quinta-feira, 31 de março de 2016

Opinião Cassio Zirpoli



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por Cassio Zirpoli

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Após intervalo, Falcão leva nó tático de Mazola e Sport perde do CRB no Rei Pelé




Copa do Nordeste 2016, quartas de final: CRB x Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife
O Sport fez um bom primeiro tempo no Rei Pelé, jogando bastante no campo adversário, rondando o gol. Com dois minutos o estreante Diego Souza já havia deixado Lenis cara a cara com o goleiro. Com sete, o time pernambucano já havia cobrado quatro escanteios. A pressão continuou e… o CRB abriu o placar, aos 11. Começou numa falha de Luis Gustavo, que não evitou o cruzamento, e culminou com Henriquez bobeando duas vezes, no corte de cabeça e no rebote. Mesmo assim, o Leão manteve a intensidade e empatou num golaço de Lenis (que destoava até ali, é verdade). O cenário era favorável. Até o nó tático de Mazola, cuja lembrança na Ilha, acesso de 2011 à parte, não é das melhores.
O treinador mudou o time alagoano, fechando a marcação, bem atrás da linha da bola, e “oferecendo” a posse ao Sport, à espera de um erro. Afinal, o time de Falcão, seja lá a situação de perigo, só sai tocando. Levando em conta a noite infeliz da dupla de zaga (como Durval fez falta!) e a marcação à distância de Renê, cujo setor foi um propulsor de bolas alçadas, uma hora haveria o vacilo. Dito e feito, com Somália fazendo 2 x 1 aos 22 minutos da etapa final. E poderia ter feito uma vantagem maior, pois Danilo Fernandes salvou uma vez e outros cruzamentos levaram perigo, fora os contragolpes impedidos por poucos centímetros. Do outro lado, uma queda de produção incrível (e visível).
Falcão só mexeu na reta final, acionando Maicon e Luis Antônio. O primeiro para dar mais profundidade (funcionou só uma vez) e o segundo para corrigir um meio-campo sem pegada, desde a entrada de Fábio – no lugar de Gabriel Xavier, machucado. Não adiantou muito. O próprio Diego pouco fez, saindo dos seus pés a maior chance, aos 45, quando o camisa 87 acertou a trave. Com o revés em Maceió, o Sport está obrigado a ganhar sábado, na Ilha, para avançar à semi do Nordestão. Mazola não parece disposto a deixar isso acontecer…





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O gol de Rafael Costa, aos 23 minutos, deixou a já desconfiada torcida tricolor irritada além da conta. Se coletivamente o time já tinha sérias restrições, imagine com uma falha individual clamorosa, como a do zagueiro Leonardo, que protegeu a bola na linha de fundo e acabou desarmado dentro da área. Dois segundos depois a bola já estava nas redes de Tiago Cardoso. Um lance capital para deixar o jogo perigoso quase dramático. Ainda comandado de forma interina, por Adriano Teixeira, o time já estava sob os olhares do técnico Milton Mendes, instalado num camarote e atento à performance.
Em campo, a formação era a mesma que empatara com o Mequinha. Apesar do tropeço, não havia sido uma má formação, que se justificou com o decorrer do jogo de ida das quartas do Nordestão, contra o Ceará, também em crise técnica e sem técnico. Os corais pressionaram ainda no primeiro tempo, com Grafite desperdiçando duas boas chances. Pois é, o time até estava se infiltrando na área cearense, mas no abafa. A reação de fato ficaria após o intervalo, numa faixa bem específica do campo: a ponta esquerda. Melhor jogador do Santa no ano, o atacante Keno foi o nome da virada no placar no clássico regional.
Logo na retomada, ele aproveitou a boa jogada de Wallyson, que havia recebido de Grafite e driblado o goleiro. Antes do chute, Keno apareceu de surpresa e empurrou para as redes. Era o empate, com os 9.563 torcedores empurrando em busca da vantagem em Fortaleza. Até porque o Vozão não abdicou do jogo, buscando o segundo gol. O resultado (ruim, devido ao critério de desempate) parecia definido, quando, aos 46, Keno driblou o zagueiro e bateu no ângulo, 2 x 1. Golaço, revertendo aquele ceticismo de uma hora antes. Um gol para pavimentar o trabalho de Milton Mendes, cuja estreia será no Castelão. Com um empate, o Tricolor estará na semifinal. Hora para outra palavra, confiança.
Copa do Nordeste 2016, quartas de final: Santa Cruz 2x1 Ceará. Foto: Ricardo Fernandes/DP

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