociações para trazer reforços

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Técnico Doriva condiciona dificuldade em contratar à situação crítica do time no Brasileiro: "É difícil até para trazer atletas que queiram abraçar esta causa"


Nenhum reforço foi confirmado ainda na Era Doriva no Santa Cruz. O treinador, que chegou no clube no início de agosto e já comandou a equipe em seis jogos, havia estabelecido como prioridade a vinda de uma lateral esquerdo, um volante, um meia, além de um atacante. Até agora, no entanto, apenas o lateral direito argentino Gabriel Vallés é o novato no elenco, mas ainda não foi oficializado pela diretoria. Por causa da má fase do Tricolor na Série A, agravada pela derrota no clássico contra o Sport, o comandante revela que se reforçar está mais difícil. Convencer atletas a virem ao Arruda tem se tornado uma batalha.   

O Santa Cruz precisa de uma campanha de equipe de G4 para escapar da queda à Segunda Divisão. Missão que fica mais improvável a cada rodada do Brasileiro. Doriva, no entanto, assegura que ele e o grupo seguem confiantes numa reabilitação. E, para contratar as peças que queriam contar desde a partida contra a Chapecoense, em 7 de setembro, o técnico reconhece a necessidade de persuadí-los mostrando que ainda é possível uma reviravolta. Discurso que, hoje, parece soar como mero blefe. Tem até sexta-feira, prazo máximo estipulado pela CBF, para fechar com reforços.

“A gente sabe que é difícil. É difícil até para trazer atletas que queiram abraçar esta causa. Você tem que tentar convencê-lo, mostrar que a gente acredita e que a gente pode ressurgir. Essa é a palavra que a gente tem que vivenciar dia a dia agora: ressurgir. A gente sabe que ninguém acredita mais, mas nós vamos continuar acreditando”, declarou.

Além dessa dificuldade para contratar, o problema se estende também ao lado financeiro. O presidente Alírio Moraes já afirmou que, antes de trazer reforços, a prioridade é pagar salários atrasados dos atuais jogadores, que estão há um mês sem receber (julho venceu em 15 de agosto). Depois de o clube ter aderido ao Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro), que o ajuda a quitar vencimentos com a União, a direção não quer acumular muitos meses em atraso com o elenco. Até porque o Santa Cruz corre o riso de ser penalizado com rebaixamento caso seja denunciado. 

Até aqui, ainda sem contar com Vallés como novo contratado coral, o Santa trouxe 13 atletas para a disputa da Série A: Bolaño, Fernando Gabriel, Roberto, Everaldo, Mário Sérgio, Marcinho, Marion, Derley, Wellington, Luan Peres, Jadson, Danilo Pires e Matías Pisano. Quatro deles (Bolaño, Fernando Gabriel, Everaldo e Marcinho) já foram desligados.

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Doriva vê erros na defesa e admite situação ruim no Santa Cruz: "Chegou numa situação limite"

Treinador coral, contudo, prega confiança no trabalho realizado no Arruda

A situação de Doriva no Santa Cruz é delicada. Desde que chegou ao comando do time coral, não venceu sequer uma partida em quatro disputadas na Série A. Ao todo, a equipe coral já não ganha há nove jogos na competição. Jejum que foi ampliado, segundo o próprio comandante, pelos erros defensivos que permitiram ao Sport, neste domingo, poder explorar as laterais do campo para fazer os cinco gols criados na etapa final. Doriva, contudo, não larga a esperança de ver o time fora da zona de rebaixamento. Em penúltimo, com 20 pontos, o Tricolor precisa tirar a diferença de sete para sair da degola.

"Foram falhas pontuais. O Sport se propôs a criar situações pelas beiradas e tínhamos que acompanhar até o final. A gente demorou algumas vezes a diminuir o espaço, os cruzamentos vieram e eles fizeram os gols. Foram falhas individuais. O futebol é assim. Se não tiver falha, não tem gol", avaliou o treinador coral. "O Sport teve um bom volume. Nós também tivemos possibilidades. Ficamos atrás por causa do volume do Sport. Fizemos algumas jogadas, mas sabemos que temos que melhorar", acrescentou.

Ainda segundo Doriva, apesar da dificuldade do time na competição, a esperança ainda sobrevive no Arruda apesar de reconhecer um cenário extremamente delicado pelo qual o time passa na competição após mais uma derrota fora de casa.

"O futuro é dificílimo. A gente chegou numa situação limite, mas futebol é acreditar até o fim", disse. "Não vamos jogar a toalha de jeito nenhum. Já foi dito isso. Quem não quiser é só procurar a diretoria que vai embora", acrescentou.

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Atletas do Santa Cruz mostram abatimento e admitem erros na defesa em clássico contra Sport

Neris e Léo Moura reconhecem apagão na marcação em jogo de cinco gols sofridos


Após o fim do jogo, o abatimento estava estampado nas faces dos jogadores do Santa Cruz. Não à toa. Por três vezes, o time esteve na frente do Sport. Deixou, no entanto, a vitória escapar no fim de forma histórica e dolorosa para os corais. Agora, o time está a sete pontos para sair da zona de rebaixamento e vê a situação na Série A cada vez mais ficar delicada. Os atletas mostraram conhecimento da situação e adotaram um discurso que demonstra tristeza, principalmente nos erros defensivos.

O Clássico das Multidões, neste domingo, foi definido pelo grande volume ofensivo do Sport nas jogadas laterais. Foi assim que surgiram os cinco gols da equipe rubro-negra no segundo tempo da partida na Ilha do Retiro.

"Infelizmente, a gente não conseguiu o objetivo. Tivemos na frente do placar três vezes. Foi uma desatenção do todo mundo na parte defensiva", lamentou o zagueiro Neris. "Enquanto tiver esperança, temos que acreditar", acrescentou o zagueiro, em tom de lamentação.

Já Léo Moura alertou para o tempo curto de recuperação. Para ele, a reação do time na competição não pode ser mais adiada. "A gente não teve maturidade para segurar o jogo. Quem quer sair dessa situação, não pode tomar esses gols. Temos que procurar sair logo dessa situação porque, se for esperar para o final, fica mais difícil", acrescentou.

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