quarta-feira, 27 de abril de 2016

Raio-X do Nacional: o que o Timão precisa fazer para vencer no Uruguai

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Corinthians dá atenção a rebotes em jogo contra o Nacional, que gosta de bolas longas. Triangulação na saída será fundamental em gramado mais pesado


Antes da definição das oitavas de final da Taça Libertadores, o técnico Tite, do Corinthians, dizia que preferia não enfrentar um rival brasileiro logo de cara. O comandante alvinegro não esperava, porém, um adversário duro como o Nacional, do Uruguai. As duas equipes iniciam a definição de uma vaga na próxima fase a partir desta quarta-feira, às 21h45 (horário de Brasília), no Estádio Parque Central, em Montevidéu.

O GloboEsporte.com analisou os principais pontos do rival do Timão: as forças, as fraquezas e as armas que Tite tem nas mãos para tentar levar um bom resultado para São Paulo, no jogo de volta das oitavas.
O Nacional vive boa fase e já ajudou a eliminar o Palmeiras da Libertadores com duas vitórias na etapa de grupos. O Corinthians pode tirar lições de seu maior rival para não sofrer com os mesmos problemas.

PONTOS FORTES
Segunda bolaO Nacional (e os clubes uruguaios em geral) gostam de jogar com bolas longas, lançamentos diretos dos zagueiros e volantes para o ataque. Assim, o time está atento a todas as bolas rebatidas pelo adversário. Nomes como Barcia, Ramírez e Gonzalo Porras estão bem posicionados para receber os rebotes, municiar os atacantes e pegar as defesas mal postadas. Tite sabe disso e mostrou aos seus jogadores, em treino tático no Parque Central, a importância de recuperar essa segunda bola.
Movimentação do ataque
O brasileiro Léo Gamalho é reserva da equipe treinada por Gustavo Munúa porque é um atacante mais fixo na área. O Nacional joga com Nico López e Sebá Fernández se movimentando muito de um lado a outro, confundindo a marcação e gerando espaços para quem vem de trás. Normalmente, López atua mais solto, por trás, com Fernández recebendo as bolas para finalizar.
Gramado
Acostumado à Arena Corinthians, o Timão tem mais dificuldades quando encontra um gramado pesado como o do Parque Central. A tendência é de que ele não seja irrigado horas antes da partida. Isso favorece o jogo do Nacional, mais físico, que usa o estádio como vantagem em partidas apertadas. Por isso, os uruguaios fizeram questão de atuar em casa e descartaram a possibilidade do Estádio Centenário, muito maior e sem pressão.
Repetição do time
Apesar do surto de caxumba que invadiu o elenco no mês passado, o Nacional costuma mudar pouco sua formação. O setor ofensivo, principalmente, é bem entrosado com Barcia, Ramírez, Fernández e Nico López. Romero e Gonzalo Porras voltam a formar a dupla de volantes, mais postada na zona intermediária do campo. O técnico Gustavo Munúa tem um time limitado tecnicamente, mas que exerce bem as funções táticas em campo.
PONTOS FRACOS
Jogo muito físico
Com o Nacional, não há dividida perdida. A raça e entrega em campo são fundamentais, mas, nesta Libertadores, o excesso de vontade tem sido prejudicial. A equipe uruguaia é a que tem mais cartões vermelhos na competição: são quatro expulsões, duas delas no jogo de ida contra o Palmeiras, em São Paulo, quando Fucile e Léo Gamalho saíram mais cedo de campo.
Gabriel Jesus Fucile Nacional Palmeiras Libertadores (Foto: Marcos Ribolli)Fucile teve trabalho com Gabriel Jesus, do Palmeiras. Lucca cairá no setor do lateral (Foto: Marcos Ribolli)
Defesa lenta
A linha de quatro defensores do Nacional sofre para ganhar créditos porque costuma falhar no jogo aéreo. Diego Polenta é o nome mais seguro do setor, enquanto o lateral-esquerdo Espino fez gol no jogo contra o Fenix, neste fim de semana. Pelo lado direito, velhos conhecidos da torcida brasileira: Fucile, ex-Santos, e Victorino, ex-Cruzeiro e Palmeiras, são lentos e costumam deixar espaços. Chance para Lucca, Uendel e Rodriguinho naquele setor.
COMO VENCER?

O jogo do Corinthians tem de passar porRodriguinho e Elias, os dois que estão em melhor conceito com Tite no meio-campo. Rodriguinho recuperou vaga entre os titulares e barrou Guilherme, que é mais agudo, mas não é um “box to box”, aquele jogador que vai da zona intermediária da defesa até o ataque para iniciar a construção das ações.
Pela direita, Alan Mineiro será importante se tiver absorvido melhor o movimento de ir para a faixa central do campo e deixar Fagner atuar quase como um ponta. As triangulações pelos dois lados, com velocidade, são determinantes para o Timão furar a zaga uruguaia.
globo.com

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