segunda-feira, 20 de junho de 2016

Os reais objetivos de Náutico, Santa Cruz e Sport no Campeonato Brasileiro

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A rodada do Campeonato Brasileiro deixou claro que os clubes da capital vão penar para conseguir seus objetivos na competição. Na Série A, Sport e Santa Cruz terão que lutar muito para fugir da degola. E na Série B, o Náutico vai brigar pelo acesso, mas não terá vida fácil. Não é porque as duas competição estejam com o nível técnico elevado. Não há um super-time, aquele que vai disparar na tabela e garantir o título com várias rodadas de antecedência (pelo menos, até agora não dá para ver isso). O problema é que os clubes pernambucanos erraram demais. 

Nesse caso, o torcedor do Santa Cruz deve estar se perguntando: como o Tricolor errou demais se conquistou tudo o que disputou no primeiro semestre? Verdade, o time coral fez bonito no Estadual e Nordestão. Mas também é verdade que não tinha (e não tem) um elenco para suportar uma competição de pontos corridos. O Santa Cruz começou o Brasileirão com a proposta de jogar nos contra-ataques, o que é bastante coerente. Mas falta peças de reposição para suportar a sequência de jogos. Jogadores que se encaixaram bem no ritmo dos jogos decisivos do mata-mata, agora, não rendem mais. E fica difícil encontrar peças de qualidade no mercado para fazer a troca.

Contra o Palmeiras, mesmo com todas as dificuldades, o Santa Cruz estava suportando o futebol do líder do Brasileirão. Mas tomou um gol após arremesso de lateral que é algo inaceitável. Depois sofreu um gol de falta. Aí, tudo desandou. No segundo tempo, o Santa Cruz diminuiu o placar, até criou chances para empatar, mas não acertou o pé. O Palmeiras fez o terceiro. A base do time coral é a seguinte: Tiago Cardoso, Néris, Uillian Correia, João Paulo, Keno e Grafite. Todos precisam estar inteiros para o time ter confiança. E contra o Flamengo, o Santa não terá Néris e Uillian Correia (que expulsão boba, hein?!), que cumprem suspensão. Situação complicada.

O Náutico tem no técnico Alexandre Gallo o seu trunfo. Isso porque no elenco alvirrubro não tem estrelas que possam decidir. O treinador valorizou o conjunto. E está certo. O Náutico joga em velocidade. Seja atuando em casa ou fora. O setor ofensivo engrenou. Todos têm participação importante nos jogos. Esse tem sido o diferencial do Timbu na competição e, por isso, me surpreende pela velocidade que o time encaixou um estilo de jogo. Mas o que falta ao Náutico (assim também como para Sport e Santa Cruz) é a tal regularidade.

Depois da derrota contra o Vasco, fora de casa, numa partida em que o time esteve bem e criou chances para vencer, o Náutico tinha obrigação de vencer o Bragantino, time que está na zona de rebaixamento. O problema é que o time se atrapalhou com a marcação forte do Braga. Para completar, sofreu um gol bobo, em que a defesa (em total desorganização) ficou assistindo à bola "chuveirando" na área. Claro que uma competição longa como essa, as surpresas desagradáveis acontecem. Mas essa aconteceu por desleixo do time. A derrota só não aconteceu por conta do pênalti convertido por Bergson nos acréscimos. Após a partida, Gallo responsabilizou o gramado do Arruda como o fato que atrapalhou o time. Tudo bem que o piso não é parecido com a Arena. Mas não poderia esconder o mau futebol do time. Independente de qualquer coisa, para manter o ritmo, o Náutico tem que vencer fora e mostrar realmente qual o seu papel na Série B.

No domingo, o Sport venceu na base da raça o Fluminense, por 2 a 1. Esse jogo era daqueles em que a vitória não poderia escapar. O time carioca não está lá com essas bolas todas e o Leão precisava mostrar que continua com fôlego para entrar de vez na briga contra a degola. Além do mais, na próxima rodada, o Sport vai pegar o São Paulo no Morumbi, onde nunca sequer empatou. Portanto, o jogo contra o Flu tinha que ter a conquista dos três pontos. E ela veio graças vontade de um meia que desequilbra: Diego Souza. 

Quando pediu para voltar ao Sport, muitos podiam pensar que Diego Souza queria a "moleza" de ser ídolo. Afinal, no Fluminense (clube onde estava antes de voltar para a Ilha do Retiro), ele era apenas mais um.  Mas nesse seu retorno, Diego está mostrando um futebol muito mais participativo do que neste mesmo período no Brasileiro do ano passado. Vem ajudando à marcação, jogando à vontade, se movimentando em todos os setores do campo ofensivo e marcando gols. A arrancada que deu no finalzinho do jogo para marcar o gol da vitória sobre o time carioca mostrou que ele não está brincando. Mostrou também que o Sport vive a "Diego dependência", o que é pouco para a disputa do Brasileirão.

Se por um lado Diego Souza brilha, na defesa, Renê caiu demais de rendimento. Gosto do futebol do lateral-esquerdo do Sport. Mas nesta temporada, não lembro de uma partida marcante. Contra o Flu, ele praticamente deu o passe que originou o gol de Magno Alves. Acredito que Renê ainda vá evoluir. Voltar a mostrar o futebol que o fez ser titular absoluto do time. Mas precisa ser logo. Destaquei Renê porque sei que ele pode render mais. No entanto, o problema do Sport não está lateral esquerda. Continua sendo na falta de peças de qualidade no grupo. O Leão não faz uma temporada boa. Portanto, para se equilibrar, vai precisar ainda de muitos jogos. Só o tempo vai dizer se Oswaldo de Oliveira será capaz de garantir um padrão de jogo ao Leão. 

autor : Marcelo Cavalcante - globo nordeste

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