segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Sp. Braga-Benfica, 0-2



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Sp. Braga-Benfica, 0-2 (destaques)


FIGURA: Renato Sanches 
Não precisou de entrar em jogadas vistosas ou em lances de perigo para fazer um grande jogo na cidade dos arcebispos. Muito interventivo, foi sempre opção para os seus companheiros, jogando e fazendo jogar o conjunto de Rui Vitória. Claramente uma unidade que fez o jogo encarnado fluir no miolo. Mesmo no segundo tempo, numa fase em que o Benfica esteve mais recatado no seu meio campo, foi o miúdo de 18 anos a pegar no jogo e arranjar maneira dos lisboetas se soltarem. Encheu o meio campo encarnado com uma presença fortíssima. 
  
MOMENTO: infelicidade de Kritciuk (3 minutos) 
As equipas ainda se encaixavam, jogava-se o terceiro minuto do encontro, quando o guarda-redes russo do Sp. Braga foi bafejado pelo infortúnio, vendo as suas costas devolver para o fundo das redes um corte de Baiano. O trabalho de Mitroglou é delicioso, o drible de Pizzi no interior da área não lhe fica atrás, contando depois com a adversidade bracarense para festejar. A um Benfica com naturais desconfianças, o golo madrugador foi um precioso auxílio para o arranque até uma vitória tranquila.     
  
POSITIVO: Marselhesa no municipal bracarense 
Momento bonito no Minho. No minuto de silêncio em memória das vítimas do atentado do último dia 13 em Paris foi «hasteada» a bandeira francesa no ecrã gigante do Estádio Municipal de Braga. A acompanhar o silêncio das bancadas ouviu-se a Marselhesa a piano. Simbologia enorme, respeitada pelos 17396 espectadores presentes no estádio. 
  
OUTROS DESTAQUES 
  
Nico Gaitán 
Subiu de rendimento na segunda parte, mesmo não fazendo um jogo propriamente exuberante. Apenas com três minutos decorridos depois do descanso fez a bola embater com estrondo no travessão da baliza do Sp. Braga. Pouco depois obrigou Kritciuk a uma saída destemida quando tinha Mitroglou nas costas. 

Alan 
Os 36 anos parecem não pesar ao brasileiro, que continua a ser uma referência deste Sp. Braga. Numa noite de apatia geral da equipa de Paulo Fonseca, o capitão não teve receio de ter a bola nem baixou os braços. Não temeu o ambiente nem os dois golos apontados muito cedo pelos encarnados. 
  
Lisandro López 
Prestação segura do central argentino do Benfica. Cumpriu a sua missão a nível defensivo sem deslumbrar, impressionando, contudo, no ataque. À ponta de lança, recebeu de peito de forma orientada à entrada da área e fuzilou a baliza arsenalista para fazer o segundo das águias na pedreira. 
  
Filipe Augusto 
Foi a primeira aposta de Paulo Fonseca a partir do banco de suplentes e agitou com o jogo. O rendimento dos arsenalistas subiu consideravelmente com o brasileiro a pegar no jogo de trás e a armar a movimentação ofensiva bracarense. Atirou à barra da baliza de Júlio César ao minuto 69.




A ressurreição em 12 minutos. Benfica abençoado num autogolo de Kritciuk e numa finalização de Lisandro López, o substituto de Luisão. Da dúvida e do medo, às nuvens. Auto estima carregadíssima. 

O Sp. Braga foi um oponente duro e um magnífico terapeuta. Além de ter perdido, testou os limites do Benfica com brusquidão e intensidade. Nada a fazer, as águias seguraram a vantagem de dois golos, conquistada logo no arranque, e sobem ao terceiro lugar da Liga. 

Indignado pela crítica recorrente, o Benfica teve o grande mérito de entrar carregado de ordem e ambição. Meio-campo reforçado (4x2x3x1), impertinência nos movimentos e aproveitamento total da imprudência do Sp. Braga no dealbar do jogo.   

Ironicamente, com a arma mais letal sentada no banco (Jonas), o Benfica mostrou, quiçá, a mais mortífera versão da atual temporada. 

Rui Vitória ganhou a aposta na dupla (improvável) Fejsa-Renato Sanches. O menino está mais do que preparado para ser titular e formou com o sérvio uma barragem sólida à frente dos centrais. 

Para o restante plano de jogo – manobras de diversão e ataque -, Gonçalo Guedes, Pizzi e, agora e sempre, Nico Gaitán chegaram e sobraram. O argentino voltou a ter pormenores de eleição e ainda mandou uma bola ao ferro no segundo tempo. 

Por falar em ferro, é mais do que justo sublinhar a postura venial do Sp. Braga, mormente no segundo tempo. Além de duas bolas nos ferros (lá está) da baliza de Júlio César – Hassan de cabeça e Filipe Augusto num livre direto – os minhotos exploraram o que era possível explorar. 



Pela direita (um grande Alan), pela esquerda (mais Djavan do que Rafa) e pelo meio (Luiz Carlos superior a Mauro). Futebol paciente, rendilhado, sempre muito cuidado nas primeiras fases, mas a falhar no coração da área do Benfica. 

Hassan e Stojiljkovic foram gladiadores, entregaram-se à luta, deram o que fazer a Jardel e Lisandro, mas os cruzamentos ora chegavam mortos, ou eram afastados, ou simplesmente não tinham a direção certa. 

Ao Sp. Braga faltou o golo, UM golo que fosse, para alimentar a dúvida. Assim, o Benfica jogou sempre em cima de um conforto emocional nada despiciendo. 

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