Treinador alvirrubro não divulgou time que enfrenta o Vitória no sábado, mas revelou anotações em um caderno sobre os fundamentos dos jogadores nos treinos
O técnico Gilmar Dal Pozzo não revelou a escalação da equipe do Náutico que enfrentará o Vitória, neste sábado, no Barradão, pela Série B do Campeonato Brasileiro. O treinador afirmou que só irá confirmar o time momentos antes da partida. E para decidir quem serão os titulares não apenas nesse jogo, mas ao longo de sua carreira, o técnico disse que utiliza um caderno durante os treinos, onde anota erros e acertos nos fundamentos. Estatísticas que o ajudam.
Dal Pozzo afirmou também que não são apenas os números, obviamente, que garantem a escalação do jogador no time titular. A vontade e o comprometimento nas movimentações são fatores essenciais. E citou como exemplos o zagueiro Fabiano Eller e o goleiro Júlio César, que são jogadores experientes e seguem com o mesmo comprometimento nos trabalhos diários.
- O jogador se escala. É por merecimento. Nesses 45 dias, quem teve melhor desempenho no dia a dia ganhou espaço. Eu anoto treino a treino, e vou somando. Quem tiver mais capacidade, quem tiver mais envolvido, vai se credenciando. Quando eu cheguei eu disse que o atleta ia se escalar não pela roupa, pelo carro ou histórico, e sim dentro do campo. Temos dois campeões do mundo ali (Julio Cesar, em 2012, pelo Corinthians, e Eller, em 2006, pelo Internacional) jogando porque merecem. Eu tenho que ser verdadeiro e leal com todos os atletas.
Dal Pozzo explicou também que o uso destas anotações instiga a competitividade sadia dentro do elenco. Que o jogador sabe, de acordo com as anotações, se foi bem e como está o seu concorrente direto pela vaga.
- Eu usava isso como exemplos dos técnicos com quem trabalhei. Isso ocorria quando eu jogava. A melhor maneira de convencer o técnico é ter qualidade no trabalho. É fazer por merecer, por isso joguei em alto nível até os 37 anos. Você tem que ser leal com os atletas e ter essa competitividade entre os jogadores. É o jogador saber que eu não falo da boca pra fora. Sou muito verdadeiro entre eles. E isso cria espaço de competição entre a equipe.
Provável time contra o Vitória
De acordo com os treinos realizados pelo Náutico ao longo desta semana, a grande novidade na equipe deve ser o retorno do atacante Bergson, após suspensão pelo terceiro cartão amarelo. Dal Pozzo confirmou apenas os laterais, que serão improvisados: Rafael Pereira assume a direita, enquanto Fillipe Soutto será o lateral-esquerdo.
O time do Náutico diante do Vitória deverá ser: Júlio César; Rafael Pereira, Fabiano Eller, Ronaldo Alves e Fillipe Soutto; João Ananias, Jackson Caucaia, Willian Magrão e Biteco; Hiltinho e Bergson (Daniel Morais)
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Dal Pozzo lembra defesa decisiva em pênalti de craque para motivar Náutico
Treinador contou o momento que, para ele, foi chave na própria carreira, quando defendeu cobrança de Ronaldinho Gaúcho e ajudou Caxias a ser campeão gaúcho
Nesta semana do Náutico, o volante Fillipe Soutto afirmou se inspirar na biografia do tenista espanhol Rafael Nadal, que passou por momentos de superação ao longo da carreira para, posteriormente, se estabelecer como um dos maiores da história em seu esporte. Aproveitando a linha, o técnico Gilmar Dal Pozzo contou outra história de superação para motivar ainda mais o Timbu na importante partida diante do Vitória, no sábado. Ao contrário de Fillipe Soutto, a história de Dal Pozzo é de cunho pessoal. Quando ainda era goleiro e atuava pelo Caxias, no ano 2000, ele viveu um momento considerado chave na carreira, quando as circunstâncias eram desfavoráveis.
Dal Pozzo passava, assim como o resto do elenco do Caxias, por graves dificuldades financeiras. Ainda assim, o time venceu o Grêmio na final do Campeonato Gaúcho daquele ano e sagrou-se campeão estadual pela única vez em sua história. O título veio com direito a defesa de pênalti de Ronaldinho Gaúcho.
- Contei uma história que transformou minha vida. Em 2000, no Caxias. O técnico era o Tite. A situação lá era pior que aqui, tínhamos quatro meses de salários atrasados e fomos decidir um título com o Grêmio. Eu tinha 30 anos e nada de excepcional havia acontecido na minha carreira. Tinha duas filhas para criar... Mas tinha confiança na minha capacidade. E, aos 47 minutos do segundo tempo, conquistamos um título comigo defendendo um pênalti do Ronaldinho Gaúcho. Contei essa e outras histórias, mas cada jogador tem suas próprias histórias de superação.
O treinador utilizou esse exemplo para ratificar que a motivação dos jogadores precisa vir, antes de tudo, de dentro deles mesmos, e que o panorama do próximo sábado é um prato cheio para isso: um jogo que pode ditar os rumos do Náutico na competição, contra uma equipe qualificada na Série B.
- O profissional que não está motivado em uma reta final de campeonato, enfrentando um time de expressão, em seis jogos decisivos... Tem que ter grandeza e pedir para sair do grupo. Quantos técnicos não queriam estar nesse lugar? Com saúde, motivado, de bem com família e trabalho. Só aspectos positivos. Dessa maneira, com autoestima elevadíssima, é assim que as pessoas de sucesso conseguem seus objetivos. Esse jogo é um dos desafios da vida, e contra o Vitória será um desafio gostoso de jogar.
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Improvisados veem missão em outro setor no Náutico com naturalidade
Volante Fillipe Soutto e zagueiro Rafael Pereira, com vagas quase garantidas nas laterais, reiteram que a equipe precisa se adaptar; jogo é no sábado, contra Vitória
O técnico Gilmar Dal Pozzo afirmou, durante a semana, que havia uma tendência de utilizar jogadores improvisados nas laterais da equipe. Mesmo com atletas especialistas do setor à disposição. Na esquerda, o provável substituto de Gaston Filgueira, suspenso, é o volante Fillipe Soutto. Do outro lado, a probabilidade maior é que o zagueiro Rafael Pereira ocupe a vaga. Cientes da responsabilidade, eles afirmam que o esforço não deve ser só deles. Mas reiteram estar prontos para o desafio.
Fillipe Soutto destacou que o esforço precisa ser conjunto. Por não terem a vivência na posição, ressalta que toda ajuda é necessária.
- A improvisação no futebol depende da forma como o atleta improvisado encara o desafio. Vai depender da forma como Gilmar optar por posicionar a equipe nos outros setores. Os sistemas ofensivo e defensivo precisam se adaptar às novas peças.
Ao longo da Série B, Fillipe Soutto atuou três vezes como lateral-esquerdo: nas rodadas 12ª, 15ª e 17ª. Nenhuma com Gilmar Dal Pozzo. Ele lembrou que, embora não tenha a mesma vivência de Gaston Filgueira, precisa se esforçar para o bem comum da equipe.
- Os especialistas na posição agregam em termos de experiência, do hábito, mas os jogadores que entram por necessidade precisam encurtar esse caminho de adaptação. O ideal é que atue o atleta da posição, mas, se por opção do técnico ou necessidade, se houver a chance de outro jogador entrar, ele tem a obrigação de fazer o melhor.
- Os especialistas na posição agregam em termos de experiência, do hábito, mas os jogadores que entram por necessidade precisam encurtar esse caminho de adaptação. O ideal é que atue o atleta da posição, mas, se por opção do técnico ou necessidade, se houver a chance de outro jogador entrar, ele tem a obrigação de fazer o melhor.
Rafael Pereira, que deve atuar na lateral direita pelo segundo confronto seguido, afirmou que, apesar da improvisação, os jogadores precisam focar o jogo "perfeito", diante do Vitória.
- Temos de estar preparados para tudo. Dal Pozzo não definiu o time, mas se eu for estar em campo, a dedicação será o máximo, temos de fazer o jogo perfeito. Temos condições de fazer uma partida boa, assim como fizemos contra o Santa Cruz e contra o Paysandu.
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