Dois dias antes do clássico contra o Santa Cruz, o técnico Gilmar Dal Pozzo resolveu adotar o mistério. Neste quinta-feira (15), o treinador realizou um treino fechado com o elenco. O segundo secreto nesta semana. Só o aquecimento dos jogadores foi aberto. Os jogadores também adotaram a mesma tática e também esconderam o jogo.
O atacante Daniel Morais, titular nas últimas partidas e autor de dois gols com a camisa alvirrubra na Série B, adiantou que Dal Pozzo ainda não passou nada para os atletas, mas admitiu que o ataque precisar render mais para poder sair com uma vitória diante do rival tricolor. “Gilmar ainda não passou nada para a gente. Falou para todos treinarem no limite. Todos os jogadores querem jogar. É um jogo muito especial, as duas equipes estão brigando pelo g4. Cabe a gente do setor ofensivo render um pouco mais. Ficamos um pouco abaixo nos últimos dois jogos”, completou.
O volante Fillipe Soutto seguiu a linha adotada por Daniel Morais e Dal Pozzo. Apesar de não ter adiantado o que o técnico vem trabalhando nos treinos secretos. Ele frisou que o treinador tem alertado para que a atenção seja redobrada no Clássico das Emoções. “Ele tem pedido uma atenção excepcional. Além de se tratar de um clássico, se trata de um jogo muito importante para o Náutico. Só que isso também vem do jogador. O atleta precisa saber que é uma decisão e encarar de uma forma diferente”, esclareceu.
Apesar do mistério, segundo o repórter João Victor da Rádio Jornal, Gilmar Dal Pozzo treinou novamente com o volante Niel na lateral direita e o atacante Jefferson Nem. Assim, o treinador teria utilizado a seguinte escalação: Júlio César; Niel, Fabiano Eller, Ronaldo Alves, Gastón; João Ananias, Jackson Caucaia, Hiltinho, Dakson; Jefferson Nem e Bergson. Além disso, outra novidade foi o meia Guilherme Biteco, recuperado de uma lesão, participou do coletivo no time reserva. Os jogadores do Náutico já estão concentrados para o duelo deste sábado (17).
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Nas mãos dos ‘paredões’, a segurança no clássico
Dois grandes goleiros, ídolos das suas torcidas e capitães das suas equipes. O tricolor Tiago Cardoso já faz parte da história do Santa Cruz. São cinco títulos conquistados (quatro Pernambucanos e uma Série C) e dois acessos. Para consolidar o seu currículo falta levar o time de volta à Série A. O alvirrubro Júlio César ainda é um “novato” no Náutico. Se ele não teve o sabor de um título, por outro lado também está na luta para levar o Timbu à elite do futebol brasileiro. Por isso, no confronto do próximo sábado, no Arruda, eles podem ser decisivos. Os corais ocupam a quarta posição, com 48 pontos, enquanto os timbus estão dois pontos atrás, na sétima colocação.
A história do paredão Tiago Cardoso se mistura com a do Santa Cruz. Um dos primeiros contratados para a temporada 2011, ano do soerguimento tricolor, ele hoje chegou aos 202 jogos e é um dos atletas que mais vestiu a camisa coral. Mas na atual temporada, o camisa 1 só pôde voltar a atuar na 13ª rodada da Série B, no dia 18/7, por conta de uma séria lesão ligamentar no joelho direito sofrida no fim da Série B do ano passado. Ao todo, foram quase oito meses longe dos gramados.
O retorno demorou, mas, coincidentemente, casou com a melhora da equipe na competição. Desde a volta de Tiago Cardoso, o time saiu da 12ª posição e hoje é o quarto colocado. O aproveitamento, claro, melhorou. Nas 18 partidas com ele debaixo dos três paus, o Santa Cruz conquistou 61,1% dos pontos disputados, contra 41,6% quando o goleiro era Fred. A média de gols também diminuiu. Se antes o Tricolor sofria uma média de 1,58 tento por rodada, esse percentual caiu para 1 a cada exibição da Cobra Coral.
O alvirrubro Júlio César teve a sua carreira marcada no Corinthians. No Timão conquistou títulos importantes, como a Libertadores e o Mundial da Fifa, em 2012, os brasileiros de 2005 e 2011, e também a Série B de 2008. A estreia no Náutico ocorreu na Série B de 2014, no dia 12 de agosto, contra o Vasco. O goleiro Alessandro, emprestado pelo clube carioca, não pôde atuar por conta de um acordo contratual. Júlio César entrou e teve uma bela atuação, mesmo com o time sendo derrotado por 1×0.
Em termos de clássicos pernambucanos, os números não são favoráveis a Júlio César. Foram apenas seis confrontos, com uma vitória, um empate e três derrotas. O único triunfo foi justamente em cima do Santa Cruz por 2×1, pela 12ª, rodada, na atual Série B. “Todo mundo sabe que clássico é definido em pequenos detalhes, numa bola parada ou no erro de uma das equipes. O Santa Cruz cresceu muito de rendimento, mas nosso time está vivo”, afirmou o goleiro.
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