Ele esteve presente em um dos títulos marcantes da história do Fluminense e passou também por outro grande clube nacional. Mas, na última vez que o nome de Sorlei ganhou destaque na imprensa, não foi por motivos esportivos. Zagueiro do Fluminense e do São Paulo nos anos 90, o ex-atleta se viu nas páginas policiais ao ser preso por contrabando, em 2013.
O ex-jogador foi detido durante uma investigação da polícia federal a uma quadrilha que importava de forma ilegal cigarros do Paraguai. Ele ficou preso no mesmo local onde alguns dos envolvidos da operação Lava Jato estiveram, em Curitiba. Sorlei, hoje com 42 anos, diz não se arrepender de ter se envolvido com o negócio, por uma questão de sobrevivência. E se defende ao dizer que há muita coisa pior por aí que as pessoas fazem.
"Estava numa sociedade com um amigo e resolvemos mexer com contrabando do Paraguai. Para mim e para minha família foi normal, eu estava trabalhando, não estava mexendo com nada de errado. Era só uma sonegação de imposto", minimiza. "Tem tanta coisa pior que se faz aí na política e o pessoal não vai preso. Aí eu sou preso por vender cigarro", falou, em entrevista ao UOL Esporte.
Três anos depois, Sorlei ainda responde o processo por contrabando, mas em liberdade. O assunto, no entanto, nunca foi um tabu para ele, que ressalta os prejuízos que teve na aventura. "Eu não estava financeiramente mal das pernas não, foi uma alternativa de investir o que eu tinha. Minha vida seguiu normal depois da prisão. Mas, na hora, foi bem difícil, inclusive financeiramente. Gastei muito com advogado, fiança. Mas a vida segue".
Hoje, o ex-jogador trabalha como empreiteiro - ele tem uma empresa de construção e venda de imóveis em Paranavaí, no Paraná. Curiosamente ou não, diz nunca ter cogitado seguir outra carreira relacionada ao futebol.
"Me afastei totalmente, nem pelada eu gosto de jogar. Faz 8 meses que eu não chuto uma bola. Hoje em dia eu gosto de ficar mais com a família, já fiquei tanto tempo longe dos meus três filhos por causa do esporte", conta.
uol
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