segunda-feira, 25 de abril de 2016

Nos pênaltis, o Sport elimina o Salgueiro e volta a disputar o título pernambucano


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por Cassio Zirpoli


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Pernambucano 2016, semifinal: Salgueiro (4) 1 x 0 (5) Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport
A passagem de Thiago Gomes no comando interino do Sport tem sido marcada pela mesmíssima postura vista sob o comando de Falcão, de quem era assistente. Além da mesma escalação, as mesmas jogadas (ou falta delas) somadas a um posicionamento com setores distantes. A ponto de dar espaço constante aos adversários, seja lá o nível técnico do outro lado. O que não era o caso do Salgueiro, uma equipe arrumada, que se recuperou da má apresentação na Ilha. Sabia que seria mais forte no claro do Sertão.
A curta vantagem leonina foi anulada com apenas sete minutos, a partir de uma falha individual de Renê. Moreilândia se aproveitou e bateu no ângulo. Chutaço para deixar a decisão, já àquela altura, nos pênaltis. Como em outros jogos no ano, os rubro-negros só tentaram após a meta vazada. Aí, pesou fragilidade ofensiva de Vinícius Araújo. Lenis e Mark, pelas pontas, bem marcados, pouco produziram. No meio-campo, o vazio de sempre na criatividade. Chega a ser repetitiva a crítica ao time do Sport, mas a regularidade é indigesta.
Pernambucano 2016, semifinal: Salgueiro (4) 1 x 0 (5) Sport. Foto: Heitor Ramos/Esp. DP
No intervalo, enfim, mudanças. Jonathan Goiano e Gabriel Xavier nas vagas de Lenis e Serginho. Ao menos era uma tentativa, com o Leão abrindo mão dos três volantes, mas só na base da vontade não adiantou muito. A impressão era a de que os dois times estavam satisfeitos com o desfecho nos tiros livres. Dito e feito, 1 x 0. Se há uma semana, em Campina Grande, os batedores do Sport pareciam enxergar uma trave de futsal, desta vez o desempenho foi bom, com apenas um desperdício, ainda assim na área de gol. Vitória por 5 x 4.
Aos trancos e barrancos, o Sport está de volta a uma decisão. Após colecionar fiascos seguidos, em todas as frentes (exceção feita ao 6º lugar na Série A), o Leão terá a chance de retomar a hegemonia estadual, com uma pausa de dez dias para tentar articular algo diferente no time. À torcida, resta torcer para que a finalíssima em casa, depois de três anos, e o maior rival pela frente alimentem vontade de um time sem confiança. Sem técnico, também.
Pernambucano 2016, semifinal: Salgueiro (4) 1 x 0 (5) Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport

Interino do Sport diz que o importante foi a classificação


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A qualidade do jogo desenvolvido pelo Sport ficou em segundo plano para o técnico interino Thiago Gomes. Num campo em que as condições de jogo eram precárias, segundo ele, o mais importante era sair com a vaga na final assegurada. Por isso ele relevou a volta do abuso de chutões e dificuldade na articulação das jogadas.
“Ir à final era mais importante. Falar em qualidade de jogo num campo sem condições é difícil. Era primeira e segunda bola o tempo inteiro. Diferente de um jogo normal, aqui a gente tem que jogar dentro da característica que se permite. O Salgueiro se impôs num momento, a gente em outro mas o importante era classificar”, avaliou.
Thiago explicou que a opção por iniciar a partida com o mesmo time que começou o jogo da última quinta-feira (21) foi fruto da ausência de treinos entre as duas partidas da semifinal.
“Não tinha como treinar. Nosso treino é o jogo e os jogadores que começaram a última partida eram os mais treinados. Com tempo a gente consegue criar variações. No intervalo fizemos mudaças para tentar o gol, ir para cima mesmo num campo como esse. O torcedor tem que entender que o jogo aqui é outro, é competir mais. E quem não vem disposto a fazer isso dificilmente sai com um resultado bom”, enfatizou.
Autor: Wladmir Paulino

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