segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Eficiência do Náutico venceu o volume de jogo do Santa Cruz

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A turma viciada em posse de bola teve mais um revés com o resultado do clássico deste sábado (17) entre Santa Cruz e Náutico. Venceu quem teve menos a bola. E também vale uma lição: ter a bola é bom, mas tem que ser eficaz com ela nos pés. Em quem fez isso foi o timbu. Mesmo com 41,5% de posse e 109 passes a menos que seu rival, conseguiu vencer não só de virada, mas com dois gols de vantagem.
Com menos passes, o caminho para o gol criado pelos timbus foi a bola longa, usada nada menos 59 vezes. Acertou 24, enquanto seu adversário acertou apenas a metade disso. Nas finalizações nova aula da aproveitamento. De um total de oito finalizações timbus, cinco foram em direção ao gol e três passaram. O Santa tentou 16 vezes com nove acertos.
Os dois times spo ficaram parecidos na hora de defender. Cada um fez 21 desarmes corretos. Nas faltas foram 18 para o Santa e 20 para os alvirrubros. Cada time levou três amarelos.
INDIVIDUAL
No aspecto individual o destaque não poderia ser outro que não o artilheiro da tarde, Hiltinho. Em dois fundamentos ele conseguiu cem por cento de aproveitamento. Nas duas finalizações mandou ambas para as redes. E para chegar a isso ele arriscou seus dois dribles e em ambos deixou Alemão e Danny Morais, respectivamente, na saudade.
No aspecto defensivo, três dos melhores desarmadores da partida foram do Náutico. João Ananias liderou a estatística com cinco tomadas de bola corretas. Fillipe Soutto e Jackson Caucaia acertaram três vezes. Allan Vieira e Danny Morais foram os melhores do Santa, com quatro cada um. Como o Santa finalizou mais que o Náutico o goleiro Júlio César apresentou bons números na defesa. Foram sete, no total. Tiago Cardoso, seu colega de profissão, fez apenas duas.
superesportes

Niel recebe elogios de Dal Pozzo, que diz sentir "dor de cabeça" no Náutico

Volante, que jogou improvisado na lateral direita, cumpriu à risca o que o treinador pediu e agora aparece como candidato forte na disputa pela camisa 2 alvirrubra


Foi apenas o primeiro clássico de Niel com a camisa do Náutico. A cria da base do Timbu, que tem apenas 21 anos, foi a principal novidade na escalação do técnico Gilmar Dal Pozzo na vitória de 3 a 1 sobre o Santa Cruz, no último sábado. Além de não ter comprometido e feito uma boa partida, recebeu elogios do comandante, se credenciando a manter a titularidade contra o Botafogo, na próxima rodada.
- Niel faz bem a linha de quatro e é bom marcador. Ele tem que melhorar no ataque, mas fez o que eu pedi, que foi anular Lelê. É uma dor de cabeça boa, que é o que todo técnico quer.
Niel só tinha jogado quatro partidas pelo Náutico na temporada. E todas elas como zagueiro - só durante o jogo contra o Salgueiro, pelo Pernambucano, que foi deslocado para a lateral. O jogador é volante de origem e essa força defensiva foi essencial para a vitória Timbu, na visão do treinador.
- Tenho a humildade de reconhecer que o adversário tem qualidade. Talvez, o Santa Cruz seja uma das equipes mais ofensivas da Série B e uma das mais ofensivas do Brasil. O Atlético-MG joga como o Santa Cruz joga. Eles tiveram mais posse de bola, mas tínhamos uma estratégia no contra-ataque e eles são vulneráveis em alguns setores.
Ofegante após o jogo, resultado de um longo tempo sem jogar - sua última partida tinha sido contra a Jacuipense, pela Copa do Brasil, no dia 30 de abril -, Niel pouco falou.
- Estou à disposição de jogar de todas as formas pelo Náutico. Só quero ajudar da melhor maneira.
globo.com

Hiltinho, o herói improvável e sem palavras do Náutico no clássico

Escalação do meia para jogo contra o Santa Cruz não era esperada, mas
alvirrubro marcou dois gols, importantes na vitória por 3 a 1 no Arruda


Talvez não existisse um herói mais improvável do que Hiltinho. A própria condição de titular para o Clássico das Emoções ante o Santa Cruz, neste sábado, foi vista com desconfiança por muitos alvirrubros. Afinal de contas, ele é um dos jogadores mais contestados do elenco do Náutico. Ou pelo menos era até marcar dois gols e decretar a virada timbu por 3 a 1 em pleno Estádio do Arruda. Justamente ele foi o responsável por dar uma vitória até de certa forma surpreendente aos alvirrubros, que não triunfavam no Arruda desde 2009.
Os números de Hiltinho também não ajudavam a apontá-lo como um dos personagens principais para o clássico. Em toda a temporada, ele tinha feito só um gol - na primeira rodada da Série B, por 1 a 0, contra o Luverdense.

Um herói, sem dúvidas. Dois gols em um clássico, dentro da casa do adversário - que tinha a condição de favorito dada até por alguns jogadores alvirrubros. Nada mais natural que as câmeras se amontoassem na frente dele querendo uma palavra qualquer daquele que foi o nome da partida. Mas Hiltinho calou-se. O motivo é até curioso: ele sofre de gagueira.

Hiltinho faz força para falar. Na sua apresentação oficial, balbuciou algumas palavras e construía frases com muito sacrifício. Disse desde sempre que não era o mais íntimo dos microfones. Até quando foi substituído, aos 24 do segundo tempo, recebeu os louros da vitória. De forma tímida, saiu pelo lado direito do gol de Julio Cesar e só recebeu alguns aplausos do banco de reservas.

A timidez acompanhada pelo silêncio forçado fizeram ninguém saber o que Hiltinho achou do jogo. Mas será que foi realmente necessário se, quando foi preciso, ele falou com os pés? 
globo.com

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