O técnico Marcelo Martelotte reconheceu que a atuação do Santa Cruz diante do Mogi Mirim ficou abaixo do esperado. Mas a vitória por 2×1 que fez o time diminuir a distância para o G-4 deixou o treinador satisfeito e foi o mais importante nesta noite de terça-feira. Nem sempre o time vai jogar bonito e agradar a torcida.
“O mais importante hoje foi a vitória. Criou-se uma grande expectativa após a vitória sobre o Botafogo mas não conseguimos fazer outra grande apresentação. Mas foi um resultado excelente”, disse. Diante do vice-lanterna da Série B o Santa conquistou um resultado apertado e desperdiçou várias oportunidades, mais uma vez mostrando deficiência nas finalizações.
“Eu disse que estava com medo desse tipo de jogo após uma vitória contra uma grande equipe num clima totalmente diferente com o torcedor comparecendo em peso. Hoje houve uma diferença nisso e a nossa responsabilidade aumentou porque se criou uma enorme expectativa”, afirmou. Sobre os erros de finalização o técnico encerrou dizendo. “Teremos uma semana difícil pois já vamos jogar na sexta-feira e não teremos tempo para trabalhar finalizações. Mas vejo que o time tem aproveitado as oportunidades”.
blog do torcedor
Martelotte vem sendo diferencial do Santa Cruz na Série B
Quando foi contratado pelo Santa Cruz, o técnico Marcelo Martelotte foi apontado como o cara que poderia fazer o Tricolor reagir na Série B, onde o time havia vencido apenas uma das sete primeiras rodadas. O histórico dele no próprio Arruda era o argumento para isso, afinal o treinador foi campeão Pernambucano em 2013. Pois bem, passadas dez partidas de Martelotte no comando, comprovou-se justamente o prognóstico dos corais. Nesse período, são seis vitórias, dois empates e apenas duas derrotas. O aproveitamento já é de 66%, melhor que o líderes do campeonato. A melhoria foi tanta que o Santa já está perto do G4 da Segundona e de passar o rival Náutico, que chegou a abrir 12 pontos em determinado momento da competição. Essa inversão pode ocorrer nesta terça caso os tricolores vençam o Mogi e o Timbu perca para o Bahia, fora de casa.
Claro que o técnico não faz tudo sozinho. Ele contou também com a chegada de alguns reforços como a recuperação do goleiro Tiago Cardoso e as contratações do lateral-direito Vitor e o atacante Grafite. Mas é lógico que Marcelo possui os seus méritos. O principal deles é ter um esquema de jogo definido, algo que Ricardinho não tinha. Com isso, o Santa Cruz ganhou um identidade que não tinha antes.
Com essa filosofia em prática, Martelotte conseguiu fazer o Tricolor render mesmo sem repetir a escalação em muitos momentos. As peças podem até mudar, mas a estrutura tática do time permanece. Normalmente são quatro jogadores na defesa, dois volantes, um meia, dois atletas abertos pelos lados do campo e um atacante centralizado. É o mesmo 4-5-1 que consagrou o técnico em 2013.
Além disso, peças que antes estavam escanteadas conseguiram se tornar úteis no Arruda. É o caso do zagueiro Néris, por exemplo, que ganhou maior espaço no time titular. Outro é o volante Wellington Cézar, que cresceu tanto a ponto de ter o contrato renovado pela diretoria.
A tendência é que esse crescimento seja maior a partir de agora com a consolidação do time titular. Isso vai permitir que o tal entrosamento apareça no Tricolor. E Martelotte já provou do que é capaz quando possui uma equipe muito entrosada nas mãos. O Santa Cruz pode até não conseguir o acesso, mas já demonstra potencial para brigar por ele, basta manter o atual desempenho.
blog do torcedor
Grande Flávio, adorei o seu blog. Parabéns! Fernando Vieira
ResponderExcluir