sexta-feira, 18 de março de 2016

Opinião Cosme Rimoli


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Cuca não conseguiu o milagre na sua estreia. O Palmeiras perdeu novamente para o Nacional, no Uruguai. Efeito da herança maldita de Marcelo Oliveira. Time à beira da eliminação da Libertadores…



Não houve milagre. Cuca fez várias mudanças táticas. Mas sua estreia no Palmeiras não foi o que sonhava. O time lutou muito, esteve mais compactado. Diminuiu drasticamente os chutões. A equipe teve mais consciência do que tinha com Marcelo Oliveira.

Mas o ex-treinador deixou sua herança maldita. A velha dificuldade em articular seus ataques. A sua falta de personalidade de Oliveira em exigir um ou dois meias talentosos, ofensivos de verdade.
Desesperado, Cuca chegou a deixar o Palmeiras na formação tática preferida dos anos 70. 4-2-4. Quatro atletas com funções ofensivas. Ficou ainda mais nítida a falta que fazia um meia habilidoso, com visão de jogo e vigor físico. Esse jogador que Alexandre Mattos não foi buscar. E era mais do que fundamental.
E em uma semana, o time perdeu novamente para o Nacional. Desta vez por 1 a 0, em Montevidéu.
"A derrota que não estava nos planos. Nós viemos para ganhar. Agora é momento de saber que ainda há uma esperança. Temos dois jogos. Focar nessas duas partidas. O Cuca procurou colocar o que tínhamos de melhor. Treinamos dois ou três dias. Não esperávamos perder...", confessava Zé Roberto, que começou a partida como meia. Como o blog antecipou. Mas o resultado foi ruim. Não teve força física para atuar como o articulador que o Palmeiras tanto precisa.
O resultado, justo, deixa os palmeirenses à beira da eliminação da Libertadores. É apenas o terceiro colocado no grupo 2. O Nacional está disparado em primeiro, com 8 pontos. O Rosario Central tem sete. E o time de Paulo Nobre apenas 4 pontos. Restam apenas duas rodadas. Os palmeirenses enfrentarão no dia 6 de abril o Rosário Central na Argentina. Uma nova derrota ou empate significa o adeus à competição mais desejada em 2016. A equipe tem a obrigação de vencer os seus últimos jogos para continuar sonhando com as oitavas-de-final. Situação terrível.
 Cuca não conseguiu o milagre na sua estreia. O Palmeiras perdeu novamente para o Nacional, no Uruguai. Efeito da herança maldita de Marcelo Oliveira. Time à beira da eliminação da Libertadores...
Antes de aceitar o convite para treinar o Palmeiras, Cuca assistiu muitos vídeos da equipe. E foi sincero com Alexandre Mattos. O elenco foi mal montado. Por mais que o executivo tenha contratado 33 jogadores desde o ano passado. Não conseguiu trazer um grande meia cerebral, capaz de pensar o jogo. Ditar o ritmo do Palmeiras. Desarmar defesas adversárias, encontrar espaço para os atacantes. Este é um enorme vazio entre o inchado elenco verde.
Como foi antecipado aqui, Cuca teve uma longa conversa com Zé Roberto. Tentaria improvisá-lo na meia. Fosse dez anos atrás, seria a certeza de que o Palmeiras tinha o melhor meia do país. Só que, aos 42 anos, ele não tem mais vigor para ser o articulador que tanto faz falta.
Mas o treinador estreante precisava apostar. Tirou Robinho do time, jogador útil, mas sem a movimentação, consciência tática que Cuca desejava. Colocou na meia Zé Roberto. E Egídio entrou na lateral. O técnico adora um ou dois volantes de muita pegada. Resgatou Gabriel, o melhor marcador palmeirense. Ao seu lado, mais atrás, Arouca. Allione ganhou a vaga de Gabriel Jesus. Deixou Alecsandro se movimentando como gosta.
E o grande pecado de Cuca começou com enorme acerto. Tirou Dudu da meia. Mas o fixou na esquerda. O atacante driblador e velocista sempre jogou e rende bem mais na direita. A troca de lado foi um desastre.
O Palmeiras precisava vencer. Culpa do trabalho de Marcelo Oliveira. O empate contra o fraquíssimo River Plate do Uruguai e a derrota para o Nacional, em plena arena palmeirense, obrigavam a façanha no Gran Parque Central.
O Nacional de Gustavo Munúa é um dos times que ainda encarnam o espírito catimbeiro da Libertadores. Procura mais o contato físico do que jogar futebol. Pressiona o árbitro. Ganha tempo. Amarra a partida. Tem jogadores especialistas em clinch, mais parecendo lutadores de boxe.
Taticamente o plano uruguaio foi simples. Usar a força física para encurralar o time brasileiro. Atuando em bloco. Lutar para ficar com a vantagem no placar. E depois atrair o rival para os contragolpes em velocidade. Cuca sabia disso e tentou agredir o Nacional. Só que seu time sentiu. Estava desentrosado. Não houve tempo para os atletas captarem a mudança. A valorização do meio de campo. A saída de bola com a troca de passes substituindo os chutões.
No meio, o Palmeiras melhorou muito. Só que as laterais eram o ponto fraco do time. Tanto Lucas quanto Egídio marcavam mal demais. Foi por lá que o Nacional criou sua chances de gol no primeiro tempo. O Palmeiras conseguiu se segurar nos primeiros 45 minutos.
No segundo tempo, Cuca decidiu tirar o pior dos seus laterais. Egídio foi embora. Zé Roberto foi recuado e entrou Robinho na meia. Allione que fazia boa partida saiu. Entrou Gabriel Jesus, muito mais ofensivo. O Palmeiras deixou seu 4-4-2 e correu o risco. Foi para o 4-2-3-1.
E o time paulista poderia ter saído na frente. Robinho deu excelente lançamento para Gabriel Jesus. Diante do goleiro Conde, o meia palmeirense tentou encobri-lo. Mas bateu fraco demais na bola. Chance que não poderia ter sido desperdiçada.
O castigo veio fulminante. Ramirez cruzou livre da direita. Nico López entrou por trás da zaga. Zé Roberto não conseguiu acompanhá-lo. O esperto atacante deslocou Fernando Prass na cabeçada. Nacional 1 a 0, aos cinco minutos.
237 Cuca não conseguiu o milagre na sua estreia. O Palmeiras perdeu novamente para o Nacional, no Uruguai. Efeito da herança maldita de Marcelo Oliveira. Time à beira da eliminação da Libertadores...
Cuca via seu sonho de conseguir a vitória se desfazer. E aos 22 minutos tirou o volante Gabriel. No seu lugar, colocou o atacante Lucas Barrios. 4-2-4 clássico. Era o Palmeiras vintage. O Nacional recuou. Montou duas linhas de quatro. E deixou dois atacantes velocistas pelos lados do campo.
Os jogadores palmeirenses entregaram sua alma. Mas faltaram consciência. E jogadas pelos lados do campo. A pressão era mais vontade do que estratégia. O que facilitava o trabalho dos ríspidos zagueiros uruguaios. O Nacional foi gastando o tempo. O time brasileiro tinha artilheiros na frente. Mas faltava o meia cerebral para fazer a bola chegar até eles. Inevitável não ter saudades do problemático Valdivia.
O Palmeiras lutou muito. Foi uma equipe aguerrida, vibrante. E melhor distribuída taticamente com Cuca.
Mas a herança maldita de Marcelo Oliveira prevaleceu.
"O primeiro tempo dá para dizer que ninguém foi bem. O segundo tempo foi melhor. Vamos com calma, preparar o time para domingo e resgatar a auto-estima desses meninos. Esse time foi formado há um ano e meio, não é um time maduro que sabe tudo dentro do campo, a hora de defender e de atacar. É uma identidade que estão buscando.
"Ficou complicado. Depende de ganhar dois jogos. O Palmeiras perdeu seis pontos para o Nacional. Tem de ganhar seis pontos, agora com o Rosario, que acho mais time que o Nacional."
A análise sincera e precisa foi de Cuca.
Ele sabe que o Palmeiras terá de se superar para sobreviver.
Conseguir as duas vitórias será uma façanha.
Principalmente contra o Rosario Central na Argentina.
O Nacional deu um grande passo para a classificação.
A vitória foi merecida.
Lastimável, no entanto, foi outra demonstração de racismo na América do Sul.
Um torcedor resolveu comparar Gabriel Jesus a um macaco.
A Conmebol precisa punir o clube uruguaio.
Para higienizar o ambiente.
Atitudes racistas são lastimáveis no futebol.
Quanto ao quase eliminado Palmeiras, uma sensação.
A de que Cuca foi uma ótima escolha.
Porém tardia demais.
A insistência com Marcelo Oliveira deve custar caro.

A eliminação precoce da Libertadores...


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São Paulo FC


Não há mais lógica na proteção de Bauza a Centurión. Doença da noiva, falta de adaptação, seja o que for. A titularidade do argentino já incomoda os companheiros no São Paulo. Seu desempenho é fraco demais…


Ser argentino, presente de R$ 12 milhões do diretor de marketing ou superprotegido por causa da noiva doente? Essa é a dúvida que domina o Morumbi. Conselheiros e até mesmo membros da diretoria não entendem. Centurión segue sendo o maior caso de injustiça no fraquíssimo trabalho de Edgardo Bauza no São Paulo.

Seja qual for a resposta, ele não merece ser titular do time.
"Eu queria muito jogar. Mas senti que o treinador tinha suas preferências. Não adiantava ser reserva na Libertadores. Eu queria estar em campo. Por isso preferi vir para o Vitória. Agora estou feliz. Tenho certeza que aqui confiam no meu futebol."
Essas as declarações e os recados cifrados dados por Kieza ao desembarcar em Salvador. Abraçado por dezenas de torcedores empolgados com sua presença, parecia outra pessoa. Não o homem ressentido, deprimido que andava cabisbaixo no Morumbi. E que teve a coragem de abandonar a concentração contra o Palmeiras. E decidir não viajar para enfrentar o Trujillanos na Venezuela.
A proteção que Bauza dispensa a Centurión foi um dos motivos da saída de Kieza.
O jogador vive um drama pessoal. Todos os repórteres que frequentam o CCT da Barra Funda sabem. Já foi publicado. Sua noiva está com câncer. E vive na Argentina. Os companheiros de time convivem com esse drama desde o meio do ano passado, quando a doença foi revelada.
Centurión tem apenas 23 anos. E é uma pessoa muito reservada, fechada. O vazamento da situação o deixou constrangido. A princípio, ele recebia apoio dos torcedores. Só que a situação se prolonga. As mensagens de apoio, viraram sugestões de pedido de afastamento. De licença. Pedidos que vá para a Argentina e fique lá até resolver a questão.
Como infelizmente a questão não é tão simples, Centurión prefere seguir trabalhando em São Paulo. Com O problema é que está jogando cada vez pior. Mesmo tendo a sequência de jogos que tanto desejava. Seu futebol contra o Trujillanos foi outra vez péssimo. Errou passes, cruzamentos, chutes. Não fez nada de produtivo. É gritante que precisa ir para a reserva.
Conselheiros têm ficado irritado com o diretor de marketing Vinicius Pinotti. E o cobrado porque resolveu dar o que chamam de 'presente de grego' ao São Paulo. Pinotti explica que foi procurado pelo ex-presidente Carlos Miguel Aidar e ele pediu dinheiro emprestado para contratar um atacante.
"Não fui eu quem escolheu o Centurión. Nem o conhecia", repete Vinicius.
234 Não há mais lógica na proteção de Bauza a Centurión. Doença da noiva, falta de adaptação, seja o que for. A titularidade do argentino já incomoda os companheiros no São Paulo. Seu desempenho é fraco demais...
O empréstimo de R$ 12 milhões resultou na simpatia de Aidar. Ele logo chamou o milionário para ser seu assessor. E depois deu o cargo de diretor de marketing. Onde está até hoje.
Mesmo membros da diretoria não acham certo essa relação. Um torcedor não pode ganhar o comando do marketing só porque emprestou dinheiro ao São Paulo.
Essa ligação entre diretor e jogador não é vista com bons olhos por outros jogadores. Muito pelo contrário. Ainda mais quando o atleta comprado está muito mal tecnicamente e não deixa o time. Segue titular independente do seu fraco desempenho. Kieza era um dos atletas que se sentia prejudicado por esta proteção a Centurión. Daí ter preferido ir para o Vitória.
Ninguém tem coragem de verbalizar essa estranha situação.
Assim como da noiva. Centurión tem entrado até nas redes sociais. E pedido para que os são paulinos não relacionem uma situação com a outra. Seu péssimo futebol com a doença. Mas não tem conseguido. E segue cada vez mais aborrecido.
418 Não há mais lógica na proteção de Bauza a Centurión. Doença da noiva, falta de adaptação, seja o que for. A titularidade do argentino já incomoda os companheiros no São Paulo. Seu desempenho é fraco demais...
Bauza também não aceita que ninguém o questiona. Ele não abre mão da prerrogativa de escalar quem ele quiser. Centurión era uma grande promessa do futebol argentino. Mas não consegue repetir no São Paulo o que fazia no Racing.
Os dois conversam em espanhol durante os treinos. Bauza sempre dá muito apoio ao atacante. É inegável que o fato de serem argentinos os aproxima. E também provoca certo ciúme.
A questão está longe de uma solução.
Com a ida de Kieza para o Vitória, tudo piorou.
O treinador tem apenas dois atacantes que atuam nas beiradas.
Já que Calleri fica mais centralizado.
Ou Centurión ou Rogério.
Bauza não gosta do futebol do Neymar do Nordeste.
516 Não há mais lógica na proteção de Bauza a Centurión. Doença da noiva, falta de adaptação, seja o que for. A titularidade do argentino já incomoda os companheiros no São Paulo. Seu desempenho é fraco demais...
Toda partida que entra, o treinador o cobra muito.
Por sua instabilidade.
Faz uma jogada boa e três péssimas, em média.
Rogério quer ter uma sequência para se firmar.
A chance, por exemplo, que Centurión tem.
Mas o treinador não se anima.
Este é um ponto importante neste fraco São Paulo.
Dono do pior início de Libertadores de sua história.
Seja qual for o motivo.
Ter um jogador protegido como titular sabota o ambiente.
Ainda mais sendo o pior da equipe.
São 139 dias sem marcar um gol sequer.
Para complicar toda a situação, o técnico não admite interferência.
Dirigente algum pode questionar o time que escala para jogar.
A situação está no seu limite.
Ou Centurión vai para a reserva ou o comando de Bauza será questionado.
A injustiça ficou insuportável.
Que o atacante tenha a melhor sorte do mundo.
Que sua noiva se recupere.
Os dois casem e tenham dez filhos saudáveis.
Essa é uma parte da história.
A outra é o seu péssimo futebol.
Bauza precisa ser justo consigo mesmo.
E com o São Paulo Futebol Clube.

Não há mais lógica em blindar o pior jogador do time...
235 Não há mais lógica na proteção de Bauza a Centurión. Doença da noiva, falta de adaptação, seja o que for. A titularidade do argentino já incomoda os companheiros no São Paulo. Seu desempenho é fraco demais...

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