Quatro anos depois, o Benfica volta a ultrapassar o Zenit e a marcar presença nos quartos de final da Liga dos Campeões. A formação russa ainda conseguiu empatar a eliminatória, com um golo de Hulk, mas a equipa portuguesa não só conseguiu carimbar o apuramento como ainda festejou nova vitória.
Um resultado que premeia a postura do Benfica, que apesar da vantagem alcançada na Luz entrou no jogo de São Petersburgo para o discutir em todo o campo. Na segunda parte, aí sim, o Zenit conseguiu encostar o Benfica às cordas e empatar a eliminatória, mas a formação orientada por Rui Vitória reagiu bem ao golpe – esquecendo até a polémica associada ao golo de Hulk – e ainda conseguiu um novo triunfo para abrilhantar o apuramento.
Aos 13 minutos já Jonas tinha obrigado Lodygin a duas defesas apertadas, comandando assim a entrada atrevida do Benfica. Pelo meio apareceu Dzyuba a ameaçar a baliza de Ederson, tirando proveito da ansiedade inicial de Samaris. O grego foi adaptado a central e acusou algum nervosismo inicial, mas depois embalou para uma exibiçao muito sólida. Uma das melhores do encontro, a par de Fejsa, que entrou para o meio-campo e travou inúmeras jogadas de ataque do Zenit.
Omnipresente, o sérvio até apareceu junto à área contrária para servir um remate de Renato Sanches que passou perto do poste (20m). Ederson só entrou em cena a seguir, quando saiu aos pés de Dzyuba na área, mas foi um livre direto de Hulk que ainda desviou na barreira a provocar o maior susto da primeira parte para o substituto de Júlio César (37m).
Encolhido até ao golpe, mas nunca abatido
Depois de uma primeira parte relativamente tranquila, o Benfica entrou em sofrimento na segunda parte. Um grande corte de Eliseu impediu que Dzyuba marcasse ao minuto 54, mas foi sobretudo a partir do momento em que André Villas-Boas refrescou a ala direita que o Zenit aumentou a pressão.
Smolnikov substituiu Anyukov e logo a seguir apareceu solto na área após canto na direita, mas acertou mal na bola e esta acabou nas mãos de Ederson (62m). Shatov rendeu Kokorin e pouco depois descobriu Dzyuba na área, mas o ponta de lança atirou ligeiramente por cima (63m).
O Benfica tinha perdido claramente o controlo do jogo, por esta altura, ainda que Jonas não tenha conseguido aproveitar uma ocasião para encerrar a eliminatória ao minuto 64, ao esbarrar uma vez mais em Lodygin.
Seis minutos depois o Zenit empatou a eliminatória. Zhirkov fugiu pela esquerda após lance em que parece carregar Nélson Semedo em falta e depois serviu o sétimo golo de Hulk ao Benfica.
Seria de esperar que o Zenit continuasse a pressionar, mesmo com algumas cautelas, mas a equipa de André Villas-Boas optou por respirar. E o Benfica, que podia entrar numa espiral de intranquilidade, até pela forma como sofreu o golo, soube recompor-se.
Só uma espantosa defesa de Lodygin impediu que Lindelof arrumasse a discussão logo a seguir, com um cabeceamento muito colocado na sequência de um pontapé de canto (72m). É verdade que Ederson também foi preponderante ao minuto 81, a negar o golo a Dzyuba, mas a coragem exibida pelo Benfica nos minutos finais foi recompensada por completo.
O confiante remate de Raúl Jiménez, defendido por Lodygin para a trave, abriu as portas dos quartos. Nico Gaitan teve apenas de fazer a bola entrar, «empurrando» depois Talisca para a festa plena.
O Benfica marca presença nos quartos de final pela quarta vez (na Liga dos Campeões) e garante desde já a maior receita de um clube português nas provas da UEFA.
LC: Benfica mantém pleno nos 'oitavos', ao voltar a eliminar Zenit
O Benfica manteve hoje o pleno de apuramentos nos oitavos de final da Liga dos Campeões em futebol, ao voltar a afastar o Zenit St. Petersburgo, repetindo 2011/12.
Portugal com 3 equipas na Liga em 17-18
LC: Benfica mantém pleno nos 'oitavos', ao voltar a eliminar Zenit
O Benfica manteve hoje o pleno de apuramentos nos oitavos de final da Liga dos Campeões em futebol, ao voltar a afastar o Zenit St. Petersburgo, repetindo 2011/12.
Desde a introdução dos ‘oitavos’ na ‘Champions’, os ‘encarnados’ somaram três presenças e seguiram sempre em frente, sendo que, além dos dois sucessos face aos russos, afastaram ainda os ingleses do Liverpool, em 2005/06.
Há 10 anos, os então comandados do holandês Ronald Koeman venceram os dois jogos face aos então campeões europeus em título, por 1-0 na Luz e por 2-0 em Anfield Road.
Face aos russos, o Benfica perdeu por 3-2 na Rússia e, depois, ganhou por 2-0 em casa, em 2011/12, para, desta vez, triunfar nos dois encontros: 1-0 na Luz e 2-1 em São Petersburgo.
Em relação às outras oito participações na fase de grupos, o Benfica seguiu diretamente para os ‘quartos’ em 1994/95 – os ‘oitavos’ só foram introduzidos em 2003/04 – e caiu prematuramente nas restantes sete (1998/99, 2006/07, 2007/08, 2010/11, 2012/13, 2013/14 e 2014/15).
A primeira presença na fase a eliminar, desde a criação da Liga dos Campeões, em 1992/93, aconteceu em 1994/95, com o conjunto de Artur Jorge a superar Anderlecht, Steaua e Hajduk Split e a cair nos ‘quartos’, face ao AC Milan.
Depois de tombar na fase de grupos em 1998/99, numa altura em que nem todos os segundos seguiam em frente, o Benfica voltou a ser bem-sucedido na edição de 2005/06, sob o comando do holandês Ronald Koeman.
Um triunfo por 2-1 face ao Manchester United, de Cristiano Ronaldo - que se despediu da Luz com um gesto obsceno -, a fechar a fase de grupos qualificou o conjunto benfiquista para os ‘oitavos’, à custa, precisamente, dos ingleses.
Depois de afastar os ‘red devils’, os ‘encarnados’ apanharam os ‘reds’, o Liverpool, detentor do troféu, e conseguiram o apuramento de forma clara.
Um golo do central brasileiro Luisão (84 minutos) valeu um tangencial triunfo por 1-0 em casa e, em Anfield Road, num embate para a ‘lenda’, a equipa lusa venceu por 2-0, com ‘golões’ de Simão (36) e do italiano Fabrizio Miccoli (89).
Depois de ‘escalar’ duas ‘montanhas’, o Benfica deparou-se com uma terceira, nos quartos de final, e caiu: o FC Barcelona empatou a zero na Luz e venceu por 2-0 em Nou Camp, onde Simão e Giovanni ainda assustaram, quando estava 1-0.
Nas três presenças seguintes, a equipa da Luz ficou-se sempre pela fase de grupos, para voltar aos ‘oitavos’ em 2011/12, sob o comando de Jorge Jesus.
De novo com o Manchester United no grupo, o Benfica seguiu junto com o Basileia – também caiu o Otelul Galati -, num trajeto sem qualquer derrota (três vitórias e três empates).
Nos ‘oitavos’, o adversário foi o Zenit e os ‘encarnados’ começaram por perder por 3-2 na Rússia, onde o agora portista Maxi Pereira inaugurou o marcador, aos 20 minutos, e o paraguaio Óscar Cardozo faturou aos 87.
Roman Shirokov, que já marcara aos 27 minutos, fixou o resultado aos 88 - Sergey Semak também apontou um tento, aos 71 -, mas, na Luz, o Benfica deu a volta, com novo golo de Maxi e outro de Nelson Oliveira, a fechar cada uma das partes.
Como seis anos antes, a equipa ‘encarnada’ começou os ‘quartos’ em casa e voltou a não ser feliz, ao perder por 1-0 com o Chelsea, para, em Londres, ceder por 2-1, após assustar, quando o espanhol Javi Garcia fez o 1-1, aos 85 minutos.
Nas três temporadas seguintes, o Benfica caiu sempre na fase de grupos, sendo que em 2012/13 e 2013/14 ‘resvalou’ para a Liga Europa e foi finalista, perdendo os respetivos troféus para Chelsea (1-2) e Sevilha (2-4 nas grandes penalidades).
Na presente época, a primeira de Rui Vitória ao comando técnico, depois de seis anos de Jorge Jesus, a equipa da Luz voltou a conseguir passar a fase de grupos, juntamente com o Atlético de Madrid. Caíram Galatasaray e Astana.
Nos ‘oitavos’, o Zenit voltou a ser o adversário, sendo que, desta vez, a eliminatória começou na Luz, onde o Benfica venceu por 1-0, com um golo do brasileiro Jonas, já em período de descontos, aos 90+1 minutos.
Hoje, em São Petersburgo, o ex-portista Hulk ainda empatou a eliminatória, aos 69 minutos, mas, aos 85, Gaitán fez o 1-1 e colocou, praticamente, o Benfica nos ‘quartos’, com Talisca ainda a selar a vitória, aos 90+6.
Portugal com 3 equipas na Liga em 17-18
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