quinta-feira, 29 de outubro de 2015

opinião dos blogueiros

Resultado de imagem para flag brasil


O talento, a organização tática e a juventude contra o dinheiro, a desorganização e a empolgação de um estádio que tem vida. Santos e Palmeiras decidem a Copa do Brasil de 2015. Pela primeira vez dois paulistas na decisão…


Uma mistura empolgante do talento com a organização tática. Da velocidade e vontade dos garotos com o sangue frio e competência dos veteranos. O Santos. Do outro o dinheiro, time instável, bom do meio para a frente, excelente na bola aérea, que se sustenta em um estádio com vida. O Palmeiras.

Os dois despacharam seus rivais nas semifinais da Copa do Brasil. A equipe de Dorival fez o que quis contra o pobre São Paulo de Doriva. Poderia ter conseguido uma goleada histórica na Vila Belmiro, se seus jogadores não se poupassem depois dos 3 a 0. Acabou 'apenas' outro 3 a 1. No placar combinado, somando as duas partidas, 6 a 2.
Já o time de Marcelo Oliveira mostrou toda a tensão, a instabilidade que o caracteriza. Time que se abala psicologicamente de maneira juvenil. Com péssimo poder de marcação no meio de campo. E que depende de jogadas individuais ou cruzamentos aéreos. Seu conjunto se equivaleu ao do Fluminense. Perdeu no Maracanã por 2 a 1. Venceu pelo mesmo placar em São Paulo. Passando um sufoco lastimável no final da partida. Culpa do seu treinador que escancarou o time e abriu toda a possibilidade para o desastre na arena palmeirense. Deu sorte.
E seu time conseguiu sua vaga nos pênaltis. Por 4 a 1. Com Fernando Prass sendo decisivo, como foi na partida. Só por ele o Palmeiras chegou à decisão.
Pela primeira vez dois times paulistas decidirão o título. Desde 1989 quando a Copa do Brasil começou a ser disputada, nunca equipes de São Paulo fizeram a final.
Impossível não colocar o Santos de Dorival Júnior como favorito.
A vaga para a Libertadores vale muito para os dois clubes.
O caminho dos dois times foi completamente distinto nesta quarta-feira inesquecível. A começar pelo Santos de Dorival Júnior. Sua equipe em 23 minutos massacrou o São Paulo de Doriva. A cada partida fica claro que ele não tem maturidade, conhecimento tático e nem domínio dos jogadores.


Sua aposta foi absurda. Encarar o Santos de maneira aberta na Vila Belmiro. Apostou no 4-3-3 escancarado diante da equipe que nasceu para contragolpear. O time de Doriva tinha uma marcação frouxa, com os setores do time completamente separados. Cada vez que os santistas roubavam a bola e ela caía nos pés de Lucas Lima era desesperador.
Ele foi o maestro santista no jogo. Foi incrível a liberdade que encontrou. O São Paulo simplesmente se recusava a marcá-lo. Foi muito fácil fazer lançamentos, driblar, passar, desfilar durante o jogo. Com tanta liberdade, ele foi peça fundamental na vitória santista.
Os gols foram saindo naturalmente. Ricardo Oliveira, dois e Marquinhos Gabriel fizeram. E o time sossegou. Já havia garantido a classificação. Diminuiu o ritmo. Seus jogadores se contentavam em fazer o tempo passar. Doriva cometeu enorme bobagem que não passou despercebida no São Paulo. Escalou Alan Kardec, Luís Fabiano e Pato no ataque. Depois, perdendo, o treinador tirou Luís Fabiano e colocou o volante Wesley. Tinha medo de passar muita vergonha na Vila Belmiro.
Doriva fez exatamente o contrário do caminho lógico. Primeiro precisa entrar com o time compactado, organizado. E aos poucos pode crescer na partida. E se for preciso, colocar três atacantes. Que não marcam. Só ficam esperando pela bola. Depois de tomar três gols, o treinador resolveu mexer, tirando Luíz Fabiano. A semifinal estava decidida. No segundo tempo, o Santos se poupou. Tomou um gol são paulino, de Michel Bastos, mas não se abalou. Sabia que seu bagunçado rival havia ido ao seu máximo. A classificação para a decisão foi muito tranquila, serena.
Foi impressionante o talento de Lucas Lima, os arrancadas de Gabriel, e a movimentação e frieza de Ricardo Oliveira, a onipresença discreta de Renalo. A dedicação de toda a equipe. O Santos está de maneira muito justa nesta semifinal. E o São Paulo eliminado. Resta a esperança de Libertadores no Brasileiro. A chance de Doriva sobreviver no Morumbi diminui cada dia. Cuca e Falcão seguem como favoritos para assumir o time em 2016.
Já o Palmeiras foi a imagem e semelhança de seu treinador. Marcelo Oliveira está muito instável psicologicamente. E complicou uma partida relativamente fácil. Seu time havia perdido por 2 a 1 no Rio. O placar foi tão justo porque Vuaden inventou um pênlti em Zé Roberto.

Ele tratou de usar toda a vida da nova arena palmeirense. Apelar os 48 mil que tornavam o estádio um inferno para o Fluminense. Surpreendeu colocando o garoto Matheus Sales como volante e ele marcava muito forte. Ao lado de Amaral. O restante do meio de campo e ataque estavam liberados para tentar reverter o resultado do Maracanã.
E foi na base do sufoco, que o time abriu 2 a 0. Aos 17 minutos, os gols obrigatórios saíram. Lucas Barrios mostrou seu oportunismo. O Fluminense lutava e tinha em Fred, sua estrela, o exemplo de dedicação. Aos 47 minutos, Breno Lopes comete pênalti em Lucas Barrios, mas Daronco não percebe.
Aos 17 minutos do segundo tempo, Marcelo Oliveira se vê obrigado a tirar Robinho. E coloca em campo Rafael Marques. Escancarou o time. Ajudou o Fluminense. O time carioca cresce no jogo. Marca seu gol. Gerson cruza e Fred, mesmo contundido, faz de cabeça. 2 a 1.
A partir daí foi um sufoco. Com os cariocas encurralando o abalado dono da casa. Se não fosse Fernando Prass, que fez ótimas defesas, o time seria eliminado. O lance mais incrível aconteceu aos 47 minutos, quando Oswaldo cruzou e Fred, livre, tocou para o gol. O goleiro conseguiu salvar.
Vieram os pênaltis. Rafael Marques, Jackson, Cristaldo e Allione marcaram. Jean fez para os cariocas. Fernando Prass defendeu o de Gustavo Scarpa. Gum chutou para fora. 4 a 1, Palmeiras.
O Santos se impôs sem susto. Os palmeirenses mostraram sua instabilidade para chegar à final.
Impossível não acreditar que o time de Dorival é favorito.
O Palmeiras terá duas partidas para tentar reverter a lógica...
Cosme Rimolí
----------------------xxxxx--------------------------------

Muricy se vê evoluído, prepara volta e lista clubes que acha interessante


São quase 7 meses sem exercer a função de treinador de futebol. O tempo já foi o bastante para Muricy Ramalho, afastado por obrigação para cuidar da saúde. Reabilitado, a expectativa agora é a de que possa iniciar um trabalho ainda no final deste ano em um grande clube do Brasil e provar os conceitos adquiridos durante o tempo inativo. "Precisa por em prática. Tenho as ideias, mas quero ver como elas funcionam. Vão encontrar um técnico mais interessado e evoluído".
Muricy está em Barcelona há uma semana a convite de Neymar dos Santos, o pai de Neymar, para conhecer a fundo o Barça. Na cidade, atendeu à reportagem doUOL Esporte e disse estar vivendo a maior experiência da carreira. Ao ver a administração do clube e o time de Luis Enrique treinar, destacou ter ganhado a inspiração que faltava para voltar ao cargo de técnico.

Entre clubes que gostaria de treinar, Muricy diz ter várias opções. Relevaria problemas políticos para voltar ao São Paulo pela questão sentimental ou apostaria no bom relacionamento com o Internacional. Fez também elogios ao Palmeiras, clube o qual julga como bem estruturado e promissor. Citou também Cruzeiro e Atlético-MG como equipes historicamente com boa estrutura. Mas ressaltou que não conversou com nenhum clube.
UOL Esporte: O que achou de conhecer o Barcelona?
Muricy: Aqui era mesmo o que eu imaginava. Queria vir, mas conhecer a diretoria, ver como eles pensam e como se organizam. Aqui são profissionais que cuidam do futebol. Não é treinador que chega aqui e vai mudar alguma coisa. O argentino lá, o Tata Martino, sofreu por não se encaixar na filosofia. Agora estou vendo de perto. Na base, no feminino, no profissional, é tudo uma metodologia a ser seguida. A base aqui me empolgou. Para você ter uma ideia eu conheci os dois fisioterapeutas da base, e eles são ex-jogadores do clube. Então aqui se forma o social, é um negócio diferente.

E acha que isso pode ser seguido no Brasil?
Muricy: Eu tive um convite para cuidar disso a fundo no São Paulo. Tentar implantar isso, uma coisa parecida. Eu ia treinar o profissional, mas em uma ou duas vezes por semana iria a Cotia ajudar lá. Ajudar a criar um padrão. Mas a verdade é que para isso dar certo no Brasil é necessário tudo que tem no país acabar e começarmos novamente. Não adianta imaginarmos a viabilidade, pois isso é um aspecto cultural, de educação.
O que mais você gostou aqui foi conhecer a base?
Muricy: Foi a gestão como um todo. Me chamou a atenção. O treinador aqui fica com a liberdade para trabalhar, mas seguindo uma linha do clube. Isso é um respaldo muito grande. Aqui acontece um erro como o do Bartra no domingo - zagueiro errou passe na saída de bola e o Eibar fez 1 a 0 contra o Barça no Camp Nou - e você não ouve o treinador berrar e nem a torcida vaiar o zagueiro. E ele depois disso saiu várias vezes jogando, pois é um conceito que eles não abrem mão e a torcida comprou a ideia.
A filosofia do Barcelona não cabe no Brasil?
Muricy: Ela é viável em algumas coisas. Eu tinha posse de bola com o São Paulo. Como a gente era um time lento, sem velocidade na frente, jogadores pesados como o Luis (Fabiano) e o Ganso, que é de posse, nós tinhamos que chegar com ela no pé. Só que no Brasil se acontece o que aconteceu com o Bartra ele não joga nunca mais. A torcida vai xingar, vai ser criticado pela imprensa, pelos dirigentes, e vai acabar que o treinador vai tirar o cara. Isso é muito complicado de implementar isso no Brasil, mas pode acontecer dependendo do técnico. No meu caso eu sou costas largas e seguro a bronca.

Pelo que conheceu no Barcelona, acredita que os treinadores no Brasil estão defasados?
Muricy: As pessoas confundem. Nós não estamos tão ruim de treinador. Muitos chegam aqui para estudar, mas não adianta querer implementar o que se aprende, pois não vai dar certo. Só que nosso pensamento de gestão é antigo. O (Carlos) Ancelotti, Luis Enrique, Guardiola, são mais evoluídos que nós como treinadores pelos clubes que trabalham. No Barcelona, por exemplo, você tem uma variação de 3-4-3 para 4-3-3 e sempre será assim. O Vanderlei (Luxemburgo) quis implementar outra coisa no Real Madrid e caiu. Não adianta lutar contra a cultura deles. Eles são mais evoluídos nesse sentido: têm uma mentalidade padrão Europa e a respeitam. É ela é bem melhor que a nossa mentalidade.
 E a visita te deixou com vontade de voltar a ser técnico?
Muricy: Não tinha muita vontade de voltar, mas achei a inspiração. Estou com saudades da bola e voltei a gostar do futebol e do dia a dia. Claro que daqui a pouco volto para a minha realidade no Brasil, mas não é um problema. Achei muita coisa boa que quero levar. Estou fazendo 25 anos como técnico e foi a melhor experiência que tive no futebol. Não é algo astronômico, complicado. É objetivo. Isso achei muito legal.
E o grande clube brasileiro que contratar o Muricy vai encontrar o que de novidade?
Muricy: Vai encontrar um técnico mais interessado. Com a melhoria do próprio clube, com a melhoria do jogador, e do ambiente. Cada vez que você dá um tempo para descansar e estudar, acaba evoluindo. Vão encontrar um treinador evoluído.
Se acha taticamente mais evoluído?
Muricy: Precisa por em prática. Tenho as ideias, mas quero ver como elas funcionam. Pode ser que com treinador de mais peso, os jogadores confiem e entendam o que você quer passar. Não adianta passar para o cara diminuir espaços se ele não confiar no treinador. Aí ele acha que o campo fica grande e tem risco de erro maior. Com a experiência que tenho acho que ainda posso ajudar no futebol brasileiro. Hoje no Brasil os times estão mais compactados, mas outras coisas ainda podem ser melhoradas bastante. O pensamento é escolher um time com boa estrutura, que possa ganhar.
E qual o time que te agrada mais para comandar no momento no Brasil?
Muricy: Tem vários times. Claro que a gente não pode falar o nome, mas tem vários. Estou olhando. Hoje tem times que se encaixam com mais facilidade, como é o caso do Internacional e do São Paulo, que eu já trabalhei. Mas tem outros grandes times que mudaram a mentalidade, de organização e vão ser times de futuro no Brasil. Times que sempre foram muito grandes, mas tinham muito problemas internos. A gestão desses clubes melhorou e você precisa ficar de olho nesse mercado também. Existem os grandes que sempre foram bem estruturados como Cruzeiro e Atlético-MG também. Só que também existem os clubes que compraram a ideia de cuidar da dívida e se equilibrar. Daqui a pouco vão dar o estirão e quero ver segurar.
Só que se a ideia é escolher time estruturados, bem geridos, o São Paulo não sairia da sua lista pela crise política que vive?
Muricy: O São Paulo tem mais que um lado racional. Você faz ideia do que é andar na rua e ser parado a todo momento por um torcedor do clube? Ou estar em casa vendo um jogo de Libertadores, como foi contra o Cruzeiro -quartas de final da última edição - e 40 mil pessoas gritarem o seu nome. Então aí já é uma questão sentimental. O São Paulo é um clube que nunca seria descartado por tamanha gratidão que tenho a eles.
Mas o cenário político do clube te assusta?
Muricy: Assusta. E estou decepcionado. É um clube gigante e que e parece simples não viver uma situação como essa. Mas todo mundo quer mandar, dar pitaco. Aqui no Barcelona você não vê nenhum dirigente em treinamento. Cada um no seu lugar. O São Paulo quando eu voltei - setembro de 2013 - aquilo ali era um desastre. Aos poucos as coisas foram se ajeitando, então dá para imaginar que a reestruturação pode ser rápida.
Sua decepção é com o Aidar?
Muricy: A minha relação com ele sempre foi contratado e contratante. Ele me ligava, queria saber se estava bem de saúde. Mas eu sabia dos problemas de bastidores do clube sempre por boatos. A decepção é na política como um todo. Só que dava para imaginar que uma hora a coisa ia estourar por ali.
Então a sua escolha de clube depende do que como prioridade? Bom elenco? Estrutura? Liberdade de trabalho?
Muricy: Sempre fui bem em escolhas de clube. Eu acho que a captação de um plantel não é a prioridade. Claro que quero começar um trabalho em dezembro, montar elenco, ligar para jogador, mostrar o trabalho, mas não é isso. O clube precisa ter uma gestão profissional e se organizar como um todo. O Palmeiras é um caso de boa gestão e que entrou na linha. Clube que voltou a ter o respeito de grande e deixa cada um com sua função. Um clube promissor.
E do mesmo jeito que você sente gratidão pelo São Paulo, acha que deve algo ao Palmeiras?
Muricy: Näo sinto que devo nada a nenhum clube. No Palmeiras eu passei por lá sem conquistar títulos, tive momentos ruins. Mas o trabalho desenvolvido foi o melhor no momento. É aquilo que falo: você vai até o limite do seu espaço, e hoje as coisas são diferentes. Vejo mais espaço para trabalhar em muitos clubes. A gestão do futebol brasileiro, dos clubes brasileiros, melhorou muito. Muito mesmo.
E está acompanhando o futebol brasileiro? Tem times que você gosta mais de ver jogar?
Muricy: Eu assisto jogo de futebol o dia inteiro. Vejo da Inglaterra, Espanha, Alemanha, e assisto tudo que posso no Brasil. Mas é o tal negócio: no Brasil tem dez jogos acontecendo de uma vez só, e como tenho que escolher o time que vejo é o Santos. Depois o Atlético Mineiro. São times vistosos, de velocidade, saída de bola rápida. O Dorival (Júnior) - treinador do Santos - também esteve aqui no Barcelona e faz um trabalho incrível. Tem o Lucas Lima que para mim é o melhor jogador do campeonato. Gosto dessa coisa de molecada e velocidade do Santos. Muito legal ver jogar.
Mas o Corinthians, que está bem, à frente não te empolga?
Muricy: O Corinthians é bom. Muito tático. É só uma questão do que eu prefiro ver do futebol. O Tite faz um trabalho fantástico, claro. Poxa, é de tirar o chapéu ver o que ele fez com o time tendo perdido jogadores. Você faz ideia do que é sair um jogador como o Guerrero? A cada um que saia imaginava que o time ia cair de rendimento, mas não. É um belo trabalho do treinador. 
João Henrique Marques
Do UOL, em Barcelona (Espanha)


Final paulista na Copa do Brasil repete a final mineira de 2014


O Santos passeou na Vila Belmiro e voltou a passar facilmente pelo São Paulo por 3 a 1 e está na final da Copa do Brasil.
O Palmeiras sofreu na sua casa, mas devolveu o 2 a 1 do Maracanã e eliminou o Fluminense nos pênaltis.

As finais serão nos dias 25 de novembro e 2 de dezembro.
Santos e Palmeiras repetirão a decisão do Paulistinha.
Santos e Palmeiras repetem Atlético Mineiro e Cruzeiro na decisão do ano passado, quando Belo Horizonte era a capital do futebol brasileiro, que volta a ser São Paulo.
A primeira decisão paulista da Copa do Brasil teve quatro personagens a saber: Lucas Lima e Ricardo Oliveira no Santos e Fernando Prass e Lucas Barrios no Palmeiras.
Lucas Lima comanda o Santos e Ricardo Oliveira fez mais dois gols ontem.
Fernando Prass evitou o empate no fim do jogo e ainda pegou um pênalti e Barrios fez os dois gols alviverdes.
Marcelo Oliveira fará sua quarta final de Copa do Brasil, duas pelo Coritiba, em 2011 e 2012, uma pelo Cruzeiro, em 2014, e agora buscará seu primeiro título do torneio.
Se não bastasse, Santos e Palmeiras lutarão pelo G4, que já pode ser G5, no domingo que vem, na Vila Belmiro.
E por que pode ser G5?
Porque nenhum clube brasileiro segue na Copa Sul-Americana, com as eliminações do Atlético Paranaense e da Chapecoense.
Juca Kfouri
----------------------------xxxxxx----------------------

A pressa do Palmeiras não é só a ligação direta. É a falta de passe


O Palmeiras foi melhor por dezessete minutos, tempo suficiente para fazer dois gols e abrir a vantagem necessária, já que todo mundo sabia que o time iria sofrer um gol. A partir daí, o Fluminense foi posse de bola, o Palmeiras, pressa.
É incrível, como a bola bate no ataque e volta para a defesa. É como se a alma de Felipão ainda estivesse habitando o Allianz Parque. Ou os velhos times de Rubens Minelli, que não conseguiam nos anos 80 furar defesas adversárias com trocas de passes, o que fazia a torcida comemorar escanteios.
O erro do Palmeiras atual não é só a ligação direta, repetidas vezes criticada. É a falta de alguém com capacidade para saber a hora de tocar de lado. Exemplo disso foi a jogada do gol do Fluminense. Dudu recebeu o passe na intermediária defensiva e partiu em velocidade. É sempre assim, mesmo quando o time consegue fazer o primeiro passe com qualidade. Quando chega aos três meias, logo atrás de Lukas Barrios, é correria pura. Dudu arriscou a jogada profunda, errou o passe, ofereceu o contra-ataque e Gérson deixou Fred frente a frente com Fernando Prass.
Antes do gol de empate anunciado do Fluminense, o Palmeiras marcava certo em quase todos os setores. Quase, porque Scarpa é um jogador especial, que entende as circunstâncias táticas e as explora. Veja o desenho tático da partida aqui, abaixo:
palmeirasxflu






Dudu dava o primeiro combate a Cícero. Mas Dudu não desarma, só cerca. O passe de Cícero era sempre limpo. Chegava aos laterais, porque os meio-campistas, Jean e Vinicius, eram bem marcados por Amaral e Matheus Sales — um talento!
Scarpa quebrava esse formato escapando da esquerda, sem perseguição de Lucas. Se o lateral o seguisse, abriria o corredor para Breno Lopes. Não dava.
No primeiro tempo, o Fluminense já esboçava a superioridade latente do segundo tempo. Não que o Palmeiras seja um time ruim. É um time sem o meio-campista que pense.
Vai fazer falta na final.
Mas há um ingrediente delicioso desses que o acaso promove ao futebol. O Santos pediu à CBF o adiamento do primeiro jogo decisivo. E isso pode permitir ao Palmeiras melhorar seu meio-de-campo, recuperar Arouca, talvez até Gabriel. Em 25 de novembro, o Palmeiras será mais forte do que a equipe que precisou dos pênaltis para chegar à decisão.
pvc 

---------------------xxxxx-------------------------

Aliviado com extradição, Marin agora tem pressa para se defender


A sensação de José Maria Marin ao saber que a Suíça aceitou o pedido de extradição feito pelos Estados Unidos e ao não recorrer da decisão foi de alívio. Isso porque terminou o martírio de ficar preso em território suíço sem saber qual seria seu futuro.
Agora o ex-presidente da CBF pelo menos consegue imaginar quais serão seus próximos passos. A transferência para os Estados Unidos acontecerá até o próximo dia 7. A partir daí, ele vislumbra a chance de aguardar o processo em prisão domiciliar em seu apartamento em Nova York após um período numa cadeia federal dos Estados Unidos.
Com isso em mente, o cartola está com pressa para começar a se defender das acusações de conspiração para lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro americano e ver o processo chegar ao fim o mais rápido possível. Ele diz ser inocente, mas até agora se aprofundou pouco no assunto pois o tema central era conseguir impedir a extradição para retornar ao Brasil.
Ao chegar aos Estados Unidos e pedir a prisão domiciliar, o cartola também saberá oficialmente de quantos milhões será a fiança para que ele possa responder ao processo em seu apartamento em Nova York.
Os advogados de Marin sempre descartaram a possibilidade de ele fazer um acordo de delação premiada para conseguir benefícios como a prisão domiciliar. Isso porque o ex-presidente da CBF diz que não existe crime a ser confessado e nem criminosos para entregar. Porém, ele deve responder tudo o que for perguntado sem criar problemas que possam impedir que tenha uma situação melhor até ser julgado.
Uma demonstração de que os americanos já têm o brasileiro sob controle desde que a extradição foi definida é o fato de seus advogados terem sido orientados a não dar manifestações até que Marin chegue nos Estados Unidos, conforme o blog apurou junto a uma fonte que acompanha o caso. A orientação está sendo seguida.
perrone

---------------xxxxxx----------------
Santos volta a humilhar o “freguês” São Paulo e está na final da Copa do Brasil. Palmeiras vence o Fluminense e garante o vice-campeonato. Na Sul-Americana, brasileiros ficam pelo caminho
O Doriva é gente boa e bem intencionado, mas está completamente perdido. O Santos engoliu, tal qual a baleia de Jonas, o pequeno São Paulo.
Precisando golear o Santos, o técnico do São Paulo cometeu suicídio futebolístico ao ir para cima do talentoso time do Peixe.
Merecendo a titularidade da Seleção Brasileira, Lucas Lima só não fez chover na Vila Belmiro.
O camisa 20 com a alma de 10 participou dos três gols do Santos, que foram marcados por Ricardo Oliveira (2) e Marquinhos Gabriel.
Michel Bastos descontou para o São Paulo. Placar geral, 6 x 2.
Doriva tirou Luis Fabiano ainda no primeiro e substituiu o “lesionado” Rogério Ceni no intervalo.
Torcedor do São Paulo, não se surpreenda se o São Paulo terminar o ano com Falcão ou Muricy Ramalho como técnico.
Agora, o Santos está com uma mão e meia na taça, enquanto o São Paulo vai lutar por uma vaga no G-4 do Brasileirão.
Que fase, hein, Tricolor?
Palmeiras 2 x 1 Fluminense
O Palmeiras mostrou o peso de sua camisa e com poucos minutos de jogo marcou dois gols no Fluminense.
Lucas Barrios marcou duas vezes e foi ovacionado pela torcida do Palmeiras.
Fred descontou para o Tricolor e o jogo foi para os pênaltis.
Nos penais, o Verdão levou a melhor e avançou na Copa do Brasil.
Com o vice-campeonato garantido, já que vai perder os dois jogos para o Santos, o Palmeiras precisa focar na briga pelo G-4 do Brasileirão.
Chapecoense 2  x 1  River Plate
O valente time da Chapecoense lutou muito, mas não foi páreo para o experiente River Plate.
Bruno Rangel marcou duas vezes, mas Carlos Sánchez descontou para o time argentino.
Como o jogo na Argentina foi 3 x 1 para os donos da casa, a equipe brasileira “bateu na trave”.
Sportivo Luqueño 2 x o Atlético-PR
Após vencer o Sportivo Luqueño por 1 x 0 no Brasil, o Furacão foi ao Paraguai e perdeu por 2 x 0.
José Leguizamón e Jorge Ortega marcaram os gols da partida.
Com a eliminação da Copa Sul-Americana, o Atlético-PR “cumpre tabela” no Campeonato Brasileiro e já pensa em 2016.

Milton Neves

----------------------xxxxx--------------------


Nenhum comentário:

Postar um comentário