Análise: por um Natal feliz, Santos se esforça para segurar suas estrelas
Fora da Libertadores e sem dinheiro para investir, Peixe corre risco de ter de vender Lucas Lima e Gabriel. Reforços devem vir a "custo zero"
Campeão paulista, o Santos vislumbrou a possibilidade de fechar o ano com o título também da Copa do Brasil ou, ao menos, a vaga na Libertadores via Brasileirão. Não conseguiu nem uma coisa, nem outra. Por isso, o torcedor sabe que, para ter um Natal feliz e um próspero Ano Novo, manter as estrelas no elenco é fundamental. Gabriel e Lucas Lima são os mais cobiçados pelo mercado europeu.
Sem dinheiro, o Santos terá de ser criativo para reforçar o elenco em 2016. Com poucos recursos financeiros, a equipe precisa manter a base, além de contratar atletas a custo baixo que deem boas opções ao técnico Dorival Júnior. A limitação do elenco comprometeu o rendimento da equipe em vários momentos da temporada. Reservas como Nilson, Leandro e Chiquinho já deixaram o clube, sem deixar saudade, e Werley pode tomar o mesmo caminho. Já Marquinhos e Valencia renovaram seus contratos por mais um ano.
A estratégia de contratar atletas apenas pelo pagamentos dos salários e de luvas (prêmio pago na assinatura do contrato) já foi utilizada em 2015. Dos 14 reforços ao longo do ano, alguns deram muito certo, como Vanderlei e Ricardo Oliveira, outros, longe disso, exemplo de Nilson,que perdeu gol sem goleiro na final da Copa do Brasil contra o Palmeiras.
Os atletas mais procurados pelo mercado internacional são Lucas Lima e Gabriel. O meia recusou uma investida do futebol chinês e espera pelo interesse de grandes times da Europa.Já o atacante dever receber uma proposta do Paris Saint-Germain, da França, depois das Olimpíadas, em agosto. O Milan, da Itália, também tem interesse.
Outro desafio do Peixe é segurar Marquinhos Gabriel. O clube fez uma proposta oficial ao Al Nassr, da Arábia Saudita, pela contratação em definitivo e espera pela resposta. O meia chegou à Vila Belmiro por empréstimo em janeiro, e depois de quase ter o contrato rescindido, emplacou e terminou a temporada como titular absoluto da equipe de Dorival.
Além da manutenção do elenco, a comissão técnica do Alvinegro quer reforços para todos os setores do time, com a chegada de, pelo menos, cinco jogadores - um zagueiro, um lateral, um meia, um atacante de lado de campo e um centroavante.
A prioridade é a contratação de mais um zagueiro. Com a saída de Werley e a lesão muscular de David Braz, o Santos iniciaria 2016 com apenas três opções para a posição - Gustavo Henrique, Leonardo e Paulo Ricardo.
Atualmente, o Peixe tem 29 jogadores à disposição, além dos atletas que retornam de empréstimo em janeiro - casos do zagueiro Jubal, dos meias Elano, Pedro Castro e Patito Rodriguez, além dos atacantes Lucas Crispim, Diego Cardoso e Stéfano Yuri.
*Colaborou sob supervisão de Juliano Costa
*Colaborou sob supervisão de Juliano Costa
globo.com
Clássico x Espanador: Renan Fonseca e Carli casam estilos em dupla de zaga
Enquanto o primeiro ficou fora em apenas uma partida do Bota na Série B, o segundo foi para a reserva do Quilmes na metade da temporada por opção técnica
O Botafogo terá dois zagueiros de características distintas em 2016. Um deles, um velho conhecido da torcida.Renan Fonseca acertou a renovação do seu contrato nesta sexta-feira para mais dois anos. O outro, pouco falado, vindo do futebol argentino. Joel Carli foi o primeiro reforço anunciado do Botafogo para a próxima temporada. A tendência, até o momento, é que os dois formem a dupla de zaga alvinegra. Com estilos de jogo diferentes, devem se complementar em campo.
Renan Fonseca encerrou o ano de 2015 com números impressionantes. Foi o jogador do Botafogo que mais atuou no ano - 61 jogos -, tendo a mesma marca na Série B. Atuou em 37 partidas, sendo desfalque apenas contra o Santa Cruz. E em apenas um duelo, contra o Macaé, não completou os 90 minutos. Entrou em campo pendurado por um turno inteiro e soube levar as jogadas com categoria e os desarmes sem cometer faltas. Era ainda o homem de confiança do treinador, sendo o capitão da equipe na ausência de Jefferson.
Joel Carli, por sua vez, encerra o ano na reserva do Quilmes. Com a troca de treinador no meio da temporada - saiu Julio César Falcioni e chegou Facundo Sava -, mudou também a opção pela zaga. Carli atuou 18 vezes no Campeonato Argentino, sendo cinco entrando no meio do jogo.
Além das presenças em campo, o estilo de jogo de cada um se faz diferente. Enquanto Renan é mais "clássico", técnico, interceptando as jogadas, Carli atua como um "espanador", afastando o risco da área de qualquer maneira . Firme e mais duro, dá chutões e carrinhos, o que for preciso para que a bola não chegue ao gol.
As características se refletem também no número de cartões recebidos. Carli recebeu seis cartões nos 18 jogos em que atuou, média de um a cada três jogos. Renan, por sua vez, tem média de um a cada 12 partidas. Nenhum dos dois, porém, foi expulso em suas respectivas competições. Também não marcaram gols.
Para a zaga, o Botafogo conta ainda com o jovem Emerson, que subiu da base este ano, e Igor Rabello, que será integrado ao profissional em janeiro. Emerson, do Avaí, está apalavrado e deve ser mais um reforço alvinegro.
Renan Fonseca encerrou o ano de 2015 com números impressionantes. Foi o jogador do Botafogo que mais atuou no ano - 61 jogos -, tendo a mesma marca na Série B. Atuou em 37 partidas, sendo desfalque apenas contra o Santa Cruz. E em apenas um duelo, contra o Macaé, não completou os 90 minutos. Entrou em campo pendurado por um turno inteiro e soube levar as jogadas com categoria e os desarmes sem cometer faltas. Era ainda o homem de confiança do treinador, sendo o capitão da equipe na ausência de Jefferson.
Joel Carli, por sua vez, encerra o ano na reserva do Quilmes. Com a troca de treinador no meio da temporada - saiu Julio César Falcioni e chegou Facundo Sava -, mudou também a opção pela zaga. Carli atuou 18 vezes no Campeonato Argentino, sendo cinco entrando no meio do jogo.
Além das presenças em campo, o estilo de jogo de cada um se faz diferente. Enquanto Renan é mais "clássico", técnico, interceptando as jogadas, Carli atua como um "espanador", afastando o risco da área de qualquer maneira . Firme e mais duro, dá chutões e carrinhos, o que for preciso para que a bola não chegue ao gol.
As características se refletem também no número de cartões recebidos. Carli recebeu seis cartões nos 18 jogos em que atuou, média de um a cada três jogos. Renan, por sua vez, tem média de um a cada 12 partidas. Nenhum dos dois, porém, foi expulso em suas respectivas competições. Também não marcaram gols.
Para a zaga, o Botafogo conta ainda com o jovem Emerson, que subiu da base este ano, e Igor Rabello, que será integrado ao profissional em janeiro. Emerson, do Avaí, está apalavrado e deve ser mais um reforço alvinegro.
globo.com
Inter termina 2015 com quase 113 mil sócios e fatura R$ 66 milhões
Clube chegou a ter 116.500 durante o ano e conseguiu aumentar o quadro social em 10% em relação a 2014. Sonho é o que alcançar a marca de 150 mil fiéis
Se o ano não terminou como o desejado, sem o título da Libertadores e nem ao menos uma vaga para participar do torneio continental em 2016, o Inter não pode reclamar de 2015 no que se refere aos lucros. Principalmente em relação à fidelidade do torcedor. O clube chegou a novembro com 112.756 sócios, responsáveis por injetar R$ 66.284.749 nos cofres do clube na temporada.
– Somos disparado o primeiro do Brasil e na América em número de sócios. Estamos em sexto no mundo. Tivemos um aumento em 10% no quadro social neste ano. Em 2001, nós tínhamos 5.966 sócios – vibra o presidente Vitorio Piffero.
Deste contingente, 70% é sócio da modalidade campeão do mundo, que garante desconto de 50% nos ingressos mediante pagamento mensal de R$ 40. O restante fica entre os locatários de cadeiras, nos quais os preços variam entre R$ 155 a R$ 215.
A inadimplência varia entre 11% e 14%. Em 2014, o Inter teve 102 mil sócios, com um lucro de cerca de R$ 58 milhões. Para o clube, o fã deixa de ser sócio quando fica 12 meses sem pagar. A cada 30 dias, o clube perde em torno de 700 a 1000 torcedores em seu quadro de cadastros. Para tentar mantê-los, a direção promove inúmeras ações. Além de permitir o parcelamento da dívida.
A Libertadores, aliás, era a aposta para alavancar ainda mais o número. A direção tinha uma meta de bater os 120 mil sócios até o jogo contra o Tigres, válido pelas semifinais – vitória por 2 a 1. O que não ocorreu. O auge foi 116.500. Nada que abale o clube. Pelo contrário. A cúpula tem uma meta ousada de alcançar os 150 mil fãs cadastrados até o final de 2016.
Para alavancar os números, o Colorado tenta colocar sócios em todas as cidades do Rio Grande do Sul. De acordo com levantamento do clube, até a sexta-feira restavam 11 cidades para atingir tal meta. Independente disso, a cúpula avalia que o montante já é importante, tanto pela fidelidade quanto para a saúde financeira:
– O Inter não diminui de 100 mil sócios desde 2009. E chegamos a atuar sem o nosso estádio (2013, quando o Beira-Rio ficou fechado para a reforma da Copa do Mundo). Mesmo assim, o número não caiu. É uma excelente fonte de renda – completa Piffero.
Para 2016, o Inter já lançou o plano "Gigante de Vantagens", no qual o sócio ganha descontos nos mais variados produto. Agora é aguardar para ver se o clube completará a missão de ter fãs cadastrados em todo o estado e aumentará o número o quadro social.
globo.com
Loco por ti: Dupla mineira vê entraves no Brasil e mira radar para a Argentina
Falta de opções e cifras exorbitantes fazem Atlético-MG e Cruzeiro avançar para país vizinho, que oferece jogadores de qualidade e valores que se encaixam no orçamento
Juan Sanchez Miño, Juan Cazares, Matías Pisano, Martin Benítez, Federico Mancuello... nos últimos dias esses nomes têm ocupado as atenções de torcedores e dirigentes de Atlético-MG e Cruzeiro. Todos estão na mira das diretorias e são possibilidades de reforços para a temporada 2016. Por outro lado, os nomes do futebol brasileiro são poucos, até agora, para ambos. Mas por quê a concentração no mercado dos hermanos? Os dirigentes dão a resposta.O principal motivo é a alta pedida dos clubes brasileiros para ceder seus destaques, bem como o mercado sem muitas opções.
Enquanto isso, o mercado do futebol argentino, que continua passando pro grandes dificuldades financeiras, traz facilidades para os clubes brasileiros que, apesar de também passarem por um arrocho financeiro por causa das dificuldades econômicas do país, ainda contam com uma moeda mais forte e também aproveitam das dificuldades financeiras dos hermanos.
- Posso te falar que hoje, no mercado sul-americano, você consegue contratar jogador de qualidade, num custo mais em conta do que no mercado brasileiro. A gente consegue ir em um time de primeira linha argentina e tirar um titular, ganhando salário de um jogador brasileiro ganha jogando em um time menor. Estamos olhando o mercado sul-americano, treinando espanhol para tratar bem, mas temos um jogadores estrangeiros no Cruzeiro - explicou o vice presidente do Cruzeiro, Bruno Vicintin.
Dois evidenciam essa situação. Do lado do Cruzeiro é com Matías Pisano, que seria cedido ao time mineiro por causa de uma dívida que o Independiente, atual clube do meia, tem com a Raposa. Do lado atleticano o exemplo é Juan Cazares. O Banfield, time pelo qual o equatoriano atua, está com dificuldades econômicas e dificilmente irá exercer a compra pelo jogador, que tem 50% dos direitos econômicos presos ao Independiente Del Valle, do Equador, e a outra metade a um empresário. O Galo está interessado no jogador.
Eduardo Maluf, dirigente do Atlético-MG, explicou em coletiva de imprensa, durante a última semana, que o Galo tem sido colocado em diversas negociações, mas que só esteve procurando Juan Cazares.
- Durante esses dias, todo mundo fica carente de notícias. Mas foram citados cinco jogadores. E o Atlético-MG procurou um jogador. E os agentes colocam os nomes. O cara joga a sementinha e a imprensa pega. Nós nunca procuramos o Gustavo Bou (atacante do Racing, da Argentina). O presidente do Banfield, Eduardo (Spinosa) falou que o Atlético-MG aliciou o Cazares. Peguei um avião e procurei diretamente o Eduardo, para mostrar para ele o interesse que tínhamos no jogador. Ele me disse que o jogador não era dele. Me mostrou que iria comprar o jogador e que iria negociar o jogador com o Atlético-MG por um valor que não nos interessava. Nunca falamos com o jogador. Estranhei a declaração dele de que o Atlético-MG teria aliciado. Reuni-me com ele, com o advogado dele, e depois da reunião o Atlético-MG se retirou da negociação.
Entretanto, o clube teve contato com o empresário de Martín Benítez, também do Independiente, conforme revelou o GloboEsporte.com. Outro nome do clube de Avellaneda que também interessa é Federico Mancuello, cujas convesas já foram confirmadas pela diretoria do time argentino, que revelou até uma investida anterior. O Cruzeiro também foi atrás de outro argentino: Juan Sanchez Miño, emprestado ao Estudiantes pelo Torino, da Itália, e que tem chances de ser o primeiro reforço anunciado.
O Cruzeiro promete anunciar um reforço até o Natal, enquanto o Atlético-MG disse que não tem pressa para anunciar as contratações. O certo é que, na próxima temporada, o espanhol, ou até o "portunhol", terá que ser utilizado com mais frequências em Minas.
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