sexta-feira, 15 de abril de 2016

João Paulo crê que jogo da volta entre Bahia e Santa Cruz será franco: "Vamos ter que atacar"


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Meia espera que o adversário saia para o jogo mesmo com a vantagem do empate; tarefa do Tricolor será de "jogar com inteligência" e aproveitar os espaços deixados


O gol de empate do Bahia não apenas frustrou torcida e atletas do Santa Cruz, que viram uma boa atuação e esperavam uma vitória; também deu aos visitantes a vantagem do empate por até um gol na partida de volta. Apesar disso, o meia João Paulo acredita que o time adversário, empurrado pela torcida, vá jogar para vencer. Assim, deve ceder espaços para o Tricolor, que, superior no primeiro jogo na visão do meia, tentará jogar com inteligência e conquistar a vitória que o coloca na final da Copa do Nordeste.

"Vai ser um jogo franco, como foi aqui. São duas equipes parecidas. Fomos superiores no jogo daqui, e também podemos ser superiores no jogo de lá. Eles vão ter o apoio da torcida, mas acredito na nossa força e acho que a gente pode conseguir essa classificação", colocou João Paulo. Ainda que confiante, o meia lamentou o empate sofrido no Arruda. "Isso prova que o futebol não tem justiça. O placar não mostrou o que fizemos em campo. Por outro lado, saímos com uma sensação de que deixamos tudo dentro do campo."

Mesmo com o decepcionante empate, João Paulo aprovou a atuação coral. A expectativa é de que o bom futebol seja repetido. Desta vez, porém, a vitória não pode escapar, sob o risco de a classificação ficar em Salvador. "Temos que fazer nosso jogo, como fizemos aqui, marcando forte. Sabemos que apesar deles terem a vantagem, vão querer vir para cima da gente. Vão ter a torcida cobrando isso deles. Vamos ter que jogar com inteligência, sabendo marcar forte, mas por outro lado, quando tivermos a bola, vamos ter que atacar, sair para o jogo", encerrou.

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Frasista, Milton Mendes vem cimentando sua metodologia de trabalho no Santa Cruz

Treinador coral tem recorrido a frases prontas e figuras de linguagem para explicar forma de que lida com os atletas e também com a torcida


O técnico Milton Mendes tem se mostrado um frasista de primeira linha. Costuma recorrer a frases prontas e figuras de linguagem para falar sobre as suas convicções, quase sempre repetindo as mesmas expressões a cada entrevista. Elas, contudo, são capazes de evidenciar o modus operandi adotado pelo treinador, responsável por uma evolução tática no Santa Cruz e no reanimo dos jogadores. Há exatamente duas semanas no Arruda, além do apreço às teorias, o controle da ansiedade dos atletas, o entendimento dos problemas de cada peça e a transformação do elenco numa “família” estão fazendo parte da tônica do trabalho do comandante. Com o jogo de volta da semifinal da Copa do Nordeste, contra o Bahia, marcado para o próximo domingo, na Arena Fonte Nova, esta sua metodologia tem que se transformar em classificação.

“Depressão é excesso de passado; ansiedade, de futuro”
Pode insistir. Mas nunca Milton Mendes responde sobre jogos que não sejam o seguinte. Hoje mesmo, quando tem entrevista coletiva agendada, apenas comentará sobre a partida de volta de domingo contra o Bahia. Nada de falar no Náutico, adversário nas sêmis do Estadual ainda em 20 e 24 de abril. Essa filosofia é repassada também aos jogadores. Independentemente qual seja o adversário ou o torneio, foco só no presente e ares de decisão a cada partida. Remoer muito que passou, não sendo para corrigir erros, também está fora de cogitação.

“É entrar no coração de cada atleta”

Mendes é o tipo de treinador que não se furta em reclamar abertamente nos treinos por causa de um erro ou falta de atenção de algum jogador. Ao mesmo tempo, faz questão chegar junto do atleta, repetir as ordens e depois procura saber os porquês do baixo rendimento, entendendo o cotidiano de cada um deles, da vida pessoal à vida no clube. Apesar do pouco tempo no Santa, é considerado já um “paizão” por muitos. “Ele sabe mesclar a brincadeira com a hora de ser sério, de ser focado no jogo, no treinamento. Consegue intercalar bem essas questões. Chega brincando, mas cobra bastante. Está todo mundo assimilando essa maneira dele”, disse o meia João Paulo.

“Quando o cavalo branco chega, você monta nele e segue em frente ou cai do cavalo”

O “cavalo branco” a que se refere Milton Mendes é a “oportunidade” dada por ele a um atleta. Diz que ela deve ser agarrada de toda maneira. Realmente, o "cavalo branco" tem passado. Foram poucos os jogadores que ainda não foram acionados. Dos 33 do elenco, somente os terceiro e quarto goleiro, Fred e Miller, Walter Guimarães, Dedé, Lucas Gomes, além de Leonardo, Lucas Ramon, Marcílio e Lucas Ramon (esses quatro últimos estavam machucados) não entraram ainda em campo com o técnico. Até o antes esquecido Ítalo Borges, que chegou como mera “promessa” no início da temporada e não tinha ido nem para a reserva , pôde jogar.

"Torcedor é como água"
Se a água é imprescindível para o ser-humano sobreviver, para um time de futebol os torcedores é que é são os combustíveis básicos, de acordo com Mendes. Ciente da necessidade de ter a torcida ao lado da sua equipe, sempre exalta a importância de um estádio cheio. Quer também manter uma boa-relação com ela. Ontem, por exemplo, subiu dos vestiários para o gramado sob aplausos. Retribuiu a gentileza e, do próprio campo, trocou algumas palavras com a “turma da tesoura”, grupo que frequenta diariamente a sociais do Santa Cruz para debater sobre o clube e assistir aos treinos. O técnico chegou a dizer aos membros que queria conhecê-los melhor.

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Grafite se agrada em dividir reponsabilidade de gols com Keno no time do Santa Cruz

Atacante acredita que colega, em boa fase, retira sobrecarga perante à torcida


No começo da temporada, Grafite havia ressaltado a importância de um outro jogador de renome para dividir responsabilidades com ele no Santa Cruz. Até agora, só Léo Moura chegou com essa tarefa, mas sequer é titular. Hoje, porém, não é nenhum midiático que compartilha a missão de "dividir atenções" com o camisa 23. Artilheiro do Tricolor na temporada com sete gols, dois a mais que o centroavante, Keno deixou de ser coadjuvante e virou protagonista junto do ídolo coral.

Grafite elogia o colega de posição e acha que Keno, também elogiado pelo treinador Milton Mendes, está conseguindo tirar a sobrecarga perante às cobranças da torcida. "Todos falam da minha responsabilidade no Santa Cruz, mas sei que, internamente, todos têm essa responsabilidade. Lógico que para fora o peso cai mais sobre mim, pela minha experiência, pelo meu nome. Mas a fase do Keno é excepcional e a gente tem que tirar proveito disso", disse o centroavante.

O ídolo tricolor confessou ainda que sente confiança para fazer jogadas com Keno durante os jogos e não se furta em colocá-las em prática. "Ele está vivendo um grande momento físico, técnico, tático e ajudando muito. Eu o procuro muito dentro de campo porque sei que as jogadas estão fluindo naturalmente para ele. É um jogador muito técnico, muito rápido, forte no drible e nas finalizações, que não era o seu ponto forte."

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